São João Batista Menino Cordeiro

“Festividades Joaninas”

“Festividades Joaninas”

Sabia que muitos povos antigos também comemoravam essa época do ano, que demarca o início do inverno, o solstício? Momento onde se acendiam fogueiras e velas em resposta simbólica para ajudar a aquecer a estação vindoura e o coração dos homens.

Mês de Junho, Juno, que unem céu e terra, do São João menino, que adverte sobre a chegada do Cordeiro. Onde o espiritual e o material se abraçavam.

Um mês com uma riqueza infinita de simbolismos, de beleza e pureza das crianças em nossos corações.

Mês de São João, ser criança, o cordeiro no coração.

No dia 24 de junho celebra o nascimento de João Batista, o precursor de Jesus Cristo.

João Batista, nome que significa “Deus é propício”, é o precursor de Jesus, aquele que preparou os caminhos do Senhor. Foi ele também quem batizou Jesus. João Batista nasceu cerca de seis meses antes de Jesus. Portanto a Festa de São João foi fixada no dia 24 de junho, seis meses antes da véspera do Natal.

A festa de São João é uma das festas juninas, celebradas em junho. Criada pelos camponeses europeus para celebrar o início do verão (Hemisfério Norte), o evento chegou ao Brasil durante a colonização com a chegada dos portugueses. “É uma festa de mudança de estação, início do Inverno (Hemisfério Sul).

Fogueira de São João

No imaginário popular e religioso, muitos santos são atribuídos a símbolos e a capacidades. São Jorge é o santo guerreiro; Santo Antônio é o santo casamenteiro. E São João? Além de João Batista ser associado com a imagem do cordeiro —pelo fato de anunciar a vinda do Cordeiro de Deus, isto é, Jesus—, o santo tem ligação com a fogueira. “A fogueira é acesa no dia 23 para o dia 24 como o sinal da luz. João Batista é o homem que pregará a luz do homem. É por isso que se tem as fogueiras nas festas juninas”. Além disso, há uma outra razão: a mãe de João Batista, Isabel, teria feito uma fogueira para avisar Maria que estava prestes a parir e precisava de ajuda.

As fogueiras dedicadas a esse santo têm forma de uma pirâmide com a base arrendondada.

O levantamento do mastro de São João se dá no anoitecer da véspera do dia 24. O mastro, composto por uma madeira resistente, roliça, uniforme e lisa, carrega uma bandeira que pode ter dois formatos, em triângulo com a imagem dos três santos, São João, Santo Antônio e São Pedro; ou em forma de caixa, com apenas a figura de São João do carneirinho. A bandeira é colocada no topo do mastro.

O responsável pelo mastro, que é chamado de “capitão” deve, juntamente com o “alferes da bandeira”, responsável pela mesma, sair da véspera do dia em direção ao local onde será levantado o mastro.

Contra a tradição que a bandeira deve ser colocada por uma criança que lembre as feições do santo.

O Fogo no Solstício de Inverno simboliza recolhimento, união, confraternização. O Fogo no Solstício de Verão simboliza expansão, celebração, comemoração.

“As festas juninas são bem emblemáticas porque trazem essa alegria da devoção. A colheita é vida, então, a festa junina traz isso”. Valéria Rocha Torres, doutora em ciências da religião.

Solstício de Inverno

***Neste ano de 2021 o inverno começou no dia 21 de junho à 0h32 (horário de Brasília). Mas somente para o hemisfério Sul, ou seja, ao Sul da linha do equador. Em qualquer data, cada hemisfério da Terra apresenta a estação “oposta” do outro. Assim, o inverno no hemisfério Sul corresponde ao verão no Norte ─ e assim por diante. O inverno austral (ou verão boreal) deste ano terá duração de 93,66 dias.

O início de cada estação do ano é definido por dois fenômenos astronômicos: o solstício (para o verão e o inverno) e o equinócio (para a primavera e o outono).

A palavra solstício vem do latim e significa “parada do Sol”. Isso porque, nos solstícios, acontece o afastamento máximo do Sol do ponto cardeal Leste (ao nascer) ou do Oeste (no ocaso). O Sol nasce exatamente no Leste e se põe no Oeste apenas em duas ocasiões por ano: os equinócios. Em todos os outros dias, o astro-rei nasce (e se põe) mais deslocado para o Sul ou para o Norte.

No solstício de inverno ocorre o afastamento máximo para o norte. O Sol nasce (e se põe) precisamente 23º27′ mais para o norte. Isso acontece apenas nessa data. O Sol interrompe seu deslocamento para o norte (daí a “parada do Sol”) e, já no dia seguinte, inverte seu caminho rumo ao Sul.

No dia do solstício de inverno, a duração das horas claras é a menor possível. Há mais noite que dia. Na verdade, é a noite mais longa de todo o ano. Isso é mais evidente nas regiões subtropicais e temperadas do globo, mas vale para qualquer lugar, inclusive os polos.

Eu Gosto muito do Mês de Junho de Juno. O mês que eu casei no dia dos namorados, mês dos Solstícios de Inverno (Hemisfério Sul) e Solstício de Verão (Hemisfério Norte). Mês da minha Lua em Gêmeos, mês do Signo de Gêmeos dos irmãos “Castor e Pólux”, que unem céu e terra. Mês do São João menino, que adverte sobre a chegada do Cordeiro.

Um mês com uma riqueza infinita de simbolismos, de beleza e pureza das crianças em nossos corações.

Período de colheita, fartura, sabores e agradecimento.

Saint Jean Baptiste – Bacchus – Leonardo da Vinci

Léonard de Vinci (Leonardo di ser Piero da Vinci, dit Leonardo da Vinci) Italie, Musée du Louvre, Département des Peintures, INV 780 – https://collections.louvre.fr/ark:/53355/cl010062371 – https://collections.louvre.fr/CGU

Descrição da obra “São João Batista” de Leonardo da Vinci

Leonardo da Vinci adotou um retrato com fundo escuro, como em suas duas outras obras; “Dama com Arminho” (1485-1490), Museu Czartoryski, Cracóvia, Polônia, e “La Belle Ferronière” (1490-1495), Museu do Louvre, Paris, França. Inspirado talvez nessa nova moda que surgiu em Florença pelos pintores Antonello da Messina (1430-1479), Giovanni Bellini (1430-1516), Perugino (1448-1523) e Rafael (1483-1520).

A pintura devido a antigas restaurações ficou com o passar do tempo, completamente manchada e amarelada por causa das várias camadas de verniz oxidadas. A Cruz, a pele do leopardo e os detalhes dos cabelos não eram mais visíveis. Poucas as pessoas conseguiam visualizar a Cruz pintada na penumbra do quadro.

Uma composição original e complexa, de luz e sombra, onde se destacam o rosto, o corpo, os braços, as mãos e uma simbólica Cruz no fundo do quadro. Esse movimento do corpo sólido e forte, para direita se contrapõe com o movimento do braço direito para esquerda e para o alto, um movimento em espiral criando uma certa vibração e comunicação aos nossos olhares.

Enquanto que o rosto e a expressão do enigmático sorriso tem uma delicada e misteriosa suavidade que parecem contradizer a personalidade de São João, abstêmio e intransigente pregador do deserto como descrito na Bíblia.

Com essa pintura Leonardo da Vinci foi mais longe com a técnica do “sfumato”.

Somente depois da restauração de 2016 que durou 10 meses, que toda a sutileza da composição pictórica e espiritual foi revelada como: a pele de leopardo, que veste São João Batistaos cabelos encaracolados, e a Cruz bem nítida.

“São João Batista”, de Leonardo da Vinci, depois da restauração de 2016.

Leonardo da Vinci talvez tente nos mostrar, mesmo de forma subliminar, a beleza harmoniosa entre o Céu e a Terra. Algo que reflete o espiritual é belo. A beleza vem lá de cima como reflexo do espiritual.

João Batista como, o verdadeiro mensageiro, o anuncioador. Ele representa o “Cristo” na Terra.

Como Nasceram as Festas Juninas? Trecho da excelente palestra Origens das Celebrações Modernas, ministrada pela professora Lúcia Helena Galvão https://youtu.be/OANJv6gf87U

Fontes Consultadas: louvre.fr & https://www.zenite.nu/solsticio-de-inverno

Compartilhe! Nos ajude a espalhar a mensagem por aí!



Os 7 Princípios Herméticos do Universo

Os 7 Princípios Herméticos do Universo

Os 7 Princípios Herméticos do Universo

Leis herméticas é um conjunto de princípios atribuídos a Hermes Trismegisto que formam uma filosofia que ficou conhecida como Hermetismo.

Os escritos herméticos são uma coleção de 18 obras Gregas, e as principais são o Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, as quais são tradicionalmente atribuídas a Hermes Trismegisto.

O hermetismo consiste, de forma sincrética, no estudo e prática da evolução e expansão da consciência humana até à Consciência divina, penetrando assim nos mais profundos mistérios da Criação, o que ficou conhecido como iniciação, iluminação ou senda no Oriente.

Também chamado de Hermes “três vezes grande” (significado de “Trismegisto” em latim), os escritos atribuídos a Hermes e é justamente daí que vem a expressão hermeticamente fechado. Um conjunto de princípios que visam fechar agrupar todas as leis que regem o universo e sua manifestação.

O livro O Caibalion e os Princípios Herméticos

Entre as obras mais importantes associadas a Hermes também estão os textos compilados no Corpus Hermeticum e a Tábua de Esmeralda, que exerceram grande influência na filosofia grega do século III e que voltaram à tona durante a Idade Média e o Renascentismo, épocas em que os experimentos da alquimia estiveram em voga.

Em 1908, os princípios que regem todas as coisas foram reunidos no livro O Caibalion, escrito pelos Três Iniciados a partir dos livros de Hermes. A autoria dos Três nunca foi confirmada. O título do livro deriva da mesma raiz que levou ao termo “cabala” em hebraico, que significa “recepção”. Nele, se encontram as descrições das 7 Leis Herméticas que regem todo o universo e que serão resumidas a seguir.

As Sete Leis Herméticas

1 – O Princípio do MENTALISMO:  “O todo é Mente; o universo é mental.”

A primeira e mais importante lei hermética fala basicamente sobre o poder da mente. O universo em que vivemos e tudo o que cremos ser realidade é de natureza mental: a natureza, nossas ações, nossos corpos e todo o resto. Nós somos o que pensamos. Se pensamos coisas boas, coisas boas virão; se pensamos coisas ruins, elas ficarão mais próximas de nós em uma estrutura de forma-pensamento. O universo é um campo de energia mental em dimensões particulares.

2 – O Princípio da CORRESPONDÊNCIA: “O que está em cima é como o que está embaixo. O que está dentro é como o que está fora.”

Na segunda lei hermética, compreendemos que para tudo existe uma correspondência no universo, seja no microcosmo ou no macrocosmo. Usando a Bíblia como exemplo, este princípio está refletido na analogia de quando “Deus cria os homens à sua imagem e semelhança”. Sendo assim, para compreendermos tudo aquilo que nos cerca, temos que olhar para a sua correspondência e seu padrão em outros lugares.

3 – O Princípio da VIBRAÇÃO: “Nada está parado, tudo se move, tudo vibra.”

A terceira lei hermética é amplamente aceita pela ciência moderna e trata do movimento inerente ao universo. Tudo se move, pois tudo vibra. Tudo é composto de átomos em constante vibração. O movimento é o que leva a mudanças e as vibrações ocorrem em diferentes graus. Por meio das vibrações, podemos estar mais próximos do caos ou da harmonia, e isso pode ser controlado. Nas frequências mais altas estão aquilo que não é visto; nas frequências mais baixas estão as vibrações da matéria.

4 – O Princípio da POLARIDADE: “Tudo é duplo, tudo tem dois pólos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliáveis.”

Na quarta lei hermética, entendemos que vivemos em um mundo polarizado. Tudo tem uma dualidade: o quente e o frio, o claro e o escuro, esquerda e direita, bem e mal… Quando associamos o princípio da polaridade com o da vibração, porém, compreendemos que as dualidades são duas faces da mesma moeda – em graus diferentes. O escuro não é nada além da luz ausente; a saúde é ausência de doença. A dualidade é, também, a unidade.

5 – O Princípio do RITMO: “Tudo tem fluxo e refluxo, tudo tem suas marés, tudo sobe e desce, o ritmo é a compensação.”

Na quinta lei hermética, entendemos que vivemos em uma dinâmica de ciclos. Tudo o que vai, volta, e vivemos em uma vibração eterna de atração e repulsão, de inspiração e expiração. Assim como podemos estar por cima, certamente voltaremos para baixo, e isso vale tanto para movimentos físicos como o dos astros, frequências mentais e padrões de relacionamento. Por meio da Neutralização, é possível conquistar maior estabilidade dos ritmos.

6 – O Princípio de CAUSA E EFEITO: “Toda causa tem seu efeito, todo o efeito tem sua causa, existem muitos planos de causalidade, mas nada escapa à Lei.”

Na sexta lei hermética, compreendemos que as coincidências nada mais são do que acontecimentos nos quais as causas ainda não foram esclarecidas. Toda ação tem uma reação e nada é por acaso. Ao dominar os princípios desta lei, é possível ser o agente causador e não apenas sentir os efeitos, de modo que possamos propagar o bem. Quando tal mecanismo é dominado, nos tornamos mestres de nós mesmos.

7 – O Princípio de GÊNERO: “O Gênero está em tudo: tudo tem seus princípios Masculino e Feminino, o gênero manifesta-se em todos os planos da criação.”

No último princípio hermético, entendemos que o gênero não está apenas naquilo que se reproduz fisicamente, mas também está em planos mentais, naturais e espirituais. Toda criação deriva de uma força masculina e feminina. Tudo o que existe pode ter gênero: seres humanos, planetas, árvores. Sabendo e internalizando este fato, podemos viver em maior plenitude.

A Divindade de Hermes Trismegisto

A divindade de Hermes Trismegisto provêm do deus Toth. 

Toth é um deus egípcio o qual simboliza a lógica organizada do universo. Ele é relacionado aos ciclos lunares a qual em suas fases expressa a harmonia do universo. E também como deus do verbo e da sabedoria foi naturalmente identificado com Hermes. 

Como o deus da sabedoria o Toth foi atribuído como escritor de uma série de textos sagrados egípcios os quais descrevem os segredos do universo. Os textos Herméticos antigos podem ser considerados também retentores de ensinamento e de uma base de iniciação a antiga cultura egípcia.

Como todos os deuses egípcios o Toth inicialmente era adorado localmente, mas depois a adoração espalhou-se por todo o Egito. Uma das localidades de adoração ao Toth era na Grande Hermópolis. Com o estabelecimento da dinastia ptolomaica naquela região, os Gregos imigraram também para a cidade sagrada de Toth. Desta imigração de gregos advém a identificação de Hermes com Toth.

Reza a lenda que na antiga Alexandria helenística, o Deus egípcio Thot, deus da magia, da iluminação e das palavras de poder, foi fundido com Deus grego Hermes, da comunicação e da sabedoria. Nos textos egípcios, o nome Thoth possuía um título triplo, algo como “Grande, Grande, Grandessíssimo Deus”.

Em grego, o nome de Thoth foi traduzido para Hermes, mas, para não perder a associação com o Deus egípcio, o título Trismegisto foi adicionado para formar então Hermes Trismegisto. Seus seguidores eram conhecidos como hermetistas e acreditavam que Hermes e seus ensinamentos eram a verdadeira fonte de sua sabedoria.

Em reconhecimento a esse fato, suas obras eram assinadas com o nome Dele em vez de autorias próprias. Tais obras se tornaram conhecidas como textos herméticos, incluindo diversos trabalhos sobre alquimia, magia, astrologia e filosofia. Os textos filosóficos foram reunidos em uma coleção de cerca de vinte textos, chamados de Hermética.

“Sob as aparências do Universo, do Tempo e do Espaço e da Mobilidade, está sempre encoberta a Realidade Substancial: a Verdade fundamental.” – O Caibalion

Uma outra história diz que Hermes foi um grande estudioso e filósofo egípcio que viveu entre 1.500 a.C e 2.500 a.C. Considerado o primeiro alquimista da história, Hermes seria capaz de transformar rocha em metal (o que hoje faz a indústria siderúrgica), extrair a vida das plantas (fitoterapia) e modificar a matéria (como fazem os químicos).

Embora tenha sido escrita nos primeiros séculos após o nascimento de Cristo, a Hermética apresentava-se como um trabalho mais antigo, escrito por um tipo de mago ancestral chamado Hermes, que por meio de práticas místicas atingiu um estado de consciência mais alto e se tornou um Deus.

Na Hermética, a palavra grega gnosis (que quer dizer “conhecimento”), era usada para descrever o estado de consciência mais elevado. Essa mesma palavra era empregada por outros místicos, inclusive por seitas cristãs primitivas (conhecidas como gnósticas), por algumas seitas judaicas como os essênios e por gnósticos sabeus.

A Hermética e a Astrologia

A Hermética possuia uma visão de mundo mística e astrológica. Os planetas foram, cada um, nomeados em homenagem a um Deus e, no período helenístico, sua ordem foi determinada pela velocidade, na seguinte ordem: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol, Marte, Júpiter e Saturno. 

Acreditavam também que os planetas formavam um tipo de “escada entre a Terra e o Céu” onde a energia de cada planeta recebia certas qualidades daquele deus, sendo associadas aos quatro elementos: Terra, Agua, Ar e Fogo.

Os 7 planetas também eram entendidos como centros da alma do Cosmos e seu elo correspondente poderia ser encontrado ascendendo também pela coluna vertebral, da base até o topo da cabeça, no microcosmo do corpo humano.

Pitágoras, o mais antigo dos filósofos místicos, desenvolveu a escala musical diatônica de sete notas marcadas pelas sete vogais do alfabeto grego para capturar o som que cada planeta faria ao orbitar a Terra.

Essa harmonia era chamada na época de “música das esferas”. Pitágoras usava essa escala em um tratamento musical para harmonizar os centros humanos da alma com os planetas. Essas notas funcionavam como virtudes que curariam os desequilibrios ou vícios localizados em cada centro da alma.

Cada planeta era visto como uma via de mão dupla e que ao evoluir, deveríamos deixar para trás os sete dons conferidos pelos planetas e, em um estado mais purificado, adentrar um novo mundo além da matéria, com uma nova consciência. Esse processo envolvia abandonar ou curar os sete Vícios atribuídos a cada um dos 7 planetas:

A demasiada oscilação da Lua; a astúcia e sagacidade de Mercúrio; a luxúria e cobiça de Vênus; a arrogância e egoísmo do Sol; a audácia e ira de Marte; a ganância de Júpiter e a ação taciturna de Saturno.

Tal processo levaria à gnose e consequentemente ao entendimento de que somos feitos de “algo além da matéria, seres espirituais de luz e vibração”.

Enfim… são muitas as histórias, fatos, ensinamentos e lendas ao redor de Hermes Trismegisto. A existência de um sábio homem não é descartada, porém, a forma como a filosofia hermética evoluiu e foi passada de geração para geração faz com que Hermes seja uma figura que representa mais do que um ser humano que aqui habitou, mas um conjunto de ideias e modos de encarar a vida que colaboram imensamente com o nosso autoconhecimento.

“Oh, não deixeis apagar a chama! Mantida de século em século, nesta escura caverna, neste templo sagrado, sustentada por puros ministros do AMOR! Não deixeis apagar esta divina chama!” Edward Carpenter

Os 7 Princípios Herméticos do Universo, você achou interessante, gostou da publicação, comente aqui e saiba mais no livro: O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia

O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia

Baseado nos princípios egípcios conhecido como Leis HerméticasO Caibalion (Kybalion, palavra que pode ser traduzida como “tradição ou preceito manifestado por um ente de cima”) é um livro esotérico sobre os princípios herméticos sistematizados pela primeira vez no ocidente com este formato em 1908, escrito originalmente em língua inglesa.

No Brasil, sua primeira edição surgiu em 1922, lançada pioneiramente em nosso país pela Editora Pensamento.

Até hoje não se sabe quem realmente o escreveu, sendo normalmente atribuído a três indivíduos autointitulados: Os Três Iniciados.

Há rumores que na realidade isso seja apenas mais uma alcunha de William Walker Atkinson, escritor e mentalista norte-americano conhecido também pelo pseudônimo de Yogi Ramacharaka.

Segundo Os Três Iniciados, esse livro contêm a essência dos ensinamentos de Hermes Trismegistos, tal como ensinado nas escolas herméticas do Antigo Egito e da Grécia.

O título Caibalion compartilha a mesma raiz da palavra Qabala, e muitas das ideias apresentadas neste livro anteciparam conceitos relativamente modernos como a Lei da Atração e das ideias ligadas ao Movimento do Novo Pensamento. Um dos maiores clássicos do esoterismo ocidental.

Em qualquer lugar que se achem os vestígios do Mestre, os ouvidos daqueles que estiveram preparados para receber o seu Ensinamento se abrirão completamente. O Caibalion

Livro Consultado: O Caibalion: Estudo da Filosofia Hermética do Antigo Egito e da Grécia: https://amzn.to/2Nl3ufy

Compartilhe! Nos ajude a espalhar a mensagem por aí!



Solstício de Inverno

Solstício de Inverno – Happy Winter Solstice – Feliz Solstício de Inverno

Solstício de Inverno – Happy Winter Solstice – Feliz Solstício de Inverno

Hoje dia 21 de junho no hemisfério sul, o Sol incide no ponto mais inclinado da Terra, será o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Tivemos o Solstício nesta madrugada. São momentos fortes energeticamente pela conexão mais direta entre o Sol e o eixo da Terra, quando há a mudança na irradiação solar, sempre a cada mudança de estação do ano em cada hemisfério. Solstício de inverno é um fenômeno astronômico que marca o início do inverno.

O Inverno teve início hoje dia 21 de junho de 2021 às 00h32 e termina em 22 de setembro de 2021, com o equinócio da primavera. Esta é a estação que antecede a primavera e sucede o outono. No Hemisfério Sul, onde está localizado o Brasil, o inverno caracteriza-se pelas temperaturas baixas, dias mais curtos e noites mais longas.

Hoje é Solstício de Inverno! O que isso significa?

Assim como nossa respiração tem 4 movimentos (inspiração, pulmões totalmente cheios, expiração, pulmões totalmente vazios), a natureza a nossa volta também tem 4 movimentos: estações do ano.

A primavera, pulmões energéticos se expandindo para receber a luz do sol; o verão, pulmões totalmente cheios, o sol brilhando ao seu máximo e a natureza vibrando em sua plenitude; o outono, os pulmões expirando e o sol se despedindo do planeta; e o inverno, pulmões totalmente vazios, o sol distante, silêncio e quietude.

Há milhares de anos, quando não existiam calendários, cada um destes momentos eram celebrados e reverenciados pelos povos que se guiavam por eles para plantar, colher, armazenar e se proteger dos riscos iminentes que vinham com as noites mais longas e os dias mais frios.

Desde sempre o homem se referencia pela observação da natureza para se harmonizar com seu entorno, entender a ação mais sábia e como antever os riscos e garantir a sobrevivência de seus grupos.

O famoso símbolo Taiji, também conhecido como Yin Yang, é uma das formas de análise um calendário desenvolvido levando em consideração os conceitos de luz e sombra.

Significado de Yin

O Yin, a parte preta do símbolo que representa o que é frio e escuro, nada mais é do que a observação de como as sombras “andam” ao redor de um objeto ao longo do período de um ano. Também representa a versão feminina e a noite, a escuridão.

O solstício de inverno, a noite mais longa do ano e o dia de menor incidência de luz sobre a terra é Yin, em sua máxima potência.

Nas culturas antigas este era um dia especial, em que a renovação acontecia. Das sombras mais profundas e escuras renascia o sol, representando a esperança de dias mais longos, de colheitas mais fartas e de um povo mais feliz e seguro.

O Festival do Divino Feminino

O Solstício de junho é um festival para celebrar o divino feminino, dedicado ao sagrado feminino e à natureza: animais, ervas, flores, árvores, gramados e pássaros.

Pode ser um dia ou um período de louvor a todas as deuses e representações do Divino Feminino: Maria, Kuan Yin. Gaia, Ísis, Demeter, Parvati, Lakshimi.

É uma ocasião para celebrar as qualidades Yin, como nutrição, unidade, espontaneidade.

Happy Winter Solstice – Feliz Solstício de Inverno

É o Solstício de Inverno que se inicia. As árvores se despedem das folhas, e o solo as transforma em adubo. Como parte da Natureza, pra nós também é hora de limpar, transformar em adubo aquilo que já serviu , mas não serve mais para abrir espaços deixar galhos a mostra, aguardar.

Com reverência e intenção, abra seus armários, da cozinha, do quarto, do coração, e tire tudo que é velho. Devolva a semente para terra. Abra espaços para aguardar o novo da próxima estação. Renove, Recicle, doe e espere…
Inverno é tempo de espera, de tolerância, de observação, de cultuar o silêncio com sabedoria.

Aproveite a energia deste dia especial para pensar coisas boas, se sintonizar com a realidade que você quer viver, renovar suas esperanças e se reconectar com seu sol interno: a luz divina que brilha dentro de você.

Feliz Solstício! Gratidão pelo ano que passou, coração aberto para o novo ciclo que se inicia.

Livro Consultado: Celebrando os Solstícios – Richard Heinberg

Compartilhe! Nos ajude a espalhar a mensagem por aí!



Um lindo passeio pela Arte de Viver no nosso Jardim Secreto #jardimdainfanciazen Reprima o hábito de sentir aversão por tudo aquilo que está fora de seu controle.” A arte de viver #epicteto #artedeviver

Jardim Secreto

Um lindo passeio pela Arte de Viver no nosso Jardim Secreto #jardimdainfanciazen

Sempre tive meu jardim secreto, minha maneira de sobreviver por fora, sendo apenas Eu, por dentro.

“A Felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob nosso controle e outras não estão. Sob o nosso controle estão as nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que nos causam repulsa ou nos desagradam.

Temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa vida interior. Fora do nosso controle estão coisas como o tipo de corpo que temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Essas coisas são externas, e portanto, não dependem de nós.

Se você achar que tem domínio total sobre coisas que estão naturalmente fora de seu controle, ou se tentar assumir as questões de outros como se fossem suas, sua busca será distorcida e você se tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência a criticar os outros.

Reprima o hábito de sentir aversão por tudo aquilo que está fora de seu controle.” A arte de viver #epicteto#artedeviver

Conheça nosso Podcast: https://anchor.fm/infanciazen

És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite. E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas. Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe.” Khalil Gibran #khalilgibran

Compartilhe! Nos ajude a espalhar a mensagem por aí!



"Do Amor que Damos só Amor Herdamos" - Sabedoria Ancestral - Ancestralidade - Simbologia das Árvores

“Do Amor que Damos só Amor Herdamos”

“Do Amor que Damos só Amor Herdamos” – Sabedoria Ancestral – Ancestralidade – Simbologia das Árvores

Desde de pequena sempre gostei de escrever, pesquisar, ler o que me encanta: romances, filosofia, poemas, poesias, música, arte, psicologia, família, crianças…sempre tentei traduzir em palavras os sentimentos, emoções e gratidão pelos aprendizados e dádivas da vida. Tive muitos diários que escrevia, tive caderno de poesias, poemas, músicas, frases, histórias, contos, fábulas e reflexões de diversas obras literárias que eu mais me identifico. Sempre me identifiquei com as histórias que trazem lição de vida, reflexão e aprendizado. Hoje conto algumas dessas histórias que acredito, que presenciei e que vivi para meu filho Lucas e para meus sobrinhos, alunos e todos os beija-flores. Sou movida as histórias.
.
Minha avó Materna amava flores. No quintal da casa dela tinha muitas flores, árvores, ervas, horta…Foi lá onde eu vivi a minha infância. Em uma cidadezinha chamada Cambuí no interior de Minas Gerais, onde eu nasci.
.
A “Primavera” era uma das preferidas dela. Sempre exuberante em seus ciclos.
.
Gostaria de dividir com vocês o dia que minha mãe tirou uma mudinha dessa Árvore Primavera da minha vó e me disse: “Leve a vó com você.” Eu trouxe a muda, plantamos juntos, com nossas próprias mãos na entrada da nossa casa. Plantamos em 2002 quando começamos a construção da nossa casa e acompanhamos o seu desenvolvimento. Hoje há quase 20 anos a nossa árvore está sempre florescendo como a da minha vó. Todas as vezes que eu cuido dela e falo sobre ela eu lembro da minha avó e madrinha Dona Maria. Hoje minha avó não está mais conosco no mundo físico, mas eu “Sinto a presença dela”. Minha mãe tinha razão: Eu trouxe minha avó comigo para o meu quintal.
.
As árvores na natureza são nossos guardiões.
.
Acredito de coração que nossas vidas e relações são como essa árvore e orquídeas. Precisamos cuidar com amor da semente plantada. Ao plantar precisamos preparar o terreno, estruturar as bases, semear, regar, adubar e cuidar. Às vezes poderá haver pragas, secas ou excessos de chuva e nem por isso podemos abandonar o nosso jardim. A colheita vai depender do processo do semear. Assim seguimos fortalecendo nossos laços, celebrando as nossas conquistas e realizações.

“Como Somos Cosmos – Cosmos Somos”

“Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras” – Este capítulo explana os simbolismos contidos nas Flores, Plantas, Frutas e Árvores, muito interessante. Tradução do antigo livro de 1928, Os Ensinamentos Secretos de Todas as Eras.

Pai, mãe e criança constituem a trindade natural. Os Mistérios glorificavam a casa como a instituição suprema em funcionamento à esta trindade como uma unidade. Pitágoras comparou o universo com a família, declarando que o fogo supremo da criação estava no meio de seus corpos celestes, então, por analogia, o fogo supremo do mundo estava sobre seus corações. Pitágoras e outras escolas de filosofia conceberam a natureza divina de Deus para manifestar-se na tríplice o aspecto de Pai, Mãe e Criança. Estes três constituem a Família Divina, cuja morada  é criação e cujo símbolo natural e peculiar.

Deus-Pai é espírito, Deus-Mãe é matéria, e Deus o Filho – o produto dos dois – representa a soma das coisas vivas nascidas fora e dentro, constituindo a natureza. A semente do espírito é semeada no ventre da matéria, e uma concepção imaculada da progênie é trazido à existência. Não é este o verdadeiro mistério da Madonna segurando o Santo bebê em seus braços? Quem se atreve a dizer que tal simbolismo é impróprio? O mistério da vida é o mistério supremo, revelado em toda a sua dignidade divina e glorificado como conquista da natureza pelos sábios e profetas de todas as idades iniciadas. 

Flores foram escolhidas como fortes símbolos para muitas razões. Graças a grande variedade da flora, foi possível encontrar alguma planta ou flor que seria uma figura adequada para praticamente qualquer qualidade abstrata ou condição. Uma planta pode ser escolhida por causa de algum mito relacionado com a sua origem, como as histórias de Daphne e Narciso; por causa do ambiente particular em que floresceu, como a orquídea e o fungo; devido à sua forma significativa, como a flor da paixão e do lírio de Páscoa; por causa de seu brilho ou fragrância, como a verbena e a lavanda doce; pois preserva a sua forma indefinidamente, como a flor eterna; por causa de características incomuns como o girassol e heliotrópio, que têm sido por muito tempo sagrado por causa de sua afinidade com o sol. 

planta pode também ser considerado digno de veneração porque a partir de suas folhas esmagadas, pétalas, caules, raízes podem ser extraídos unções, essências ou drogas que afetam a natureza e inteligência dos seres humanos – como a papoula e as antigas ervas de profecia. A planta pode também é eficaz na cura de muitas doenças porque os seus frutos, folhas, pétalas, ou raízes tem uma semelhança na forma ou na cor de partes ou órgãos do corpo humano. Por exemplo, os sucos destilados de certas espécies de samambaias, também o musgo peludo crescentes sobre carvalhos, e o cardo foram ditos ter o poder de fazer cabelo crescer; o dentaria, que se assemelha a um dente em forma, foi dito para curar a dor de dentes; e a planta palma Christi, devido a sua forma, cura todas as aflições das mãos. 

flor é o sistema reprodutivo da planta e é, portanto, singularmente apropriada como um símbolo da pureza sexual – um requisito absoluto dos antigos mistérios. Assim, a flor significa esse ideal de beleza e regeneração que toma o lugar de luxúria e degeneração. De todas as flores simbólicas a flor lótus da Índia e do Egito e a rosa dos Rosacruzes são os mais importantes. O simbolismo destas duas flores são considerados idênticos. As doutrinas esotéricas para a qual se encontra a lótus oriental têm sido perpetuada na Europa moderna sob a forma de rosa. A rosa e o lótus são emblemas Yonic, significando principalmente o mistério criativo materno, enquanto o lírio de Páscoa é considerado fálico. 

Na filosofia hindu, cada pétala da flor de lótus tem um certo símbolo que dá uma pista adicional para o significado da flor. O Orientais também usam a planta de lótus para significar o crescimento do homem através dos três períodos de consciência humana – a ignorância, esforço, e compreensão. Três elementos estão presentes na Lótus (terra, água e ar) para que o homem viva os três mundos – material, intelectual e espiritual. Como a planta, que com suas raízes na lama e no lodo, cresce para cima através da água e finalmente floresce diante da luz e do ar, o crescimento espiritual do homem é para cima da escuridão (ação base) e desejo para a luz da verdade da compreensão, a água que serve como um símbolo do mundo em constante mudança, a ilusão através do qual a alma deve passar em sua luta para alcançar o estado de iluminação espiritual. A rosa e seu equivalente oriental, a flor de lótus, como todas as flores bonitas, representam o desenvolvimento espiritual e realização: daí o porque das divindades orientais serem frequentemente mostradas sentadas em cima das pétalas das flores de lótus. O lótus também foi uma inspiração na arte egípcia e sua arquitetura. Os telhados de muitos templos foram construídos por colunas de lótus, significando a sabedoria eterna; e a cabeça de lótus – simbólica da prerrogativa auto-desdobramento e divina – foi muitas vezes transportadas em procissões religiosas. Quando a flor tinha nove pétalas, era símbolo do homemquando doze, do universo e os deusesquando sete, dos planetas e da leiquando cinco, dos sentidos e os Mistérios; e quando três, das principais divindades e os mundos. A rosa heráldico da Idade Média geralmente tem ou cinco ou dez pétalas mostrando assim a sua relação com o mistério espiritual do homem através do quinteto de Pitágoras.

A ÁRVORE – Cultus Arborum

A adoração de árvores como representação da Divindade foi prevalente em todo o mundo antigo. Templos eram frequentemente construídos no coração de bosques sagrados e cerimoniais noturnos foram conduzidos sob os ramos de ampla expansão de grandes árvores, fantasticamente decorados e enfeitados em honra de suas divindades protetoras. Em muitos casos, acreditava-se que as próprias árvores possuíam os atributos do poder divino e inteligência, e, portanto, súplicas eram frequentemente dirigidas a eles. A beleza, dignidade, solidez e força de carvalhosulmeiros, e cedros levou à sua adoção como símbolos do poder, a integridade, a permanência, virilidade, e proteção divina. Diversos povos antigos – como os hindus e os escandinavos — consideram o macrocosmo, ou Grande Universo, como uma árvore divina que cresce de uma única semente semeada no espaço.

Os gregospersascaldeus e japoneses têm lendas que descrevem a árvore de eixo ou canal sobre a qual a Terra gira. Kapila declara que o universo é a árvore eterna, o Brahma que brota a partir de uma semente imperceptível e intangível – a mônada material. Os cabalistas medievais representam a criação como uma árvore com suas raízes na realidade do espírito e das suas filiais na ilusão da existência tangível. A árvore Sephirótica da Cabala foi, portanto, invertida, com as suas raízes no céu e seus ramos sobre a terra. Madame Blavatsky assinala que a Grande Pirâmide foi considerada um símbolo desta árvore invertida, com sua raiz no ápice da pirâmide e seus ramos divergentes em quatro fluxos em direção à base. A árvore do mundo escandinavo, Yggdrasil, apoia em seus ramos nove esferas ou mundos, – que os egípcios simbolizavam pelos nove estames da persea ou do abacate. Todos estes são colocados dentro da décima esfera misteriosa ou ovo cósmico – a Sephirótica dos Mistérios. A árvore da Kaballah dos judeus também é composto de nove filiais, ou mundos, que emana da Primeira Causa ou Coroa, que rodeia suas emanações como a casca que rodeia o ovo. A única fonte de vida e a diversidade sem fim de sua expressão tem uma perfeita analogia na estrutura de árvore. O tronco representa a origem única de toda a diversidade; as raízes, profundamente enraizadas na terra escura, são símbolos de alimento divino; e sua multiplicidade de ramos se espalhando a partir do tronco central, representam a infinidade de efeitos universais dependentes de uma única causa.

A árvore também tem sido aceita como símbolo do Microcosmo, isto é, o homem. De acordo com a doutrina esotérica, o homem primeiro existe potencialmente dentro do corpo da árvore do mundo e as flores posteriores à manifestação objetiva sobre seus ramos. De acordo com um antigo mito grego dos Mistérios, o deus Zeus fabricou a terceira raça de homens a partir de cinzas de árvores. A serpente tantas vezes mostrada enrolada à volta do tronco da árvore geralmente significa a mente – o poder do pensamento – e é o tentador eterno ou desejo que leva todas as criaturas racionais para a descoberta fundamental da realidade e, assim, derruba a regra dos deuses . A serpente escondida na folhagem da árvore universal representa a mente cósmica; e na árvore humana, o intelecto individualizado. O conceito de que toda a vida se origina a partir de sementes causando grãos e várias plantas podem ser vistas como a emblemática do espermatozoide humano, e a árvore, portanto, símbolo da vida organizada, o desdobramento de seu germe primitivo. 

O crescimento do universo a partir de sua semente primitiva pode ser comparado ao crescimento do poderoso carvalho. Enquanto a árvore é aparentemente muito maior do que a sua própria fonte, no entanto, a contém em cada ramo, e folhas que posteriormente são objetivamente desdobradas pelos processos de crescimento. A veneração do homem por árvores como símbolos das qualidades abstratas de sabedoria e integridade também o levou a designar como árvores aqueles indivíduos que possuíam essas qualidades divinas a um grau aparentemente sobre-humano. Filósofos e sacerdotes iluminados foram muitas vezes referidos como árvores ou homens de árvore – por exemplo, os druidas, cujo nome, de acordo com a interpretação, significa os homens das árvores de carvalho, ou os iniciados de certos Mistérios sírios que foram chamados cedros ; na verdade, é muito mais credível e provável que os famosos cedros do Líbano, cortados para a construção do Templo do Rei Salomão, foram realmente iluminados, iniciado pelos sábios. O místico sabe que os verdadeiros suportes da Gloriosa Casa de Deus não eram os troncos sujeitos à decadência, mas os intelectos imortais e imperecíveis de veneração do hierophants. 

As árvores são repetidamente mencionadas no Antigo e Novo Testamentos, e nas escrituras de várias nações pagãs. A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal mencionado no Gênesis, a sarça ardente em que o anjo apareceu a Moisés, a famosa videira e figueira do Novo Testamento, o bosque de oliveiras no Jardim do Getsêmani, onde Jesus foi orar, e a árvore milagrosa do Apocalipse, que produz doze tipos de frutos e cujas folhas são para a cura das nações, todos dão o testemunho da estima as árvores, que foram compreendidas pelos escribas das Sagradas Escrituras. Buda recebeu sua iluminação sob a árvore Bodhi, perto de Madras, na Índia, e vários dos deuses orientais são retratados sentado em meditação sob os galhos de árvores que se espalham. Muitos dos grandes sábios e salvadores tem varinhas, varas, ou aduelas cortadas da madeira de árvores sagradas, como as hastes de Moisés e Arão; Gungnir – a lança de Odin – cortado da árvore da vida; e a vara consagrada de Hermes, com serpentes em torno entrelaçadas combatem entre si. Os diversos usos dos antigos feitos da árvore e seus produtos são fatores em seu simbolismo. Seu culto foi, em certa medida, com base na sua utilidade.

O JP Lundy escreve: “As árvores ocupam um lugar tão importante na economia da natureza por meio de atrair e reter umidade e sombreamento das fontes de água e no solo, de modo a evitar a esterilidade e desolação; são tão úteis para homem de sombra, para os frutos, para a medicina, para o combustível, para a construção de casas e navios, para móveis, para quase todos os departamentos da vida, que não é de admirar que alguns dos mais notáveis, como o carvalho, pinheiro, a palma da mão, e o sicômoro são considerados sagrados e usados para a adoração.”

A Árvore da Vida e a Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal tem em si ocultado o grande arcano da Antiguidade – o mistério do equilíbrio. A Árvore da Vida representa o ponto de equilíbrio espiritual – o segredo da imortalidade.

A Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal, como o próprio nome indica, representa polaridade, ou desequilíbrio – o segredo da mortalidade. Assim, a Árvore da Vida é também o símbolo nomeado dos Mistérios, e participando no homem, o fruto alcança a imortalidade. O carvalho, o pinheiro, o cinza, o cipreste, e a palma são as cinco árvores de grande importância simbólica. O Pai, o Deus dos Mistérios era frequentemente adorado sob a forma de um carvalho; o Deus Salvador – freqüentemente o Mártir – sob a forma de um pinheiro; o eixo do mundo e da natureza divina na humanidade na forma de uma cinza; as Deusas, ou princípio maternal, sob a forma de um cipreste; e o pólo positivo da geração sob a forma da inflorescência da tamareira companheiro. A pinha é um símbolo fálico da antiguidade remota. O tirso de Baco – uma longa varinha ou encimado por uma pinha ou cacho de uvas entrelaçada com hera ou folhas de videira, às vezes fitas – significa que as maravilhas da natureza só podem ser conseguidas com a ajuda da virilidade da energia solar, como simbolizado pelo cone ou uvas.

Os alquimistas passaram a simbolizar os seus metais por meio de uma árvore, para indicar que todos os sete ramos eram dependentes de um único tronco de vida solar. À medida que os Sete Espíritos dependem de Deus e são ramos de uma árvore da qual Ele é a raiztronco, e a terra espiritual da qual a raiz deriva seu sustento, por isso o único tronco da vida divina pode alimentar todas as múltiplas formas de que o universo é composto.

“Estamos sempre conectados a todas as vidas que vivemos e viveremos. Elas são parte do nosso caminho, nossa natureza e nossa herança. ”~ Mira Kelley

Imagem: Claude Monet The Water Lily Pond, 1899, by Claude Monet

Link Consultado: Sacred Texts

Compartilhe! Nos ajude a espalhar a mensagem por aí!