O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado nos traz uma experiência da gestação e maternidade e oferece a possibilidade, em termos de desenvolvimento psíquico, de integração, amadurecimento e expansão da personalidade.

Simbolismo da Maternidade – Sabe de onde vem a palavra MÃE? Sabe o que significa ser mãe? Mãe é só aquela que tem filhos físicos? Há geração em outros planos, mais elevados?

“Ser mãe talvez seja a arte de dar o que a gente não tem. […]. Não me ocorreu dizer isso a você e eu percebo que, entre nós, havia um problema de comunicação, como você me disse mais de uma vez. Ouvi sem escutar. Por quê? Por ser filha de uma mãe que não me escutava ou por considerar que, sendo psicanalista, o problema não podia ser comigo?

O fato é que, sem adotar os valores da moral contestada por seu pai e eu, você não concebe a traição. Quer o amor absoluto.”
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“Um amor conquistado: o mito do amor materno” a francesa Elizabeth Badinter nos mostra de maneira muito clara que o amor materno inato é um mito. Não é “dado”, mas sim, como deixa antever o título da obra, “conquistado”. Porém, acreditamos em nosso imaginário que tal amor seja algo natural.

Algo que nasce com as mulheres, verdadeiro apanágio feminino. Fala‑se até de “instinto materno”. E coitadas daquelas que não o têm! Sofrem um certo preconceito, pois falta‑lhes qualquer coisa de fundamental!
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Será o amor materno um instinto, uma tendência feminina inata, ou depende, em grande parte, de um comportamento social, variável de acordo com a época e os costumes?

É essa a pergunta que Elisabeth Badinter procura responder neste livro, desenvolvendo para isso uma extensa pesquisa histórica, lúcida e desapaixonada, da qual resulta a convicção de que o instinto materno é um mito, não havendo uma conduta materna universal e necessária.

Ao contrário, a autora constata a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe. Não pode então fugir à conclusão de que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e como tal incerto, frágil e imperfeito.

Pode existir ou não, pode aparecer e desaparecer, mostrar-se forte ou frágil, preferir um filho ou ser de todos. Contrariando a crença generalizada em nossos dias, ele não está profundamente inscrito na natureza feminina.

Observando-se a evolução das atitudes maternas, verifica-se que o interesse e a dedicação à criança não existiram em todas as épocas e em todos os meios sociais.

As diferentes maneiras de expressar o amor vão do mais ao menos, passando pelo nada, ou quase nada.

O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire. Tal como o vemos hoje, é produto da evolução social.

O próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar depois dos cinco anos.

Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo com as flutuações socioeconômicas da história.

Este é um breve resumo sobre: O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado.

“Pela suas obras vos conhecereis. Pelos frutos se conhece a qualidade de uma árvore.”

Toda Mãe é uma Mestre

Você conhece a história da Mãe de Thomas Edison. O mais fértil inventor de todos os tempos criou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone. Traçou desse modo o perfil do mundo de hoje.
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Certo dia, Thomas Edison chegou em casa com um bilhete para sua mãe. Ele disse:

– “Meu professor me deu este papel para entregar apenas a você.”

Os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para seu filho:

– “Seu filho é um gênio. Esta escola é muito pequena para ele e não tem suficiente professores ao seu nível para treiná-lo. Por favor, ensine-o você mesmo!”
Depois de muitos anos, Edison veio a se tornar um dos maiores inventores do século. Após o falecimento de sua mãe, encontrou novamente a carta recebida na infância, porém o conteúdo era diferente do que sua mãe leu anos atrás.
– “Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos deixá-lo vir mais à escola!!”
Edison chorou durante horas e então escreveu em seu diário:
– “Thomas Edison era uma criança confusa mas graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o gênio do século.”
Existem certos momentos da vida onde é necessário mudar o “conteúdo da carta” para que o objetivo seja alcançado…
Autor Desconhecido

O que essa mãe tem a nos ensinar

Você está criando seus filhos do jeito que foi criada. Está repetindo os mesmo padrões ancestrais. Qual a maio diferença entre você, sua mãe, sua avó e sua bisavó.

Como você pode realizar a CoCriação baseada nos seus valores. O que você tem feito daquilo que fizeram com você.

“Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você.” Jean Paul Sartre

Qual a “lição de vida” que você pretende transmitir para seu filho. Qual o legado eu quero deixar para as crianças.

Mitologia e Filosofia

Essa semana iniciamos uma “Linha Editorial” voltada para as questões complexas do dia-a-dia real da família. Usaremos a utilização das histórias, mitos, contos e/ou fábulas.

A Mitologia e filosofia são caminhos que buscam contar a origem do mundo e das coisas. Em certos momentos da história, a ideia de superar a mitologia era vista como uma evolução e que seguir a razão era o caminho certo. As diferenças de abordagem e metodologia são inúmeras, para começar a diferenciá-las é preciso saber o conceito de cada uma.

A importância de se contar histórias está no enriquecimento das experiências, através do desenvolvimento de diversas formas de linguagem, o que auxilia na formação do caráter, da confiança e do poder imaginário. Além disso, histórias estimulam funções cognitivas essenciais para o desenvolvimento do pensamento. Nos amparamos nas vivências dos personagens para absorver nossas próprias vivências, aprendendo meios de lidar com seus desafios do dia-a-dia.

Vamos utilizar do simbolismo em cada dia da semana. Hoje é segunda-feira, onde o regente é a Lua. Ela é o símbolo do romantismo, dos enamorados e dos poetas.

Está ligada ao movimento das águas (marés, liquido amniótico etc), a vegetação, e aos animais. Assim como o Sol, a Lua é um luminar. Mas, ao contrário do Sol, ela não tem luz própria.

A Lua recebe a sua luz e a reflete, portanto ela é um principio receptivo e passivo, em contraste ao Sol que é um princípio ativo: fonte de luz e energia. Sendo um principio receptivo e doador, a Lua pode ser associada ao feminino, principalmente ao principio materno. Sendo então um símbolo da fecundidade, fragilidade e de ciclos.

Como ela possui várias fases e assume formas variadas, é, também, um símbolo da inconstância e da mutabilidade.

Na Astrologia ela esta associada à alma, em contraste com o Sol, que é associado ao espírito. Simbolizando o mergulho do espírito, principio divino, na experiência humana.

Na lua astrológica podemos observar as nossas emoções, nossas experiências passadas, nossas raízes, ancestralidade, nossa intuição, as fantasias, os humores, os assuntos domésticos, nossa relação com a família, a casa de origem e o nosso cotidiano, e também a memória.

Ela guarda as nossas reações espontâneas, nossos instintos mais básicos e primitivos como nossas necessidades de nutrição, segurança e acalento, em contraste com o Sol que simboliza o desenvolvimento da consciência e o esforço para compreender a avaliar a vida.

É o caminho do menor esforço, pois mostra a manifestação do nosso “eu” profundo e inconsciente. É o automatismo, aquilo que fazemos “sem pensar”. Sendo também o símbolo daquilo que nos faz sentir confortáveis.

Uma lua astrológica bem aspectada traz a sensação de paz e estabilidade emocional, sensação de se sentir pertencente a algo, segurança interna, bons relacionamentos sociais e íntimos, boa auto-imagem, boa autonutrição e adaptação ao mundo exterior.

A Lua, em seu aspecto coletivo, pode ser associada ao arquétipo materno, sendo simbolizada pela Grande Mãe.

Nas civilizações mais primitivas, que remontam ao período paleolítico, o culto a Lua tinha uma importância simbólica maior do que o Sol. Essa era a época matriarcal da humanidade.

Naquela época os deuses conhecidos eram a Grande Deusa e o seu consorte, o Deus Conífero e se utilizava o calendário lunar para a contagem do tempo.

No antigo Egito, a Lua tinha uma importância fundamental. Deuses muito cultuados, como Thot e Isis eram associados à Lua.

Quase todas as deusas na Grécia possuíam um aspecto lunar. Porém, como a Lua passa por fases, cada uma dessas deusas representava uma parte de sua simbologia, e nenhuma delas era um símbolo completo da Lua.

Selene, uma deusa que quase não aparece na mitologia grega era considerada a fase cheia, (ela teve cinqüenta filhos) símbolo da jovem mãe, Hécate, a anciã, por sua vez era a associada à fase minguante e Ártemis, a deusa jovem e sem filhos era considerada a fase crescente da Lua.

Outras deusas lunares seriam Ishtar na Babilônia, Cibele uma deusa frigia. Parvati na Índia. Outras deusas gregas como Réia, Géia, Hera, Deméter e Perséfone, também encarnavam princípios lunares.

É digno de nota, também, que o simbolismo da Lua estava diretamente ligado aos animais. A divindade lunar Hécate era associada ao cão tricéfalo Cérbero, Artemis era representada por uma ursa, Cibele por uma leoa.

Em nossa civilização cristã a deusa lunar mais evidente seria a Virgem Maria. Porém, devido ao patriarcado, nela o aspecto “mãe terrível” está ausente.

O aspecto “mãe terrível“, porém, está presente em todas as culturas.

Esse aspecto na astrologia pode ser representado pela fase minguante da Lua e também pela conhecida lua negra. A lua negra é considerada uma lua ausente, que não pode, ser vista pelos olhos humanos.

Kali, na Índia, é a manifestação mais grandiosa desse aspecto.

Outras deusas como essa seriam, Lilith, as Górgonas gregas, Hécate, que aparecia com a chave do inferno, Perséfone, enquanto deusa consorte do Hades.

Portanto, o arquétipo materno é ora bom ora mal. Ora é fonte de vida, ora é a própria destruição.

*** Missão Ártemis – Ártemis é filha de Zeus (deus líder do Olimpo) e Leto (divindade da natureza) e irmã gêmea de Apolo (deus do Sol). Ela simboliza o Arquétipo Feminino, como a Deusa da Lua, vestida com sua túnica e seu arco e flechas, acompanhada de cães de caça e ninfas, corre as montanhas e as selvas, seus lugares preferidos.

Uma deusa que nos inspira a viver a nossa natureza interna e a despertar nossa verdadeira essência. Uma mulher de espírito feminino independente, que aprecia a vida ao ar livre, que preza acima de tudo a independência, a autonomia, o espírito de liberdade. Ela é considerada protetora dos partos e é a senhora da fertilidade.

Ama a natureza e dedica-se a proteção do meio ambiente. Respeitada, sabe viver só e sente-se bem assim. Ela representa um sentido de integridade, uma atitude de cuidar de si mesma. Ela simboliza a dualidade da própria mulher, que pode ser amorosa ou feroz. Ora ela aparece como uma linda donzela, ora como uma grande combatente, protege as crianças e os animais.

Considerada a mais pura das Deusas, Ártemis era particularmente amada pelas ninfas.

O Arquétipo da feminilidade é muito importante para a Nova Era. Como protetora da fauna e flora, ela é uma figura associada à ecologia contemporânea, onde há necessidade de salvaguardarmos Gaia.

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Imagem: A Mãe e o Filho – Gustav Klimt

GUTTMAN, A. & JOHNSON, K. Astrologia & Mitologia – Seus Arquétipos e a Linguagem dos Símbolos, São Paulo: Madras, 2005

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