Vaso Grego John Keats

A beleza é a verdade. A verdade a beleza

A beleza é a verdade. A verdade a beleza

Ática forma! Altivo porte! em tua trama
Homens de mármore e mulheres emolduras

Como galhos de floresta e palmilhada grama:
Tu, forma silenciosa, a mente nos torturas
Tal como a eternidade: Fria Pastoral!

Quando a idade apagar toda a atual grandeza,
Tu ficarás, em meio às dores dos demais,

Amiga, a redizer o dístico imortal:


“A beleza é a verdade, a verdade a beleza”

É tudo o que há para saber, e nada mais.

John Keats (1795-1821) poeta romântico britânico nascido em Londres, que apesar de sua curta existência tornou-se um dos mais importantes nomes do romantismo da literatura inglesa, considerado o último e maior dos poetas românticos ingleses.

O Attic shape! Fair attitude! with brede
Of marble men and maidens overwrought,
With forest branches and the trodden weed;
Thou, silent form, dost tease us out of thought
As doth eternity: Cold Pastoral!
When old age shall this generation waste,
 Thou shalt remain, in midst of other woe
Than ours, a friend to man, to whom thou say’st,
«Beauty is truth, truth beauty,» —  that is all
 Ye know on earth, and all ye need to know.
” John Keats

John Keats nasceu no dia 31 de Outubro de 1795, em Londres, Inglaterra. Célebre poeta do romantismo inglês, cujos versos ricos buscavam “a verdade da imaginação”; John Keats escreveu com paixão e imenso fervor sobre a beleza e a natureza.

“Tudo o que é belo é uma alegria para sempre. O seu encontro cresce; e não cairá no nada. Mas guardará continuamente para nós. Um sossegado abrigo, e um sonho todo cheio. De doces sonhos de saúde e calmo alento.” John Keats

“Se a poesia não surgir tão naturalmente quanto as folhas de uma árvore, é melhor que ela não surja mesmo.” John Keats

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Janaina Medeiros JanainaArt Fairy Tale in Autumn

Os ciclos da natureza nos ensinam sobre nossos próprios ciclos internos.

Os ciclos da natureza nos ensinam sobre nossos próprios ciclos internos

Cada ciclo é um aprendizado, trocamos nossas folhas internas para florescermos.

Ao observar a mudança das estações podemos sintonizar nossos corações com o universo e aprender a olhar com equanimidade as situações adversas.

Sempre nos perguntando: O que podemos levar de aprendizado com essa situação?

Assim nossa existência vai fazendo sentindo e vibramos com ressonância nessa incrível maravilha que é VIVER.

Nossas emoções são como as estações da natureza, mudamos com as estações em todos os sentidos. Acredito nisso como algo muito divino!

A natureza nos conecta diariamente com o verdadeiro sentido da impermanência, tudo está em constante transformação!

Nosso corpo também sente essas mudanças e precisamos acolher e cuidar.

Quintal de Casa – Jardim da Infância Zen

CANÇÃO DE OUTONO

No entardecer da terra,
O sopro do longo outono
Amareleceu o chão.
Um vago vento erra,
Como um sonho mau num sono,
Na lívida solidão.

Soergue as folhas, e pousa
As folhas volve e revolve
Esvai-se ainda outra vez.
Mas a folha não repousa
E o vento lívido volve
E expira na lividez.

Eu já não sou quem era;
O que eu sonhei, morri-o;
E mesmo o que hoje sou
Amanhã direi: quem dera
Volver a sê-lo! mais frio.
O vento vago voltou.

                  Fernando Pessoa

Poema de 1910. publicado em 1922 no Semanário “Ilustração Portuguesa” nº 833

Ilustração: Janaina Medeiros | JanainaArt | Fairy Tale in Autumn | The princess and her golden ball. Illustration inspired by the “The Princess and the Frog” tale

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Antígona Jornada do Herói de Joseph Campbell

Jornada do Herói de Joseph Campbell

Você gostaria de entender o porque eu acredito em conto de fadas?

Todas as vezes que eu escrevo publicamente que acredito em conto de fadas recebo inúmeros directs de pessoas curiosas ou ainda algumas que se decepcionam com esse olhar aparentemente infantil e/ou ingênuo.

Então, hoje resolvi escrever para inspirar aqueles que estão de coração abertos a novos olhares. Todos os dias vivemos uma Jornada, nossas escolhas, desafios e relacionamentos estão pautadas por um objetivo e a maneira como traçamos para chegar nesta meta é o que é Jornada do Herói.

A Jornada do Herói possui estágios e Campbell destaca 12 como principais, sendo:
💎Mundo Comum: O mundo normal do herói antes da história começar.
💎O Chamado da Aventura: Um problema se apresenta ao herói, um desafio/aventura.
💎Reticência do Herói ou Recusa do Chamado: O herói recusa ou demora a aceitar o desafio/aventura, geralmente porque tem medo.
💎Encontro com o mentor ou Ajuda Sobrenatural: O herói encontra um mentor que o faz aceitar o chamado e o informa e treina para sua aventura.
💎Cruzamento do Primeiro Portal: O herói abandona o mundo comum para entrar no mundo especial ou mágico.
💎Provações, aliados e inimigos: O herói enfrenta testes, encontra aliados e enfrenta inimigos, de forma que aprende as regras do mundo especial.
💎Aproximação: O herói tem êxitos durante as provações.
💎Provação difícil ou traumática: A maior crise da aventura, de vida ou morte.
💎Recompensa: O herói enfrentou a morte, se sobrepõe ao seu medo e agora ganha uma recompensa (o elixir).
💎O Caminho de Volta: O herói deve voltar para o mundo comum
💎Ressurreição do Herói: Outro teste no qual o herói enfrenta a morte, e deve usar tudo que foi aprendido.
💎Regresso com o Elixir: O herói volta para casa com o “elixir”, e o usa para ajudar todos no mundo comum.
Estes estágios são nada mais que as fases de nossas vidas, tanto profissional quanto pessoal, e nos passa uma mensagem de persistência e foco, em meio à fantasia e aos desafios da vida.

O conceito da Jornada do Herói foi criado por Joseph Campbell, estudioso norte-americano de mitologia. Neste conceito Campbell cria um modelo de como seria o passo a passo do percurso de transformação do homem comum em herói, com todas as provações que surgem no meio do caminho.

A Jornada do Herói é muito utilizada em roteiros de cinema, seriados e, também em contos de fadas. Um exemplo claro são os roteiros de Guerra nas Estrelas de George Lucas, todos seguem os estágios da Jornada de Campbell.

A emoção que sentimos impreterivelmente faz parte da jornada do herói do nosso ser e será uma informação importante do modo que enxergamos o mundo.

Que eu nunca deixe de acreditar em contos de fadas e que eu nunca perca meu olhar de criança diante dos conflitos que me fazem acreditar que posso vencer os desafios em busca de um final feliz.

Como você tem olhado sua vida, os desafios e aprendizados?

Ilustração Artista: John William Godward 1861-1922

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Eu sei que vou te amar | Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar | Vinicius de Moraes

Eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida eu vou te amar
Em cada despedida eu vou te amar
Desesperadamente
Eu sei que vou te amar

E cada verso meu será pra te dizer
Que eu sei que vou te amar
Por toda a minha vida

Eu sei que vou chorar
A cada ausência tua eu vou chorar,
Mas cada volta tua há de apagar
O que essa ausência tua me causou

Eu sei que vou sofrer
A eterna desventura de viver a espera
De viver ao lado teu
Por toda a minha vida.

Os versos de Vinicius de Moraes foram musicados por Tom Jobim e se tornaram ainda mais famosos em formato de canção. Ao longo de Eu sei que vou te amar o poeta declara a certeza do seu sentimento, a consciência de que esse afeto tão forte irá persistir para o resto dos seus dias.

Eu sei que vou te amar é uma canção de Vinicius de Moraes e Tom Jobim. Composta no ano de 1958 foi regravada em 1959 na voz de Maysa Matarazzo mantendo o ritmo e todos os arranjos originais, porém ganhando grande intensificação sentimental e tom de voz ímpar, de uma das mais célebres cantoras brasileiras.

O clássico Eu Sei Que Vou Te Amar, uma das mais lindas canções da parceria Tom Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913-1980). Esta parceria nos brindou com muitos clássicos que são constantemente regravados, não só por artistas brasileiros, mas por muitos artistas estrangeiros

Link: https://www.viniciusdemoraes.com.br/

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Soneto de Fidelidade | Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade | Vinicius de Moraes

Soneto de Fidelidade

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

O poema Soneto de Fidelidade é da autoria de Vinicius de Moraes e aborda os sentimentos de amor e fidelidade em um relacionamento.

Os versos foram escritos no Estoril, em outubro de 1939, e foram posteriormente publicados no livro Poemas, Sonetos e Baladas (1946). O poema ganhou logo fama e até hoje é conhecido por embalar casais apaixonados.

Confira abaixo o poema na íntegra, descubra a sua análise e conheça um pouco mais desse genial poeta brasileiro.

Análise e interpretação do Soneto de Fidelidade

Primeira estrofe

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Neste trecho é dado destaque ao amor e ao zelo, que fazem parte da atitude de cuidar da pessoa amada, cultivando o amor para que ele não desapareça. Existe informação sobre o modo (com zelo), tempo (sempre) e intensidade (tanto).

Podemos identificar o sentimento de entrega total à pessoa amada, independentemente das circunstâncias e renunciando outras possibilidades de relacionamentos amorosos.

Segunda estrofe

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.

Nesta passagem, verifica-se a antítese na indicação de sentimentos opostos: alegria (riso) e tristeza (pranto).

Uma possível interpretação é que o autor revela que todos os relacionamentos enfrentam desafios. Há dias bons e dias maus, pessoas por vezes entram em desacordo e conflito. Mas em todas as situações, o amor deve prevalecer, seja na alegria ou na tristeza.

Terceira estrofe

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Neste terceto, o autor aborda o fim das coisas, revelando que a morte pode causar o fim de um amor. Ao mesmo tempo, o poeta deseja que a morte e a solidão não cheguem cedo, para que possa desfrutar desse amor.

Quarta estrofe

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

O autor utiliza uma metáfora para se referir ao amor, indicando que é uma chama, e uma chama não dura para sempre: tem um princípio e um fim. Assim, fica expresso o desejo do poeta de aproveitar ao máximo o amor, enquanto ele existir.

Verifica-se um paradoxo com a utilização da palavra infinito para descrever algo que não dura para sempre. Neste caso a fidelidade é vista como a entrega total ao amor, enquanto ele dura, enquanto a chama está acesa.

Sobre a estrutura do poema

O poema é composto por 14 versos, organizados em 2 quartetos e 2 tercetos, sendo essa uma característica distintiva de um soneto. Relativamente à métrica ou escansão do poema, as quatro estrofes apresentam versos decassílabos (com 10 sílabas) e nas duas primeiras estrofes (que são quartetos) a rima é cruzada ou entrelaçada (primeiro verso rima com o quarto e o segundo rima com o terceiro). Nos tercetos, as rimas são misturadas.

Os dois tercetos apesar de separados, apresentam rima como se fossem um sexteto, sendo que as palavras do primeiro terceto rimam com palavras do segundo terceto: procure/dure, vive/tive, ama/chama.

A publicação do poema Soneto de Fidelidade

O Soneto de Fidelidade, escrito no Estoril em outubro de 1939, pertence ao livro Poemas, Sonetos e Baladas (conhecido também como O Encontro do Cotidiano). A publicação foi lançada no Brasil, em 1946, pela Editora Gaveta.

Quando lançou Poemas, Sonetos e Baladas, o “poetinha” estava vivendo em Los Angeles porque havia assumido o seu primeiro cargo diplomático internacional. Após ter sido convocado, Vinicius de Moraes mudou com a família (a esposa Tati e os filhos Susana e Pedro) para os Estados Unidos.

A edição do livro conta com ilustrações do artista plástico e amigo Carlos Leão (também um consagrado arquiteto). Foi Carlos, por sinal, que apresentou o poeta à Tati.

A publicação, feita por encomenda com impressão de apenas 372 exemplares, contém 47 poemas e 22 ilustrações. O poema Soneto de Fidelidade inaugura o livro enquanto o Soneto de Separação encerra a obra.

Quem foi Vinicius de Moraes?

Nascido no Rio de Janeiro, em 19 de outubro de 1913, filho de um funcionário público e poeta e de uma poetisa, Vinicius de Moraes tornou-se um dos grandes nomes da cultura brasileira.

Além de ter atuado como poeta e compositor, Vinicius também atuou como dramaturgo e diplomata. Formado em Direito, Vinicius de Moraes foi aprovado em 1943 no concurso de diplomata passando a conciliar a sua carreira artística com o seu trabalho oficial.

No mundo da música, o compositor fez parcerias importantes com Tom Jobim, Toquinho, Baden Powel, Paulinho Tapajós, Edu Lobo e Chico Buarque. No teatro foi autor da consagrada peça Orfeu da Conceição (1956).

Na literatura, Vinicius de Moraes costuma ser encaixado na segunda fase do modernismo. Seus poemas mais famosos têm como pegada a lírica amorosa, embora “o poetinha” – como era chamado pelos amigos – também tenha composto versos sobre os problemas sociais do seu tempo e os dramas cotidianos.

Sobre a divulgação do poema

Os versos do soneto também ficaram muito conhecidos porque passaram a ser declamados junto com a música Eu sei que vou te amar, feita em parceria com Tom Jobim, datada de 1972.

A fusão original com a canção foi feita pelo poeta e cantor que teve a sensibilidade de perceber que os versos, de alguma forma, se comunicavam.

Uma das primeiras gravações da canção com o soneto encontra-se disponível online:

Link consultado: https://www.culturagenial.com/poema-soneto-de-fidelidade-de-vinicius-de-moraes/

Revisão por Carolina Marcello Mestre em Estudos Literários, Culturais e Interartes e licenciada em Estudos Portugueses e Lusófonos pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

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Dia dos Namorados Bodas de Rosas

Eu acredito em Conto de Fadas

Eu acredito em conto de fadas e acredito muito no poder do amor.

No final de semana comemoramos “Bodas de Rosas ” 17 anos de casados no dia 12 de junho. Todos os anos, no dia 12 de junho, é comemorado aqui no Brasil o Dia dos Namorados. Nessa data, naturalmente, comemora-se o amor e o afeto que existem entre um casal. Em outros países, como nos Estados Unidos, por exemplo, a comemoração ocorre em 14 de fevereiro (Dia de São Valentim – Valentine’s Day).

Qual significado de Bodas de Rosa?

O significado para Bodas de Rosa: as rosas são lindas, perfumadas e muito românticas.

A rosa é uma flor muito apreciada por sua beleza, delicadeza e seu perfume, a rosa também transmite romantismo e apesar de toda sua delicadeza e beleza ela possui espinhos.

rosa é associada a essa bodas de 17 anos de casamento porque simbolicamente o casal já passou por coisas maravilhosas – construiu uma vida em conjunto e aprendeu a amar de variadas formas – mas também teve de enfrentar muitos desafios (espinhos), que foram surgindo ao longo do tempo. Apesar disso, os dois continuam a regar o amor, para que ele se mantenha belo como uma rosa.

Que seja infinito enquanto dure –  Vinicius de Moraes 

Bateu aquela saudade linda do dia em que casamos em 12 de junho 06 de 2004, há 17 anos atrás no Dia dos Namorados e como todos os anos comemoramos, resolvi registrar aqui no Blog também.

Um casamento perfeito é apenas duas pessoas imperfeitas que se recusam a desistir um do outro.

O amor é paciente e bondoso. O amor não é ciumento, nem orgulhoso, nem vaidoso. O amor pede sabedoria, cumplicidade, escolhas, renúncias, acolhimento, entendimento e rega diária de ambas partes.

O amor é como uma semente que ao plantar precisamos preparar o terreno, estruturar as bases, semeiar, regar, adubar e cuidar. Às vezes poderá haver pragas, secas ou excessos de chuva e nem por isso podemos abandonar o nosso jardim. A colheita vai depender do processo do semear.

Nós acreditamos no amor e escolhemos pousar um do lado do outro, mesmo podendo voar. Podendo encontrar até outros ninhos, outros caminhos, e escolhemos ficar.

“Precisamos descobrir o poder do amor, o poder redentor do amor e, quando o fizermos, faremos deste velho mundo um novo mundo” Martin Luther King

Origem histórica do Dia dos Namorados

O ato de comemorar o Dia dos Namorados remete à vida de um santo patrono da Igreja Católica conhecido como São Valentim, um padre que viveu no Império Romano durante o século III d.C. Naquela época, o Império Romano era governado pelo imperador Cláudio II (foi imperador de 268 a 270 d.C.).

O imperador romano proibiu que os soldados do Império Romano se casassem. Cláudio II via o casamento como um obstáculo que atrapalhava a convocação de novos soldados e que, além disso, tirava o foco dos soldados já convocados.

Nesse contexto, surgiu um padre, que também já havia sido médico, chamado Valentim. O padre italiano nasceu em algum momento durante o século III d.C. (algumas fontes falam que ele nasceu em 226) e, durante o reinado de Cláudio II, passou a realizar casamentos secretos entre os soldados do Império Romano que queriam casar-se, mas não podiam porque a lei proibia.

O imperador Cláudio II descobriu que Valentim realizava casamentos clandestinos e, assim, mandou que Valentim fosse preso. O imperador romano chegou a oferecer perdão a Valentim desde que ele renunciasse a fé cristã, convertendo-se à fé tradicional dos romanos (lembrando que o Cristianismo tornou-se religião oficial do Império Romano somente em 380).

Como Valentim não aceitou renunciar a sua fé, o imperador ordenou a sua morte. Valentim foi apedrejado e decapitado em 14 de fevereiro de 270. Os relatos contam que, após a morte de Valentim, algumas pessoas passaram a celebrar a sua memória por todo o serviço que ele havia realizado em benefício dos outros.

Valentim acabou sendo canonizado por sua obra em benefícios dos casais e por supostos milagres realizados em sua vida. A canonização ocorreu durante o pontificado de Gelásio I (492-496). O papa também ordenou que uma festa em homenagem a São Valentim fosse realizada todo dia 14 de fevereiro (data de sua morte).

Em 14 de fevereiro comemora-se o Dia dos Namorados em grande parte do mundo (nos EUA, por exemplo, a data é chamada de Valentine’s Day / Dia de São Valentim). No Brasil, a data escolhida foi diferente, mas por questões meramente comerciais.

Vale dizer que a escolha de 14 de fevereiro por Gelásio I também se deveu ao fato de que na mesma época da morte de São Valentim acontecia um famoso festival pagão em Roma, o Lupercália.

O Lupercália provavelmente surgiu durante a fundação de Roma (mas há historiadores que apontam que o festival pode ser anterior a isso). Nesse festival, celebrava-se a fertilidade e (especula-se) eram realizados atos com o objetivo de promover a união de casais. A criação de uma comemoração a São Valentim em uma data próxima ao Lupercália era fazer com que a festa pagã perdesse influência e fosse substituída pela comemoração a São Valentim.

Leia também o texto sobre o AMOR de Khalil Gibran: https://infanciazen.com.br/2021/06/11/o-amor-khalil-gibran-2/

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O Amor Khalil Gibran

O Amor Khalil Gibran

O Amor Khalil Gibran

Então Almitra disse: Fala-nos do Amor.

E ele ergueu a cabeça e olhou para o povo e caiu uma grande imobilidade sobre eles. E em voz poderosa, ele disse:

“Quando o amor vos chamar, segui-o. Embora seus caminhos sejam árduos e íngremes.

E quando as suas asas vos envolverem, abraçai-o, embora a espada oculta sob as suas asas vos possa ferir.

E quando ele falar convosco, acreditai nele. Embora a sua voz possa abalar os vossos sonhos como o vento do norte
devasta o jardim.

Pois, mesmo quando o amor vos coroa, ele vos crucifica. Mesmo sendo para vosso crescimento, ele também vos poda.

Mesmo quando ele sobe até vós e acaricia os vossos mais tenros ramos, que tremem ao sol, ele também desce até vossas raízes e abala a vossa ligação com a terra.

Como feixes de trigo, ele vos junta a si próprio. Ele vos ceifa, para desnudar-vos, Ele vos peneira, para vos libertar das impurezas. Ele vos moi até ficardes brancos. Ele vos amassa até vos tornardes moldáveis. E depois, entrega-vos ao seu fogo sagrado, para que vos torneis pão sagrado para a sagrada festa de Deus.

Todas estas coisas vos fará o amor até que conheçais os segredos de vosso coração e, com esse conhecimento, vos torneis um fragmento do coração da Vida.

Mas se, por medo, procurardes só a paz do amor e o prazer do amor, então é melhor que oculteis a vossa nudez e vos afasteis do amor, para um mundo sem estações, onde rireis, mas não com todo o vosso riso, e chorareis, mas não com todas as vossas lágrimas.

O amor só se dá a si e não tira nada senão de si. O amor não possui nem é possuído, pois o amor é suficiente ao amor.

Quando amardes, não deveis dizer: “Deus está no meu coração”, mas antes: “Eu estou no coração de Deus”.

E não pensei que podeis alterar o rumo do amor, pois o amor, se vos achar dignos, dirigirá o vosso curso.

O amor não tem outro desejo que o de se preencher a si próprio. Mas se amardes e precisais ter desejos, que sejam esses os vossos desejos:

Fundir-se e ser como um regato que corre e canta a sua melodia para a noite.

Conhecer a dor do carinho demasiado.

Ser ferido pela vossa própria compreensão do amor, e sangrar por vossa própria vontade, com alegria.

Acordar, ao amanhecer, com um coração alado e dar graças por mais um dia de amor.

Descansar ao meio-dia e meditar sobre o êxtase do amor.

Regressar a casa à noite com gratidão, e depois, adormecer com uma prece ao bem-amado em vosso coração e um cântico de louvor em vossos lábios.”

*** O Poema Amor é parte do Livro “O Profeta” de Khalil Gilbran

Sobre o Livro “O Profeta” – Khalil Gibran

Livro o Profeta é uma maravilhosa viagem espiritual. Foi escrito em Inglês em 1922 e traduzido em 40 idiomas.

O que poderia lhes falar senão do que está agora movendo dentro de vossas almas? E assim vai descortinando a beleza das idéias sobre os filhos, a dádiva, a religião, o prazer, o amor, o trabalho e muito mais. Em O Profeta cada idéia se revestindo de uma imagem transforma-se em parábola, envolvendo o livro numa atmosfera de enlevo e encantamento, marcada pela melodia das frases.

Khalil Gibran nos convida a nos tornarmos pessoas verdadeiras. Ele coloca a própria alma sensível nessa obra, fazendo o reencontro do homem com o que ele tem de melhor em si mesmo.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Profeta_(livro)

Sobre o Autor – Gibran Khalil Gibran

Khalil Gibran foi um filósofo, ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa.

“Gibran Khalil Gibran (em árabe: جبران خليل جبران بن ميکائيل بن سعد; em siríaco: ܓ̰ܒܪܢ ܚܠܝܠ ܓ̰ܒܪܢ; Bsharri, 6 de dezembro de 1883 – Nova Iorque, 10 de abril de 1931), também conhecido como Khalil Gibran (em inglês, referido como Kahlil Gibran[a]) foi um ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, também considerado um filósofo, embora ele mesmo rejeitou esse título, e alguns tendo-lhe descrito como liberal.[3] Seus livros e escritos, de simples beleza e espiritualidade, são reconhecidos e admirados para além do mundo árabe” 

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Khalil_Gibran

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Canções Que Minha Mãe Me Ensinou

Canções que minha mãe me ensinou | Antonín Dvořák | Songs my Mother Taught me

Canções que minha mãe me ensinou | Antonín Dvořák – Songs my Mother Taught me

Canções Que Minha Mãe Me Ensinou

Canções que minha mãe me ensinou (em alemão, Als die alte Mutter sang; ou Když mne stará matka zpívat, em tcheco; e também notoriamente conhecida pelo inglês Songs my mother taught me) é a quarta das sete melodias que formam o ciclo Canções Ciganas (Cigánské melodie, B. 104/4, Op. 55/4), de Antonín Dvořák.

Foram escritas para voz e piano em 1880 com letra em língua alemã de Adolf Heyduk, baseada em poemas folclóricos tchecos, e expressam a liberdade e as emoções da vida cigana, aproveitando-se de algumas influências rítmicas da música cigana da Boêmia. O ciclo de canções foi dedicado ao admirador de Dvořák, o cantor de câmara vienense Gustav Walter.

Canções que minha mãe me ensinou se tornou uma das canções preferidas em concertos e recitais, tanto em sua versão cantada quanto instrumental. Com o título em inglês Songs my mother taught me, inspirou o nome de muitos álbuns, mesmo quando não incluindo em suas faixas essa canção.

Canções que minha mãe me ensinou | Antonín Dvořák – Songs my Mother Taught me

Songs My Mother Taught Me (Czech: Když mne stará matka zpívat, German: Als die alte Mutter sang), is a song by Antonín Dvořák which forms part of his Gypsy Songs cycle (Cigánské melodie, B. 104/4, Op. 55/4), written for voice and piano in 1880. The Gypsy Songs are set to poems by Adolf Heyduk in both Czech and German. This song, in particular, has achieved widespread fame. The song has been recorded by a number of well-known singers, including Magdalena Kožená, Nellie Melba, Rosa Ponselle, Jeanette MacDonald, Elisabeth Schwarzkopf, Victoria de los Angeles, Joan Sutherland, Paul Robeson, Angela Gheorghiu, and Renée Fleming. The song is also featured on the album Charlotte Church. Artists who have recorded instrumental versions of the song include Fritz Kreisler, Julian Lloyd Webber and Yo-Yo Ma. The title Songs My Mother Taught Me has frequently been used by singers in recitals or on recital discs, even when the song itself is not included in the recording. Fritz Kreisler transcribed the song for violin and piano and performed it frequently. His transcription was first published in 1914. Paintings by Pierre Auguste Renoir

Canções que minha mãe me ensinou | Antonín Dvořák | Songs my Mother Taught me

Link Versão com Joshua Bell https://youtu.be/Zh_fn1sOiFo Songs My Mother Taught Me, Op. 55, No. 4 (Arr. for Violin and Orchestra) · Joshua Bell · Michael Stern · Antonín Dvorák · Craig Ogden · Academy of St Martin in the Fields

Letra

Versão tcheca

Když mne stará matka zpívat, zpívat učívala,

podivno, že často, často slzívala.

A ted’ také pláčem snědé líce mučím,

když cigánské děti hrát a zpívat učím!

Tradução em português

Quando minha velha mãe me ensinava a cantar,

estranhava que frequentemente derramasse lágrimas.

E agora também descem lágrimas por minhas bochechas morenas

quando ensino as crianças ciganas a cantar e tocar.

Versão alemã (de Adolf Heyduk)

Als die alte Mutter mich noch lehrte singen,

tränen in den Wimpern gar so oft ihr hingen.

Jetzt, wo ich die Kleinen selber üb im Sange,

rieselt’s in den Bart oft,

rieselt’s oft von der braunen Wange.

Versão inglesa

Songs my mother taught me,

In the days long vanished;

Seldom from her eyelids

Were the teardrops banished.

Now I teach my children,

Each melodious measure.

Oft the tears are flowing,

Oft they flow from my memory’s treasure.

Canções que minha mãe me ensinou | Antonín Dvořák | Songs my Mother Taught me

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Poema "Para Sempre", de Carlos Drummond de Andrade

Poema: “Para Sempre” de Carlos Drummond de Andrade

Poema: “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade

Por que Deus permite
que as mães vão se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não se apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
– mistério profundo –
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Poema: “Para Sempre”, de Carlos Drummond de Andrade

Link: https://www.escritas.org/pt/t/10946/para-sempre

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Carta de Albert Einstein à sua filha

Carta de Albert Einstein à sua filha

“ … Existe uma força extremamente poderosa que a ciência, até agora, não encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras forças, que está por trás de todo fenómeno que ocorre no Universo, e que ainda não foi identificada por nós.

Esta força universal é o AMOR.

Quando os cientistas buscavam uma teoria unificada do Universo eles se esqueceram da mais invisível (sutil) e poderosa de todas as forças.

Quando propus a teoria da relatividade, muito poucos me entenderam e o que vou agora revelar a você, para que transmita à humanidade, também chocará o mundo, com sua incompreensão e preconceitos.

Peço ainda que aguarde todo o tempo necessário – anos, décadas, até que a sociedade tenha avançado o suficiente para aceitar o que explicarei em seguida para você.

Há uma força extremamente poderosa para a qual a ciência até agora não

encontrou uma explicação formal. É uma força que inclui e governa todas as outras, existindo por trás de qualquer fenômeno que opere no universo e que ainda não foi identificado por nós.

Esta força universal é o AMOR.

Quando os cientistas estavam procurando uma teoria unificada do Universo esqueceram a mais invisível e poderosa de todas as forças.

O Amor é Luz, dado que ilumina aquele que dá e o que recebe.

O Amor é gravidade, porque faz com que as pessoas se sintam atraídas umas pelas outras.

O Amor é potência, pois multiplica (potencia) o melhor que temos, permitindo assim que a humanidade não se extinga em seu egoísmo cego.O Amor revela e desvela. 

Por amor, vivemos e morremos.

O Amor é Deus e Deus é Amor.

Esta força tudo explica e dá sentido à vida. Esta é a variável que temos

ignorado por muito tempo, talvez porque o amor provoca medo, sendo o único poder no universo que o homem ainda não aprendeu a dirigir a seu favor.

Para dar visibilidade ao amor, eu fiz uma substituição simples na minha

equação mais famosa. Se em vez de E = mc², aceitarmos que a energia para curar o mundo pode ser obtido através do amor multiplicado pela velocidade da luz ao quadrado (energia de cura = amor x velocidade da luz ²), chegaremos à conclusão de que o amor é a força mais poderosa que existe, porque não tem limites.

Após o fracasso da humanidade no uso e controle das outras forças do universo, que se voltaram contra nós, é urgente que nos alimentamos de outro tipo de energia. Se queremos que a nossa espécie sobreviva, se quisermos encontrar sentido na vida, se queremos salvar o mundo e todos os seres sensíveis que nele habitam, o amor é a única e a última resposta.

Talvez ainda não estejamos preparados para fabricar uma bomba de amor, uma criação suficientemente poderosa para destruir todo o ódio, egoísmo e ganância que assolam o planeta. No entanto, cada indivíduo carrega dentro de si um pequeno, mas poderoso gerador de amor, cuja energia aguarda para ser libertada.

Quando aprendemos a dar e receber esta energia universal, Liesrl querida, provaremos que o amor tudo vence, tudo transcende e tudo pode, porque o amor é a quintessência da vida.

Lamento profundamente não ter sido capaz de expressar mais cedo o que vai dentro do meu coração, que toda a minha vida tem batido silenciosamente por você. Talvez seja tarde demais para pedir desculpa, mas como o tempo é relativo, preciso dizer que te amo e que graças a você, obtive a última resposta.

Seu pai,

Albert Einstein

“… Se um dia tiver que escolher entre o mundo e o amor… Lembre-se: se escolher o mundo, ficará sem o amor, mas se escolher o amor, com ele conquistará o mundo.” Albert Einstein

*** Uma carta de autoria atribuída a Albert Einstein, para sua filha Lieserl, chamou a atenção do mundo. Embora não exista nenhuma comprovação da autenticidade desse material, disponibilizamos aqui o conteúdo apenas como forma de apresentar uma mensagem referente ao Amor.

**** Muito se tem discutido sobre a veracidade desta carta à sua filha, que mostra um lado mais emocional de Einstein. O argumento utilizado é “Einstein não escreveria isso” ou “Ele não falaria de amor”. Penso que o argumento apresentado trata-se de especulação, argumento com bases infundadas. Conforme o livro A fórmula do Amor de Alex Rovira e Francesc Mirrales, a carta foi confirmada por três grafólogos diferentes. Prefiro confiar neste fato do que especular. De qualquer forma, a carta endereçada a sua filha Lieserl possui um ensinamento de tão grande sabedoria que devemos absorver o máximo para nossa vida.

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É Preciso Empurrar O Filho Para Fora Do Ninho

É Preciso Empurrar O Filho Para Fora Do Ninho

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a protecção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira… Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…

Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…

Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos, são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.

É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem a urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.

Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.

Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.

Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.

Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assusta por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.

Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. 

E não há estrada mais bela do que essa.

Rubem Alves

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Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Os pensamentos chegam-me de um modo inesperado, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que, frequentemente, também Lichtenberg, William Blake e Nietzsche eram atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Os aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, este aforismo atacou-me: Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controlo. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri, conversando com professores em escolas. O que eles contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E eles, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e os domadores com os seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres. Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que os fecha com os tigres. Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão falar-me da necessidade das escolas dizendo que os adolescentes precisam de ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: as nossas escolas estão a dar uma boa educação? O que é uma boa educação? O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos ficam com uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação. Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Sabe o que é um “dígrafo”? E conhece os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”? Qual é a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professores, também engaiolados… São obrigados a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é um hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata a sua experiência com as escolas: Fui forçado (!) a estudar o que os professores decidiam que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira. O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que a inteligência era a ferramenta e o brinquedo do corpo, Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. As ferramentas são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. Os brinquedos são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. As ferramentas permitem-me voar pelos caminhos do mundo. Os brinquedos permitem-me voar pelos caminhos da alma. Quem está a aprender ferramentas e brinquedos está a aprender liberdade, não fica violento. Fica alegre, ao ver as asas crescer… Assim todo o professor, ao ensinar, deveria perguntar-se: Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se não for, é melhor pôr de parte. As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se as escolas são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos. Há esperança… Rubem Alves in, Gaiolas ou Asas - A Arte do Voo ou a Busca da Alegria de Aprender

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Os pensamentos chegam-me de um modo inesperado, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que, frequentemente, também Lichtenberg, William Blake e Nietzsche eram atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Os aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, este aforismo atacou-me:

Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controlo. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri, conversando com professores em escolas. O que eles contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E eles, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e os domadores com os seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.

Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que os fecha com os tigres. Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes? Ou serão as escolas que são violentas?

As escolas serão gaiolas? Vão falar-me da necessidade das escolas dizendo que os adolescentes precisam de ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: as nossas escolas estão a dar uma boa educação? O que é uma boa educação? O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos ficam com uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Sabe o que é um “dígrafo”? E conhece os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”? Qual é a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professores, também engaiolados… São obrigados a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é um hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata a sua experiência com as escolas: Fui forçado (!) a estudar o que os professores decidiam que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira.

O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que a inteligência era a ferramenta e o brinquedo do corpo, Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. As ferramentas são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. Os brinquedos são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.

Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. As ferramentas permitem-me voar pelos caminhos do mundo. Os brinquedos permitem-me voar pelos caminhos da alma. Quem está a aprender ferramentas e brinquedos está a aprender liberdade, não fica violento. Fica alegre, ao ver as asas crescer… Assim todo o professor, ao ensinar, deveria perguntar-se:

Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se não for, é melhor pôr de parte.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se as escolas são gaiolas ou asas.

Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos.

Há esperança…

Rubem Alves

in, Gaiolas ou Asas – A Arte do Voo ou a Busca da Alegria de Aprender

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Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente… E ficando mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Filosofia da Educação… Mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à Educação do Olhar. Ou à importância do olhar na educação, em qualquer um deles.

A primeira tarefa da Educação é ensinar a ver… É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo… Os olhos tem de ser educados para que nossa alegria aumente.

A educação se divide em duas partes:

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades.

Sem a Educação das Sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Os conhecimentos nos dão meios para viver.

A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar às crianças. Elas ainda tem olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.

Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra.

Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore… Ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só tem sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.

Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança, jamais será sábio.

Rubem Alves

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Ética e Moral - As Irmãs Gêmeas - Isabella Arruda

Ética e Moral – As Irmãs Gêmeas

Ética e Moral – As Irmãs Gêmeas

Hoje é dia de CONTO, uma experiência maravilhosa com as crianças! – “Quem conta um conto, aumenta um ponto.”

Era uma vez uma criança muito curiosa e inteligente que perguntou para um adulto:

O que é Ética e Moral

E agora o que eu vou responder – pensou o adulto. Logo, ele foi buscar a definição no dicionário e ficou ainda mais confuso para interpretar e traduzir o seu entendimento para a criança.

Como esse adulto sempre gostou de histórias, resolveu utilizar esse recurso com a História “As Irmãs Gêmeas: uma chamava-se Ética e a outra Moral”

Essa história é contada por uma jovem, uma menina moça muito sabida de 15 anos, a Isabella Arruda.

Neste vídeo o Jardim da Infância Zen foi o instrumento para a “contação” dessa linda história: As Irmãs Gêmeas Ética e Moral. Ficou curioso (a), então vem com a gente se encantar.

No universo infantil, a utilização das histórias, contos e fábulas costuma encantar as crianças. Por isso, eu sempre recomendo as histórias para trabalhar a diversidade entre as famílias.

A importância de se contar histórias está no enriquecimento das experiências infantis, através do desenvolvimento de diversas formas de linguagem, o que auxilia na formação do caráter, da confiança e do poder imaginário da criança. Além disso, histórias estimulam funções cognitivas essenciais para o desenvolvimento do pensamento. A criança se ampara nas vivências dos personagens para absorver suas próprias vivências, aprendendo meios de lidar com seus problemas e dificuldades do dia-a-dia.

Essa história pode ser usada para ajudar a despertar o Espírito Filosófico em Crianças. A história explora a inteligência e imaginação como formas de adquirir conhecimentos e desenvolver novas habilidades. As várias formas de conhecer o mundo e as pessoas e a discriminação dos que não se enquadram nos padrões determinados pela sociedade. 

“A história de hoje entrou por uma porta e saiu pela outra; e quem souber, que conte outra”.

“Histórias para Despertar” é uma coletânea de fábulas e contos de fadas criada para ilustrar, de forma criativa e divertida, a eterna busca do ser humano por sabedoria e realização.

Este livro foi elaborado dentro do projeto infantil de filosofia para crianças da Associação Cultural Nova Acrópole. A Autora buscou passar um pouco dos conhecimentos filosóficos em uma linguagem suave e pedagógica, resultando na publicação do presente livro.

Sobre a Autora Isabella Galvão Arruda

Isabella Galvão Bueno é uma jovem de 15 anos, no momento que escreveu o livro (2009). Ela começou a escrever esta obra aos treze. É brasiliense, filha de pais filósofos, ambos professores da Escola de Filosofia Nova Acrópole. Nasceu e cresceu nesse ambiente, e bem cedo começou a também fazer suas próprias indagações e buscar respostas. Este livre, ideia e iniciativa da mesma, é resultado dessas indagações, e se destina a ajudar a despertar o Espírito Filosófico em Crianças, com as quais trabalha, no projeto de Educação Infantil de Nova Acrópole.

Histórias para Despertar: Filosofia para crianças e adolescentes, por Isabella Galvão Arruda (Autor), Isabella Rodrigues (Ilustrador), Beatriz Nascimento (Ilustrador), Bárbara Arruda (Ilustrador)

Adquira o livro no link da Amazon: https://amzn.to/30bhFLc

Entrevista com a Escritora Isabella Arruda

LIVE com a Profª Lúcia Helena Galvão e Isabella Galvão, autora do livro com este título

Definições Conceituais

No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

“Ética é aproximar nossa mente do nosso “coração”, colocando amor em tudo que fazemos.”

“Se pesquisássemos os conceitos de Ética e Moral no dicionário, encontraríamos a Ética ligada à um estudo de juízo, de valores ou de princípios, que norteiam a boa conduta do ser humano; enquanto a Moral seria um conjunto de regras e hábitos julgados como válidos. De maneira que, separou-se a Ética, como algo mais teórico, e a Moral como algo mais prático.

Porém, a Filosofia à maneira clássica, que também tenho chamado de “Filosofia como arte de viver”, entende que a teoria é igual à prática.

Pensem, como exemplo, uma pessoa que quer construir uma cadeira, mas antes de construí-la, primeiro se faz fundamental pensá-la. Expressa-se então o conhecimento ético, naquela pessoa que sente, pensa, fala e age de forma coerente e uniforme. É preciso fazer coincidir o que sentimos com aquilo que fazemos.

Helena Petrovna Blavatsky, filósofa russa, dividia nossa mente em duas partes, uma parte filosófica e outra científica. A mente filosófica liga-nos a princípios e arquétipos superiores, como por exemplo , a Justiça, o Amor, a Verdade e a Beleza; e a outra mente científica, está ligada à matéria e ao mundo em que vivemos.

Imaginem um grupo de crianças, no qual naturalmente encontramos crianças que se inclinam para um comportamento banhado pela justiça, enquanto que em outras, encontraríamos atitudes um tanto rebeldes.

Posteriormente, isso continuaria acontecendo com os adultos. Podemos dizer então que, quando surge em nós esse esforço para canalizar sentimentos mais nobres, chamaríamos isso de Ética Atemporal, ou seja, aquela que vence as barreiras do tempo e se manifesta no decorrer da história.

É necessário, sobretudo, que o homem eleve sua consciência para canalizar essa força, por meio de um comportamento reto e cortês.

Dessa forma surge também uma Ética Temporal, que pode se adaptar a cada época do tempo, de acordo com os acontecimento.

Desse esforço nasce um código, uma constituição, normas a serem seguidas, inspiradas por uma intenção de justiça que surge do coração do homem. Portanto:

“Ética é aproximar nossa mente do nosso “coração”, colocando amor em tudo que fazemos.”

Termino este texto com uma frase do fundador da Nossa Acrópole, o Professor Jorge Angel Livraga, sobre Ética e Moral: “Tratava-se de harmonizar o homem e ajudá-lo, para que nele brotassem as fontes da Justiça e do Bem, que lhe permitissem beber das águas da divindade”. Elismar Alves, Prof. de Nova Acrópole

Links: https://www.acropole.org.br/programa-merlin/

“A ética é o conjunto de valores e princípios que eu uso para a minha conduta no meio da sociedade, isto é, quais são os princípios para eu agir. Moral é a prática desses princípios. Este conjunto de valores é construído por algumas instituições sociais, como família e escola.” Cortella

Jardim da Infância Zen – Dia da Sabedoria

“A Ética e a Moral são filhas do Pai Eternidade e da Mãe Sabedoria. São Divinas! Elas sempre estarão em busca de abrigo em nossos corações.

*** Hoje terça-feira, seguimos com a pauta editorial proposta. Terça-feira é regido pelo Deus Ares | Conhecido em Roma como Marte – Dia da nossa “Salada Mystica” no “Jardim da Infância Zen” 

*** Na mitologia grega entre as características da sua personalidade, Eros, ficou conhecido como deus guerreiro, que não consegue controlar seus impulsos e sua raiva.

Além da Filosofia, Eros também é citado na Psicologia em um sentido muito mais amplo, quase que equivalente à “Energia da Vida”.

Na psicologia freudiana, Eros representa nossa força vital, a vontade de viver. É o desejo de criar vida e favorecer a produtividade e a construção.

Com todo esse simbolismo o que podemos aprender? A dualidade, o que fazer com as nossas emoções estão “afloradas”?

A sabedoria é aprender o que fazer com os momentos de emoções tão contraditórias. Experimente a vida em todas as formas possíveis bom-mau, amargo-doce, claro-escuro, verão-inverno. Experimente todas as dualidades. Não tenha medo da experiência, porque mais experiências que você tem, mais maduro você se torna. Aprender voltar para o meu eixo com sabedoria e de forma mais rápida. “Tudo que vocês viverem passa a ser de vocês, ninguém mais pode tirar. É assim que se constrói a sabedoria”

Com a maturidade emocional não tenho necessidade de culpar ou julgar ninguém pelo que acontece. Na calma presto atenção e, em harmonia com a situação, aceito a realidade e as coisas como elas são, e não como eu gostaria que fossem.

Depois de reconhecer, entender, acolher e aceitar as dualidades encontramos o EQUILÍBRIO.

Quando faço isso escolho como reagir diante as adversidades, assumo responsabilidades, me conecto com a ressonância do universo e coloco a minha tão desejável equanimidade em prática.

Maturidade emocional é manter o silêncio até que possamos falar com sabedoria, respeito e amor. Cabe a cada um de nós manter o equilíbrio das relações.

Se você não puder falar com respeito e amorespere até que possa.” — Amma

Sabedoria é ser capaz de transformar conhecimento em respostas às circunstâncias da vida dignas de um ser humano. “Pelas vossas obras, vos conhecerei!”

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A nova obra do artista Kobra homenageia as vítimas do coronavírus no mundo e pede pé para enfrentar a pandemia

Língua dos Homens e dos Anjos | Sem amor eu nada seria

“Ainda que eu falasse a língua do homens e falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria”

“Vamos vencer isto juntos, mas separados. Ou separados, por isto juntos. Nestes tempos de necessário isolamento social, é preciso ter fé. Independente da nossa localização geográfica, de nossa etnia e de nossa religião, estamos unidos em uma mesma oração.” Eduardo Kobra  #eduardokobra

“Se fosse possível, colocaria todas as religiões, mas coloquei as cinco maiores para representar toda fé da humanidade”

“Buda não era Budista,
Jesus não era Cristão,
Krishna não era Vaishnava,
Maomé não era Islamita,
Eles eram professores que ensinavam AMOR.
AMOR era a religião de cada UM.”

”Ainda que eu falasse a língua do homens. E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece.”

“Ainda que eu falasse a língua do homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

Ainda que eu falasse a língua do homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter a quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor

Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria”

Compositor: Renato Russo – Renato Manfredini Jr  #legiaourbana – Artista: Legião Urbana – Álbum: As Quatro Estações

Não é sobre nossas crenças e sim sobre como estamos vivendo e como estamos vendo e interpretando o mundo.

Independente da religião amar e perdoar é evolução espiritual, é desapegar do orgulho e egoísmo. Independente de qual “crença” seguimos a linguagem universal que é o AMOR!
.
Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. 

Obra do artista plástico Eduardo Kobra https://www.eduardokobra.com/

A obra do artista Eduardo Kobra homenageia as vítimas do coronavírus no mundo e pede fé para enfrentar a pandemia. Foto: Reprodução/Instagram

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