Renascimento Michelangelo

Todo Renascimento é Atemporal

Todo Renascimento é Atemporal

Seguimos com a pauta editorial de “livre expressão” proposta desta semana no Infância Zen – Quinta-feira é regida por Júpiter.
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Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?
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Como podemos, de acordo com a nossa visão de princípios e valores, nos responsabilizar pela desordem da qual eu me queixo.
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Desenvolver a sabedoria para alcançar a equanimidade. Pequenas pedras que são lançadas da consciência não podem levar todo o lago à comoção.
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Depois de reconhecer, entender, acolher e “aceitar” as dualidades encontramos o EQUILÍBRIO.
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Quando faço isso escolho como reagir diante as adversidades e assumo as responsabilidades. Me conecto com a ressonância do universo e coloco a minha tão desejável equanimidade em prática.
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Com base nos valores, princípios e sabedoria é capaz de transformar conhecimento as respostas às circunstâncias da vida digna de um ser humano.
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”Pelas vossas obras, vos conhecerei.”

Mini Biografia – Livre

Michelangelo (1475-1560) foi um pintor, escultor, arquiteto e poeta do Renascimento Italiano.

Um dos maiores representantes das artes plásticas do período.

Michelangelo nasceu em Caprese, nas proximidades de Florença, Itália, no dia 6 de março de 1475.

Na escola interessava-se apenas em desenhar, para desespero da família, que desprezava a profissão do artista. Sua obstinação acabou vencendo, e aos 13 anos de idade tornou-se aprendiz do estúdio de Domenico Ghirlandaio.

Desejando uma arte mais heroica, ingressa na escola de escultura de Lourenço de Medicis, que o hospeda em seu palácio.

Convivendo com a elite nobre e intelectual, empolga-se pelas ideias do Renascimento Italiano.

Sua grande paixão foi a escultura. Certa vez ele disse: “A figura já está na pedra, trata-se de arrancá-la para fora”.

Tinha orgulho de sua ascendência aristocrática, “por sua raça” – como escrevia em suas cartas: “Eu não sou o escultor Michelangelo, sou Michelangelo Buonarroti”.

A obra renascentista intitulada A criação de Adão foi feita por volta de 1511 pelo famoso artista italiano Michelangelo.

Esse é um trabalho realizado com a técnica do afresco e integra o conjunto de pinturas feitas no Teto da Capela Sistina, produzidas entre 1508 e 1512 por encomenda do papa Júlio II.

A criação de Adão é a representação da passagem bíblica em que o criador do mundo, Deus, dá origem à humanidade, simbolizada na figura do primeiro homem, Adão.

Essa foi a primeira obra em que um artista consegue expressar todo o mistério, espontaneidade e, ao mesmo tempo, força divina no ato da criação.

A composição transmite harmonia ao criar dois planos que o expectador percorre visualmente a partir do chão.

Adão, segundo o livro bíblico, foi criado à semelhança de Deus. Na pintura, podemos constatar tal paridade e simetria.

Os corpos de ambos são exibidos deitados de frente, com o mortal no ambiente terrestre, inicialmente sozinho; já o ser divino está envolto em um manto e rodeado de anjos.

Os dedos das personagens, quase se tocando, são o ponto alto da composição.

A mão de Adão ainda denota falta de vitalidade, que será conferida a ele através do toque de Deus. O criador exibe o dedo indicador esticado, em um gesto simples e direto, agraciando o homem com a vida.

Segundo o historiador Ernst Gombrich, essa é considerada uma das maiores obras de arte já produzidas. Nas palavras dele:

Michelangelo conseguiu fazer do toque da mão divina o centro e o ponto culminante da pintura, e nos fez enxergar a ideia da onipotência por meio do poder de seu gesto criador.

Adão é apresentado como um homem que, preguiçosamente, desperta. Ele levanta o tronco na direção de Deus e apoia o cotovelo em seu joelho, a fim de aproximar-se do gesto divino.

É como se ele acabasse de acordar de um sono profundo, pois podemos perceber seu corpo relaxado e sua feição acomodada.

A propósito, a figura humana é muito bem representada anatomicamente em Adão, que está completamente nu e tem os músculos à mostra.

A figura de Deus é manifestada de forma vigorosa. Os longos cabelos grisalhos e barba volumosa transmitem a ideia de sabedoria.

Sua vestimenta é representada de maneira fluida, o que permite a observação do corpo jovem e musculoso, como o de Adão. Essa maneira de representação do ser humano, valorizando a corporeidade, é característica da arte renascentista.

Aqui, o criador tem o corpo envolvido por um manto vermelho, que é inflado pelo vento. Muitas figuras angelicais o acompanham, e pode-se dizer que a mulher ao seu lado vem a ser Eva, companheira de Adão, que ainda espera nos céus pelo momento de descer à Terra.

Na década de 90, o pesquisador americano Frank Lynn Meshberger encontrou em A criação de Adão enorme semelhança entre o desenho da anatomia cerebral e a figura de Deus com anjos envoltos no manto vermelho.

As imagens são realmente muito similares e, segundo os estudos, Michelangelo representou inclusive algumas partes internas do órgão, como o lobo frontal, nervo ótico, glândula pituitária e o cerebelo.

Essa teoria faz sentido, tendo em vista que Michelangelo era profundo conhecedor de anatomia.

O pensamento que imperava na época, alicerçado pela ideologia humanista e antropocêntrica, também contribui para que essa hipótese seja verdadeira. Nesse período, o homem passa a ser visto como o centro do universo.

Michelangelo parece ter feito uma espécie de “homenagem” à racionalidade humana, representada pelo órgão cerebral.

Michelangelo e seu contexto histórico

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, ou somente Michelangelo, nasceu em 6 de março de 1475, em Caprese, na Itália.

Foi um artista excepcional, contribuindo grandemente para a história da civilização do Ocidente no momento em que enormes transformações culturais e sociais ocorriam.

Vivia-se o período Renascentista e a Itália era considerada o centro da efervescência artística, que despontava baseada na cultura clássica da Grécia e Roma antigas.

Nesse cenário, Michelangelo destacou-se devido a sua genialidade, colocando sua arte como objeto de encantamento e também de confronto.

O artista fez de sua vida uma devoção à arte, trabalhando até os últimos dias. Falece em 18 de fevereiro 1564, em Roma.

Artigo de Blog Consultado: https://www.todamateria.com.br/autor/laura-aidar/

Homem Vitruviano ou Homem de Vitrúvio é um desenho de Leonardo da Vinci (1452-1519) que foi produzido em 1490, durante o Renascimento.

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