Wiser Educação avança em sua expansão como edtech

A Educação “Cocriação Criança Criativa”

A Educação “Cocriação Criança Criativa” envolve um conjunto de práticas e técnicas educacionais que buscam estimular o aprendizado empírico, tornando o conhecimento adquirido em algo que pode ser aplicado na prática.

Essa nova abordagem tem um olhar individual para o desenvolvimento da criança, visando otimizar o seu potencial. 

A ideia por trás da Cocriação Criança Criativa é desenvolver habilidades sociais e comportamentais aos pequenos para que eles possam contribuir com a sociedade no futuro.

É preciso pensar “fora da caixa” para deixarmos um legado e incentivar as crianças a desenvolver as habilidades sociais “SOFT SKILLS” que são comportamentos e atitudes não cognitivas que moldam a forma como uma pessoa interage com o meio e, especialmente, com as outras pessoas.

Conheça a Metodologia Criativa que ajuda na Capacitação de Educadores para Construção do Desenvolvimento Emocional das Crianças

Instituição Infância Zen nasceu com a intenção genuína de explorar e potencializar o encantamento da infância. Inspirar e oferecer experiências que mobilizem a amorosa atenção dos adultos sobre a Arte de Educar.

A primeira infância é a etapa fundamental para o desenvolvimento de qualquer pessoa e as experiências desse período são levadas para o resto da vida. É a fase mais importante em que se desenvolve: Caráter, Base Emocional e Cognitiva, Cidadania, Consciência de Direitos e Deveres.

Após o nascimento, o cérebro continua sendo “construído” e a qualidade de sua “construção” depende das experiências vividas na infância. A base estrutural dessa construção é muito importante. Quanto melhor a base da “construção” do cérebro durante os primeiros anos de vida, melhor será a preparação das crianças para o futuro da nova era. A ilustração abaixo simboliza a metáfora da Arquitetura do Cérebro. Onde podemos explicar esse processo comparando o desenvolvimento do cérebro à construção de uma casa.

EXEMPLO PRÁTICO E VISUAL DO CRONOGRAMA DA CONSTRUÇÃO DA CASA:

Para levantar as paredes, é preciso antes que o chão esteja bem assentado, e para que o sistema elétrico funcione, é necessário que as paredes já estejam erguidas.

O nosso cérebro, funciona assim também, quanto mais estímulos, afeto, amor, respeito, nomear os sentimentos e saber lidar com as emoções durante a primeira infância melhor o processo de construção do desenvolvimento emocional da criança.

Eu desenvolvi Método Infância Zen onde eu compartilho o passo a passo que vai te ajudar nesse processo para criar laços afetivos e uma vida mais leve com as crianças.

Ajudo você a ser um Instrumento no Desenvolvimento Emocional das Crianças. Eu estou aqui para espalhar “SEMENTES” com o objetivo de ajudar Educadores na “Arte de Educar”.

Sou apaixonada pelo maternar. Minha intenção genuína é Inspirar todos que se identificam com “Estilo de Vida” da minha família e em especial deixar um Legado para meu filho Lucas.

O maior presente para nós é assistir e acompanhar a construção do desenvolvimento pessoal do nosso filho, ver sua beleza no mundo e saber que contribuímos de alguma forma e de modo especial para felicidade dele.

Somos uma família que acreditamos que juntos somos nosso alicerce para o nosso desenvolvimento emocional e espiritual.

Sobre o MÉTODO INFÂNCIA ZEN – Desenvolvido por Camila Fernandes

Fundamentado: Construção da Educação Emocional e Filosofia YMC – Yoga & MeditAÇÃO CriATIVA

Desenvolvemos o Método Infância Zen que ensina Educadores na Construção da Educação Emocional gerando autonomia para as crianças crescerem seguras e felizes.  

“CRIANÇA DESENVOLVIDA EMOCIONALMENTE”EDUCAÇÃO EMOCIONAL COMEÇA EM CASA

UM MOVIMENTO PELO RESPEITO À ESSÊNCIA DA CRIANÇA E AO TEMPO DA INFÂNCIA

Nossa metodologia está alinhada com o futuro da Educação fundamentada na base do desenvolvimento das habilidades sociais “SOFT SKILLS” que são comportamentos e atitudes não cognitivas que moldam a forma como uma pessoa interage com o meio e, especialmente, com as outras pessoas.

“A educação muda o futuro. E o futuro agora faz parte da educação.” Wiser Educação

Habilidades subjetivas, relativas ao comportamento humano estão em alta nos RH’s das empresas e são as chamadas Soft Skills.

Hoje em dia, somente livros e uma graduação não garantem o que o empregador busca em seus colaboradores. Habilidades subjetivas, relativas ao comportamento humano estão em alta nos RH’s das empresas, são as chamadas Soft Skills. E elas são adquiridas por meio das experiências e não em cursos, como as Hard Skills, conhecidas como as habilidades técnicas.

1. Capacidade de trabalhar bem em equipe;

2. Capacidade de solucionar problemas; Capacidade de comunicação;

3. Capacidade de gerenciar o tempo;

4. Flexibilidade;

5. Capacidade de aprender;

6. Liderança de equipe;

7. Ética;

8. Pensamento Crítico;

9. Empatia;

10. Atitude positiva

De acordo com a Gerente Executiva da Wiser Educação, Thaluana Cabral, existem algumas Soft Skills que são muito importantes e mais levadas em conta na hora da contratação. “Ter habilidade de relacionar-se consigo mesmo e com os outros, curiosidade, adaptabilidade, empatia, otimismo, assertividade, criatividade,  persistência, compromisso, autorresponsabilidade e vontade de fazer acontecer”, enumera a gestora.

Como desenvolver as Soft Skills?

E para quem não tem essas habilidades, ainda é possível buscar se desenvolver. “Para isso é preciso muita força de vontade e há que fazer um investimento em autoconhecimento”, avisa. Ou seja, com humildade, coragem e persistência – que também são Soft Skills –  é possível desenvolver outras habilidades. Por onde começar?

  1. Conhecer a si mesmo – buscar entender seu temperamento e seus gatilhos – o que estressa e o que acalma. Procure antever suas reações.
  2. Gerenciar seu tempo – produtividade (que é o que você produz no tempo disponível) é uma habilidade muito requisitada. Busque a organização do seu dia e de suas tarefas, elencando por prioridade. Esse é o pontapé inicial.
  3. Feedback – dar e pedir. Incentivar essa comunicação, de forma construtiva, é uma excelente habilidade e ser buscada.

Na prática do mercado

De acordo com Thaluana Cabral, existe um jargão em recursos humanos que diz o seguinte: “contratamos por competências técnicas e demitimos por questões comportamentais”. Ou seja, as habilidades técnicas são sim um chamariz, uma porta de entrada no mercado, que está cada vez mais competitivo, mas são as habilidades emocionais que fazem com que um profissional se destaque e conquiste resultados. 

Apesar disso,  para o bom desempenho profissional, espera-se que o profissional tenha um equilíbrio entre Soft e Hard Skills.

Atualmente, a forma de relacionamento dentro da empresa é tão relevante quanto uma habilidade e, em alguns casos, até mais. Para a Gerente Executiva, isso ocorre porque são muitos os casos de sucesso em que um profissional, mesmo sem ter a técnica, as habilidades emocionais foram suficientes para alcançar resultados. “Aqui na Wiser acreditamos em um tripé que é ‘Visão, Coragem e Competência’ e, somente no último, é necessário conhecimento técnico”, completa.

“Contratamos por competências técnicas e demitimos por questões comportamentais”.

O que é Wiser Educação

Segue a Visão geral da empresa

Ter ousadia para transformar o futuro através da Educação é a essência da holding Wiser Educação há mais de 26 anos. Somos a Edtech, dona das marcas Wise Up, Wise Up Online, Wiser Sales Platform, Number One, Meu Sucesso, Power House e Conquer. Presente em mais de 85 países, nossa visão é nos tornarmos a maior e melhor plataforma Edtech de conteúdo proprietário focado em educação profissionalizante e complementar.

A Wiser tem como propósito trazer um tipo de educação que gere valor. Atua em soluções robustas em tecnologia, tendo inovação como DNA para tomar decisões e evoluir. A ideia é mostrar que há outros caminhos e novas formas de aprender, desenvolvendo, evoluindo e transformando pessoas através da Educação. 

“Temos interesse em cursos não regulados que tenham impacto na empregabilidade. Estamos olhando para pós-graduação também. Queremos investir em novos empreendedores e trazê-los para a holding.” disse Flávio Augusto

Wiser Educação avança em sua expansão como edtech

No mês de Junho a edtech Wiser Educação se tornou destaque nas notícias de mercado por ter adquirido a startup Conquer. Esse é um dos passos nos planos da Wiser se tornar a principal edtech do país.

Desde que decidiu vender o Orlando City, Flávio Augusto da Silva afirmou que seus investimentos seriam voltados para a área da Educação. E a promessa está sendo cumprida. Em entrevistas, Flávio confirmou que pretende investir cerca de 1 bilhão de reais no setor até 2024.

Mas vamos voltar um pouco e te explicar o “boom” das edtechs, o que é uma edtech de fato e como a Wiser tem se colocado à frente desse movimento.

O que é uma edtech?

Tudo mudou nos últimos 100 anos, mas a forma de aprender ainda era basicamente a mesma do último século. Claro, o modelo de ensino e a forma de ensinar podem até ter se atualizado. Mas o sistema, o processo de ensino, ainda era muito parecido com o que foi formulado no passado.

Porém, com o avanço tecnológico, se percebeu a possibilidade de mudar o sistema das pessoas aprenderem algo novo. Nesse ambiente, surgem as startups de educação, que misturavam o ensinar com tecnologia, dando espaço ao que conhecemos por edtechs (education + technology).

O termo edtech significa “tecnologia educacional” e começou nos EUA, quando empresas de tecnologia começaram a olhar para a Educação como uma possibilidade de negócio a ser investido e evoluído.

Essas startups identificaram os gaps do sistema de educação e começaram a trazer novidades no aprendizado. Aos poucos, surgiram elementos de gamificação (ensinar através de jogos e recompensas), realidade virtual, edutainment (educação + entretenimento), educação online, aulas “um a um”, sala invertida e muitas outras formas de inovar na forma de ensinar um conteúdo novo.

O “boom” das edtechs

A partir daí, no Brasil, centenas de startups começaram a surgir. Em 2013, já eram 108 edtechs, e em 2020 o número já chegava próximo à casa de 500. Isso mesmo: mais de 500 edtechs com o objetivo de quebrar o paradigma do ensino no Brasil e de mostrar outras formas de aprender. Com isso, surgiram os cursos livres, aqueles que não têm uma formação convencional, mas que agregam especializações que as instituições tradicionais não conseguem oferecer.

As edtechs nasceram da vontade de fazer diferente e de atender às necessidades das pessoas. Esse propósito se intensificou com a pandemia, onde o modelo tradicional de ensino teve muitas dificuldades em manter a qualidade de seu ensino. As edtechs não só conseguiram se manter como cresceram vertiginosamente. O caso da Conquer é emblemático: a edtech curitibana conseguiu, em 2020, um crescimento de 30 mil alunos para cerca de um milhão. 

Essa movimentação e vontade de crescer chamaram a atenção da Wiser, que foi uma empresa pioneira em unir educação com tecnologia em seu modelo de negócio e tem em seu portfólio marcas que se consolidaram nessa nova forma de ensinar. Vamos falar um pouquinho mais da Wiser Educação.

A empresa que quer se tornar uma edtech gigante 

Flávio Augusto fundou a Wise Up há 25 anos, e a escola de inglês rapidamente se tornou uma das líderes nacionais no ensino de idiomas. Essa trajetória de sucesso alçou Flávio ao posto de um dos principais empreendedores do país. 

Em 2013, Flávio decide vender a Wise Up para o Grupo Somos, numa negociação de mais de 800 milhões de reais. A partir daí, ele começa a investir em sua própria edtech com o nascimento do meuSucesso.com, em 2014. Flávio também comprou o Orlando City, clube de futebol da MLS. 

A criação da holding Wiser Educação ocorre em 2017, quando o grupo começa sua expansão e, no mesmo ano, ocorre a compra da rede de escolas de idiomas Number One. . Mesmo já possuindo produtos totalmente digitais, como o Wise Up Online e o meusucesso.com,  foi então que a Wiser oficializou seu DNA como empresa edtech. Já em 2020, o Power House também se torna uma plataforma online de educação. Conheça um pouco mais sobre cada marca da Wiser Educação. 

Links Consultados: https://meusucesso.com/artigos/gestao/o-que-sao-soft-skills-7318/ & https://meusucesso.com/noticias/wiser-educacao-adquire-conquer-e-avanca-em-sua-expansao-como-edtech-9409/

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A Metáfora da Carruagem

A metáfora da carruagem

Introdução

Na tradição Hindu temos no Katha Upanisad – um texto em sânscrito que traz conceitos e ideias que fundamentam o hinduísmo –  a metáfora da carruagem em que o nosso Ser, o aspecto mais divino e essencial de quem somos é o passageiro (ou dono) da carruagem. Você pode chamá-lo de alma, essência, Deus, ou que seu coração mandar. O cocheiro (ou auriga) é o seu intelecto, sua mente profunda. As rédeas da carruagem são a mente superficial. A carruagem em si é o nosso corpo, e os cavalos são os nossos sentidos e ações, ou seja, a força motriz. Na maior parte do tempo nos deixamos levar pelos cavalos, sem nenhuma interferência do cocheiro e isso faz com que o caminho seja incerto e sem direção. Mas quando treinamos o cocheiro ele passa orientar os cavalos, ou seja, a conduzir, a guiar nossos sentidos e ações, no caminho que o passageiro escolheu trilhar. Esse “treino do cocheiro” ou treino da mente pode ser feito através da prática da meditação.

Kaṭha Upaniṣad

“Imagine o Ser como o senhor de uma carruagem realizando uma jornada. O corpo é a própria carruagem. O discernimento é o cocheiro. A mente, as rédeas.

Os sentidos, dizem os sábios, são os cavalos, as estradas que eles percorrem, os labirintos do desejo. Quando o Ser é confundido com o corpo, a mente e os sentidos, ele parece desfrutar o prazer e sofrer a dor.

Quando falta ao homem discernimento e à sua mente disciplina, os sentidos disparam e tornam-se incontroláveis, como cavalos selvagens.

Porém, quando o homem possui discernimento e uma mente controlada, seus sentidos, como bem treinados cavalos, facilmente respondem ao freio.

Aquele que não tiver discernimento, que não tiver disciplinado sua mente, que não for puro de coração, não alcançará a meta, ficando preso ao ciclo de mortes e renascimentos sucessivos.

Aquele que tiver discernimento, mente disciplinada e pureza interior, alcançará a meta, e nunca mais irá sofrer nas garras da morte.

Aquele que tiver o discernimento por cocheiro e controlar as rédeas de sua mente, alcançará o fim da jornada, a união com o Ilimitado.” Kaṭha Upaniṣad, parte 1, canto 3

Metáfora da Carruagem – Dinâmina do Ser Humano

Vamos usar a metáfora da carruagem. Para entender a dinâmica interna do ser humano, vamos usar uma analogia.

Essa analogia compara o ser humano a um conjunto que consiste em uma carruagem, um cavalo puxando-a, um cocheiro conduzindo o cavalo e o senhor e mestre sentado na carruagem atrás do cocheiro.

A carruagem representa o corpo físico.

  • O cavalo, as emoções.
  • O cocheiro, a mente.
  • O Senhor, a essência de quem realmente somos (seja qual for o nome dado: consciência superior, alma, Eu superior, Mestre interior, Guia, etc.).
  • O agregado físico, emocional e mental constitui o que costumamos chamar de “personalidade” ou “ego”. Neste trabalho, usaremos os dois termos alternadamente.

Imagine uma carruagem puxada por cavalos, na qual o cocheiro é sua mente, a carruagem seu corpo, os cavalos suas emoções e você é o viajante que comunica seu objetivo ao cocheiro. Para viajar bem, todos os três são necessários e se os três estiverem equilibrados, estamos indo bem; Porém, para saber o objetivo da viagem precisamos do viajante, só ele sabe para onde vamos, só ele conhece o objetivo da viagem … É ele quem dá sentido a esta viagem.

  • O corpo físico, a carruagem

Segundo essa analogia, o estado do corpo físico – a carruagem – depende não só da manutenção proporcionada por um cocheiro inteligente, mas também da forma como é conduzida pelo cavalo. Assim, como o estado do corpo físico pode ser facilmente observado e avaliado, ele nos dará indicações preciosas sobre o grau de domínio do cocheiro sobre o conjunto do cavalo e da carruagem.

  • Emoções, cavalo

Na palavra emoção existe “movimento”, isto é, movimento. As emoções são o que iniciam o movimento, e o fazem por meio do fenômeno do desejo. Embora seja verdade que existem diferentes tipos de desejo (aqui vamos distinguir duas grandes categorias), não é menos verdade que a palavra “emoção” carrega em sua essência um vasto reservatório de energia acessível a todo o ser. Por isso, nesta analogia, o cavalo representa as emoções: é ele quem possui a energia necessária para puxar a carruagem. Assim, é um elemento básico na realização da viagem.

Como as emoções são usadas? Essa é uma questão importante e fundamental. Ao longo do livro iremos descobrir, entre outras coisas, a arte de usar o imenso reservatório emocional, porque um bom controle das emoções exige um grande domínio …

  • A mente, o cocheiro

A mente é a sede dos processos de pensamento. Podemos distinguir nele dois aspectos do ser humano, ambos muito complexos. Graças ao desenvolvimento da sua inteligência, as funções do cocheiro são, em princípio, as seguintes:

1) Transmitir ao seu mestre e senhor as informações do exterior,

2) Compreender suas diretrizes em resposta às informações recebidas,

3) Ser capaz de controlar o cavalo e conduzi-lo na direção indicada pelo mestre em sua resposta,

4) Cuide bem do transporte.

Metáfora de carruagem
Metáfora de carruagem

Assim, é fácil compreender em que medida o papel da mente é importante, não só porque é o elo entre o Eu superior e o ego, mas também porque, através dele, o ego expressa no mundo a vontade do Senhor , o Mestre interior. Enfatizemos que esta analogia destaca um elemento importante no que diz respeito às emoções, que é que o comportamento do cavalo depende principalmente da forma como é dirigido pelo condutor. Isso significa que os vários estados emocionais dependem em grande parte dos pensamentos e não do que acontece fora, como costumávamos acreditar.

Livre Arbítrio – Quem está no comando da sua carruagem

Agora imagine três carruagens com três motoristas diferentes.

Os cocheiros se preparam para um gol importante.

  1. Um deles cuidará bem de seus dois cavalos e dará a eles toda a atenção possível. Amor e Medo, como ele os chama, ficarão caprichosos, porém o cocheiro cederá a todos os seus desejos e se esquecerá de cuidar de sua carruagem, que com o tempo ficará enferrujada e dilapidada.
  2. O segundo motorista, por outro lado, usará toda sua energia e conhecimento para melhorar sua carruagem. Sempre em busca de informações e materiais para mantê-los atualizados. Mas seus cavalos ficarão desleixados e magros porque você não terá tempo ou recursos para eles.
  3. O terceiro cocheiro encontrará o equilíbrio entre a atenção que dará aos cavalos e à carruagem. Este é modesto, mas está bem ajustado, e seus cavalos ficarão saudáveis, pois não cede a todas as suas exigências.

Chegou o dia muito importante do passeio e todos estarão muito seguros de si. Depois de alguns metros, os cavalos do primeiro perderam o controle porque não queriam mais correr e quebraram a carruagem, a carruagem do segundo era muito pesada para seus cavalos famintos, que pararam mortos e a fizeram capotar. Enquanto isso, o terceiro piloto com passo firme e tranquilo continuará até atingir a meta indicada pelo viajante.

Os cavalos e a carroça formam um time indivisível, como as emoções e a mente, mas para que tudo funcione, o viajante é quem tem que tomar as decisões.

O cocheiro fará a manutenção e consertará a carruagem quando necessário, mas não ficará obcecado por ela, alimentará e cuidará dos cavalos, mas não se submeterá a eles.

O viajante é aquele que conhece a meta e é quem realmente pode nos conduzir a ela, elevada a uma mente serena, movida por um corpo e emoções equilibrados.

A mente é o elo entre o eu superior e o ego. Por meio desse canal, o eu superior se expressa no mundo. O comportamento do cavalo depende de como o cocheiro o dirige. Portanto, os estados emocionais (o cavalo) dependem em grande parte dos pensamentos (o motorista) e não do que acontece fora.

Temos corpo, emoções, mente e espírito. O espírito é a essência do ser, é a alma, é o dono da carruagem.

Idealmente, o mestre da carruagem (o espírito) vê a mesma vontade com a mente (o motorista) agindo em uníssono. Este contato direto e enriquecedor permitirá ao cocheiro atuar com inteligência e comando da carruagem e dos cavalos. Chamamos esse sistema físico, emocional e mental de ego. Uma essência ego superior bem-humorada qualifica a jornada com sabedoria, amor, inspiração e liberdade. Nossa jornada será cheia de realização, criatividade, mestres, força, equilíbrio, etc.

Hoje, muitos de nós podem estar dirigindo esta carruagem quase sem comunicação entre a mente e o espírito.

Precisamos funcionar com o coração em comunicação com a cabeça.

O desempenho ideal

Segundo esse modelo, o funcionamento ideal do ser humano seria o seguinte: o senhor (o Ser), portador do saber e da sabedoria, transmitiria suas orientações ao cocheiro (a mente) na forma de ideias que ele / ela, acordada e aberta, se transformaria em pensamentos inspirados, necessários à perfeita execução da vontade do dono do veículo.

A vontade do cocheiro e a do dono seriam uma só vontade. O contato entre os dois seria tão direto e enriquecedor que permitiria ao condutor agir com a inteligência e competência necessárias para ter um perfeito domínio do cavalo (as emoções). Além disso, dirigiria toda a carruagem e o cavalo (o ego) com harmonia e eficiência, conduzindo-o pelo caminho designado pelo Senhor – que é o único que o conhece – sem se perder em caminhos perigosos ou becos sem saída . O cavalo, perfeitamente dominado, atuaria com toda a sua força (potencial emocional plenamente disponível) e puxaria a carruagem com rapidez, harmonia e eficiência (potencial criativo máximo). Somando-se a isso uma direção inteligente, o carro estaria em boas condições (boa saúde e muita energia física).

Dessa forma, o conjunto formado pelos sistemas mental, emocional e físico, ou seja, o ego, poderia expressar perfeitamente no mundo material a vontade da alma, a nossa essência. E assim manifestar de forma concreta as altas qualidades do coração e do espírito que o dono da carruagem (a alma) carrega dentro de si: inteligência superior, sabedoria, compaixão, inspiração, etc.

A pessoa viveria então em um estado de plenitude, criatividade, força e amor que nada e ninguém poderia alterar. Estaríamos em condições de enfrentar as dificuldades e desafios da vida com sabedoria, inteligência, serenidade e equilíbrio. E quanto ao cavalo (sistema emocional consciente e inconsciente), este permaneceria aberto e sensível, mas sem ser incomodado por outros cavalos ou carruagens que, melhor ou pior dirigidas por seus respectivos cocheiros, circulassem no mesmo caminho. Perfeitamente guiado, ele poderia continuar sua rota independentemente do comportamento dos outros e quaisquer circunstâncias externas. Sem o burburinho emocional usual, nossos relacionamentos seriam felizes e enriquecedores e, naturalmente, se tornariam ocasiões para celebrar a jornada da vida.

Operação atual

Até agora, o conjunto das carruagens tem sido conduzido ao longo do caminho da evolução por um cocheiro relativamente isolado do senhor, tendo mal desenvolvido a capacidade de entrar em contato com ele.

Essa desconexão com seu Eu superior faz com que a carruagem tenha muito poder e pouco controle.

Sem a sabedoria e o discernimento do Mestre interior, ele não é capaz de desempenhar suas funções com eficácia, harmonia e criatividade, nem controlar adequadamente o cavalo, que quase sempre o domina. O caos e as dificuldades diárias que vivemos na atualidade, tanto a nível pessoal como planetário, decorrem do já referido funcionamento que temos atualmente.

A essência do ser, a alma, o senhor

A filosofia materialista não aceita a essência do ser humano, nega que exista. Mas todas as tradições e a própria experiência de vida nos lembram que, embora seja evidente que temos um corpo físico, emoções e pensamentos, também é evidente que somos algo muito diferente. Os nomes atribuídos a essa parte essencial do ser são tão diversos quanto as culturas. O nosso, o judeu-cristão, chama isso de “alma”. Ao longo do livro, às vezes usaremos essa palavra, que nos é familiar, mas não no sentido religioso (que em seu mais alto grau a inclui), mas no de “essência”, como quando se fala da “alma das coisas ” Outras vezes, usaremos o termo “Ser”, que é o que realmente somos.

No século passado é possível que a razão, a mente racional tenha dominado e quase não se falava de emoções.

Naquela época, a inteligência que estava apenas no cérebro era medida e o QI era usado para o quociente intelectual. Mas as emoções dificilmente eram usadas para determinar a inteligência, no entanto, elas existiam em todas as áreas, família, trabalho, relacionamentos, etc.

Este mundo emocional desconhecido, mas muito ativo, domina aspectos da sociedade, da vida. Estamos com emoções não reconhecidas, não expressas e maltratadas. Aquelas emoções que não são digeridas e, ou não descarregadas corretamente, voltam a surgir em outros momentos da vida em detrimento disso. Este mundo emocional não resolvido pode criar atividade destrutiva, agressividade, confusão, desprezo, desconforto físico, falta de cooperação, falta de comunicação, vingança, má vontade, etc.

Essas emoções conscientes ou inconscientes manipulam nossa mente racional. A vida se torna um mar de lutas e inconsistências. A mente racional é considerada a única base da inteligência, desacreditando o grande potencial das emoções. Temos uma carruagem carregada por partes separadas, as emoções seguem seu caminho, a mente dele e o espírito desconectado de tudo.

No novo caminho nesta nova era de consciência, temos que unificar todos esses aspectos e descobrir uma fonte muito mais elevada de inteligência e inspiração.

Já foi observado que esse QI não tornava as pessoas mais bem-sucedidas, mais felizes, mais criativas ou mais inteligentes. Por outro lado, pessoas com menos QI e menos dotadas no campo intelectual eram mais felizes, mais felizes e em seu ambiente eram amadas, vivendo em harmonia e amor.

Após a década de 1960, as pessoas começaram a falar sobre inteligência emocional com qualidades como:

Indivíduos que são capazes de reconhecer e expressar suas emoções. Eles podem levar uma vida feliz, podem compreender como os outros se sentem e podem criar e manter relacionamentos interpessoais satisfatórios e responsáveis ​​sem se tornarem dependentes. Eles têm uma visão positiva de si próprios e de atitudes e potencialidades. São pessoas realistas e otimistas, que conseguem resolver seus problemas muito bem e lidar com o estresse sem perder o controle.

A Mente Humana e a Metáfora da Carruagem

“O ser humano é como uma carruagem puxada por cinco cavalos. Os cavalos são nossos sentidos, a carruagem nosso corpo, o cocheiro nossa mente que controla a força dos sentidos para irmos na direção que o passageiro, nosso espírito e dono da carruagem, deseja. Se deixarmos os cavalos sem controle eles poderão ir a destinos que não nos interessa e a carruagem, nosso corpo, sofrerá na viagem”.

Síntese: Treinar o cocheiro e não o cavalo

Na tradição Hindu temos o Katha Upanisad – um texto em sânscrito que traz conceitos e ideias que fundamentam o hinduísmo. Nesta metáfora da carruagem temos alguns personagens:

O passageiro (ou dono) da carruagem é o nosso Ser, o aspecto mais divino e essencial de quem somos. Você pode chamá-lo de alma, essência, Deus, ou que seu coração mandar.

O cocheiro (ou auriga) é o seu intelecto, sua mente profunda.

As rédeas da carruagem são a mente superficial.

A carruagem em si é o nosso corpo.

E os cavalos são os nossos sentidos e ações, ou seja, a força motriz.

Na maior parte do tempo nos deixamos levar pelos cavalos, sem nenhuma interferência do cocheiro e isso faz com que o caminho seja incerto e sem direção.

Mas quando treinamos o cocheiro ele passa orientar os cavalos, ou seja, a conduzir, a guiar nossos sentidos e ações, no caminho que o passageiro escolheu trilhar.

Esse “treino do cocheiro” ou treino da mente pode ser feito através da prática da meditação.

Quem está dirigindo sua carruagem?

Os Símbolos de nossos instrumentos internos:

A carruagem é usada em textos antigos do yoga para simbolizar o treinamento da mente e dos sentidos. Apesar de não usarmos mais carruagens nos dias atuais, a lição é tão pratica quanto era há milhares de anos atrás. Permita-se visualizar essa imagem, pois será de muita utilidade em sua prática de yoga e na sua vida espiritual do cotidiano. 

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Como dirigir sua carruagem

Estradas
As diversas estradas que sua carruagem pode tomar são os incontáveis objetos de desejos do mundo e de sua memória.

Cavalos
Os cavalos são os sentidos (indriyas), através, dos quais, nos relacionamos com o mundo externo pela percepção e ação.

Rédeas
As rédeas são a mente (manas), através, da qual, os sentidos recebem as instruções de como perceber e agir.

Cocheiro
O cocheiro é o intelecto (buddhi), aquele que sabiamente dá as instruções à mente.

Passageiro
O passageiro é o Self, o Atman, a pura essência, o centro da consciência que com equanimidade à tudo testemunha.

Carruagem
A carruagem em si, é o corpo físico, o instrumento pelos quais o Self, o intelecto, a mente e os sentidos operam.

Quem está dirigindo a carruagem?
Para muitos de nós, na maior parte do tempo, o cocheiro não está trabalhando. As rédeas, chamadas mente, estão oscilando livremente sem a condução apropriada de nossa sabedoria interna. Quando as rédeas estão assim livres, elas não dão qualquer instrução para os cavalos chamados de sentidos. Os cavalos (sentidos) vagueiam livres por qualquer estrada que queiram guiados pelo momento, em resposta às suas memórias do passado (chitta). A carruagem (corpo) apanha, os cavalos (sentidos) se cansam, as rédeas (mente) se desgastam e o cocheiro (inteligência) fica preguiçoso. O passageiro(Self) é completamente ignorado.

Traga o cocheiro novamente ao trabalho:
A solução para o problema é requalificar o cocheiro (inteligência) para que ele assuma as rédeas (mente) e comece a direcionar os cavalos (sentidos). Esse treinamento é chamado sadhana ou prática espiritual. Significa treinar todos os níveis de nosso ser, de forma a experimentarmos a quietude, o silêncio e o nosso centro eterno.

Permita que o cocheiro conduza o passageiro:
Ao tornar o cocheiro (inteligência) mais estável na execução de seu próprio trabalho, ocorre um aumento na percepção de que todo o propósito da carruagem, cavalos, rédeas e cocheiro, devem de fato servir de instrumentos ao passageiro, o verdadeiro Self.

por Swami Jnaneshvara Bharati SwamiJ.com

Reflexão: antaḥkaraṇa e a metáfora da carruagem

antaḥkaraṇa, Instrumento ou Órgão Interno, pode ser melhor entendido recorrendo a uma célebre e longeva imagem no contexto do Yoga, a “Metáfora da Carruagem”, que terá tido a sua première no terceiro capítulo, ou Vallī, da Kaṭha Upaniṣad.

Imaginemos, então, uma carruagem, puxada por cavalos e com um cocheiro a tomar-lhe as rédeas, deslocando-se por uma estrada. Posto isto, nesse modelo da mente ou da cognição, quem é quem? A miríade de Estradas por onde a carruagem pode circular correspondem à miríade de objectos de desejo “existentes” no mundo e retidos na memória do sujeito. A Carruagem representa o corpo-físico, o instrumento através do qual o Si Transcendental (Ātman), o intelecto, (a cognição mental, emocional e sensorial) a mente e os sentidos operam. O Passageiro da carruagem é o Si Transcendental (Ātman), o puro centro da consciência, que é sempre uma testemunha neutra. O Cocheiro é buddhi, o intelecto ou cognição mental, supostamente o fornecedor sensato de instruções à mente [o discriminador]. As Rédeas são manas ou cognição sensorial, através da qual os sentidos recebem as suas instruções para percepcionar e agir. Finalmente, os dez Cavalos equivalem aos dez sentidos (indriya-s) através dos quais nos relacionamos com o mundo externo pela percepção (Jnānendriya) e pela acção (Karmendriya).

Apresentados os integrantes, colocam-se as questões: como funciona normalmente este aparato? Bem ou mal?

Comecemos por quem dirige, ou deveria dirigir, a carruagem. Sucede que, para a maioria da das pessoas, durante quase todo o tempo, o cocheiro está alheado do seu propósito ou função. As rédeas, isto é, a cognição sensorial, estão soltas sem a devida orientação do processo mental-atentivo neutro, ou buddhi. Quando as rédeas estão “ao deus dará”, não emitem qualquer tipo de instrução aos cavalos (os sentidos) que, por conseguinte, galopam desgovernados por qualquer estrada à qual se sintam atraídos ou impelidos, no momento. Esse galope não é propriamente avulso, pois inconscientemente procede no sentido das memórias e conteúdos psíquicos acumulados (como saṃskāra-s vāsanā-s) em citta, a memória e tendências latentes, que formam o Sentimento de Si: o Auto-conceito, o Ego, a Personalidade ou Jīvātman. O resultado é um aparato todo ele desequilibrado: a carruagem, ou corpo físico, ruma ao esgotamento; os cavalos andam sem direcção, esgotando; as rédeas desgastam-se; o cocheiro faz mera figura de corpo presente, demitido da sua função de orientar; o passageiro é completamente ignorado, havendo total identificação com o Sentimento de Si.

Traçado o cenário habitual, lança-se nova questão: idealmente, como deveria funcionar o aparato descrito?

Colocar o cocheiro de volta ao trabalho, fazendo com que sirva o passageiro! A solução para o problema passa por treinar o cocheiro a assumir as rédeas (mente) e, consequentemente, passar a dirigir os cavalos (sentidos). A este treino dá-se o nome de Sādhana, a prática espiritual ou contemplativa a que corresponde ao Yoga enquanto meio. Ao cumprir-se este pressuposto de prática, o sujeito aprimora todas as funções da mente, eventualmente, até experienciar a quietação inerente ao eterno centro, o Passageiro. Neste caso, o processo de atenção avulsa, ou de uma cognição mental continuamente identificada com tudo o que lhe aparece, reforçando a narrativa do Ego, passa a uma atenção focada no Passageiro, o não-Ego, Si Transcendental ou Ātman. Portanto, o ponto fulcral passa pela recuperação e estabilização da função inerente ao cocheiro, levando a que emerja uma consciência-atencional continuamente indicando que o conjunto carruagem-cavalos-rédeas-cocheiro passa por servir, enquanto instrumentos concertados, o passageiro, o Si Transcendental.

O corpo humano é a carruagem. Eu, o homem que a conduz. O pensamento, as rédeas. Os sentimentos, os cavalos. Platão

Krishna conduz a carruagem de Arjuna. Manuscrito da Bhagavad Gita.

Os astros inclinam, mas não determinam

Um belo conto traduzido das Escrituras orientais nos explica que a carta astrológica é uma imagem do céu, desenhada para projetar a disposição dos astros na realidade terrestre. Os planetas não estão soltos, eles ficam localizados em setores específicos na vida.

Katha Upanisad

“Imagine o Ser como o senhor de uma carruagem realizando uma jornada. O corpo é a própria carruagem. O discernimento é o cocheiro. A mente, as rédeas.
Os sentidos, dizem os sábios, são os cavalos, as estradas que eles percorrem, os labirintos do desejo. Quando o Ser é confundido com o corpo, a mente e os sentidos, ele parece desfrutar o prazer e sofrer a dor.
Quando falta ao homem discernimento e à sua mente disciplina, os sentidos disparam e tornam-se incontroláveis, como cavalos selvagens.
Porém, quando o homem possui discernimento e uma mente controlada, seus sentidos, como bem treinados cavalos, facilmente respondem ao freio.
Aquele que não tiver discernimento, que não tiver disciplinado sua mente, que não for puro de coração, não alcançará a meta, ficando preso ao ciclo de mortes e renascimentos sucessivos.
Aquele que tiver discernimento, mente disciplinada e pureza interior, alcançará a meta, e nunca mais irá sofrer nas garras da morte.
Aquele que tiver o discernimento por cocheiro e controlar as rédeas de sua mente, alcançará o fim da jornada, a união com o Ilimitado.”
Kaṭha Upaniṣad, parte 1, canto 3

Construir o seu Céu

O Ser é o Sol. O Sol sou Eu, ‘senhor da carruagem’.
O corpo é o nosso Ascendente, a embalagem que envolve o Ser e se apresenta no mundo.
O cocheiro é a Lua, que anima o corpo e reage ao mundo.
As rédeas, essa é a mente, os pensamentos, isso é Mercúrio.
Os labirintos do desejo marcam a presença de Vênus.
Os cavalos velozes atravessando as estradas trazem a força e a ação de Marte.
Discernimento e sabedoria nos mostra Júpiter.
Controle e disciplina são coisas de Saturno.
E o destino dessa viagem, o futuro, esse é o chamado Meio do Céu.

Na construção do seu céu é preciso saber as forças que levam essa carruagem ao seu destino. Não basta saber do Sol, quem sou eu, porque sem todos os outros aspectos, esse Eu está solto, sem função, sem ação, sem desejo, nem motivação.

Construir o seu céu através do conhecimento astrológico permite a liberdade própria do ser humano, de reinventar destinos, remodelar desejos, redecorar seu ambiente de vida.

Somos responsáveis pelas nossas escolhas, pois somos dotados de Livre Arbítrio, Vontade e Consciência.

Existe uma antiga frase em latim que define bem a Astrologia: Astra inclinant, sed non cogunt’, traduzida como: ‘os astros inclinam, mas não determinam’.

“Sobre os homens, os astros inclinam, mas não determinam.”

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Que encontres teu caminho, como o vento soprando te por trás.

Que encontres teu caminho. Como o vento soprando te por trás.

“Que encontres teu caminho,
como o vento soprando te por trás.
Que o sol ilumine a tua face.
Que a chuva regue os teus campos,
e que até revermos-nos Deus te mantenha no aconchego de tuas mãos”

ANTIGA BÊNÇÃO CELTA

“Que o caminho venha ao teu encontro, que o vento sopre em tuas costas e a chuva caia suave sobre teus campos e, até que nos voltemos a encontrar, que Deus te sustente suavemente na palma de sua mão.

Que vivas todo o tempo que te for dado e que sempre o possas viver plenamente.

– Lembre-se sempre de esquecer as coisas que te entristeceram. Porém, nunca esqueças de lembrar daqueles que te alegraram.

Lembre-se sempre de esquecer os amigos que se revelaram falsos, porém nunca esqueças de lembrar daqueles que te permaneceram fieis.

Lembre-se sempre de esquecer os problemas que já passaram, porém, nunca esqueças de lembrar as bênçãos de cada dia.

Que o dia mais triste do teu futuro, não seja pior que o dia mais feliz do teu passado.

Que o teto nunca caia sobre ti e que os amigos reunidos debaixo dele nunca partam.

Que sempre tenhas palavras cálidas em um anoitecer frio, uma lua cheia em noite escura e que o caminho sempre se abra à tua porta.

Que vivas cem anos, mas com um ano extra para arrepender-te.

Que o Senhor te guarde em tua mão, mas que não aperte muito os seus dedos…

Que os vizinhos te respeitem, os problemas te abandonem, os anjos te protejam, o céu te acolha e a sorte das colinas Celtas te abrace.

Que as bênçãos de S. Patrício te contemplem; que teus bolsos estejam pesados e o teu coração leve.

Que a boa sorte te persiga a cada dia e a cada noite; que tenhas muros contra o vento, um teto para a chuva, bebidas junto ao fogo, risadas que consolem aqueles que amas e que teu coração se preencha com tudo que desejas…

Que Deus esteja contigo e te abençoe, que vejas os filhos de teus filhos, que o infortúnio te seja leve e breve e que ele te deixe rico de bênçãos.

Que não conheças nada além da felicidade deste dia em diante, que Deus te conceda muitos anos de vida.

Pois com certeza Ele sabe que a terra não tem anjos suficientes. E assim seja a cada ano e que vivas para sempre.”

“Que encontres teu caminho,
como o vento soprando te por trás.
Que o sol ilumine a tua face.
Que a chuva regue os teus campos,
e que até revermos-nos Deus te mantenha no aconchego de tuas mãos”

“Que jamais, em tempo algum, o teu coração acalente ódio.
Que o canto da maturidade jamais asfixie a tua criança interior.
Que o teu sorriso seja sempre verdadeiro.
Que as perdas do teu caminho sejam sempre encaradas como lições de vida.
Que a musica seja tua companheira de momentos secretos contigo mesmo.
Que os teus momentos de amor contenham a magia de tua alma eterna em cada beijo.
Que os teus olhos sejam dois sóis olhando a luz da vida em cada amanhecer.
Que cada dia seja um novo recomeço, onde tua alma dance na luz.
Que em cada passo teu fiquem marcas luminosas de tua passagem em cada coração.
Que em cada amigo o teu coração faça festa, que celebre o canto da amizade profunda que liga as almas afins.
Que em teus momentos de solidão e cansaço, esteja sempre presente em teu coração a lembrança de que tudo passa e se transforma, quando a alma é grande e generosa.
Que o teu coração voe contente nas asas da espiritualidade consciente, para que tu percebas a ternura invisível, tocando o centro do teu ser eterno.
Que um suave acalanto te acompanhe, na terra ou no espaço, e por onde quer que o imanente invisível leve o teu viver.
Que o teu coração sinta a presença secreta do inefável!
Que os teus pensamentos e os teus amores, o teu viver e a tua passagem pela vida, sejam sempre abençoados por aquele amor que ama sem nome.
Aquele amor que não se explica só se sente.
Que esse amor seja o teu acalento secreto, viajando eternamente no centro do teu ser.
Que a estrada se abra à sua frente.
Que o vento sopre levemente às suas costas.
Que o sol brilhe morno e suave em sua face.
Que respondas ao chamado do teu Dom e encontre a coragem para seguir-lhe o caminho.
Que a chama da raiva te liberte da falsidade.
Que o ardor do coração mantenha a tua presença flamejante e que a ansiedade jamais te ronde.
Que a tua dignidade exterior reflita uma dignidade interior da alma.
Que tenhas vagar para celebrar os milagres silenciosos que não buscam atenção.
Que sejas consolado na simetria secreta da tua alma.
Que sintas cada dia como uma dádiva sagrada tecida em torno do cerne do assombro.
Que a chuva caía de mansinho em seus campos…
E, até que nos encontremos de novo.
Que os Deuses lhe guardem na palma de Suas mãos.
Que despertes para o mistério de estar aqui e compreendas a silenciosa imensidão da tua presença.
Que tenhas alegria e paz no templo dos teus sentidos.
Que recebas grande encorajamento quando novas fronteiras acenam.
Que este amor transforme os teus dramas em luz, a tua tristeza em celebração, e os teus passos cansados em alegres passos de dança renovadora.
Que jamais, em tempo algum, tu esqueças da Presença que está em ti e em todos os seres.
Que o teu viver seja pleno de Paz e Luz!”

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É Preciso Empurrar O Filho Para Fora Do Ninho

É Preciso Empurrar O Filho Para Fora Do Ninho

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a protecção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora. Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.

Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira… Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo…

Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o voo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem…

Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos, são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.

É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem a urgência de conquistar o mundo longe de nós. É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.

Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.

Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.

Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.

Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assusta por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.

Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar. 

E não há estrada mais bela do que essa.

Rubem Alves

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Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Os pensamentos chegam-me de um modo inesperado, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que, frequentemente, também Lichtenberg, William Blake e Nietzsche eram atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Os aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, este aforismo atacou-me: Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas. Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controlo. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado. Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri, conversando com professores em escolas. O que eles contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E eles, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e os domadores com os seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres. Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que os fecha com os tigres. Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes? Ou serão as escolas que são violentas? As escolas serão gaiolas? Vão falar-me da necessidade das escolas dizendo que os adolescentes precisam de ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: as nossas escolas estão a dar uma boa educação? O que é uma boa educação? O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos ficam com uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação. Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Sabe o que é um “dígrafo”? E conhece os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”? Qual é a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professores, também engaiolados… São obrigados a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é um hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata a sua experiência com as escolas: Fui forçado (!) a estudar o que os professores decidiam que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira. O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que a inteligência era a ferramenta e o brinquedo do corpo, Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. As ferramentas são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. Os brinquedos são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma. Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. As ferramentas permitem-me voar pelos caminhos do mundo. Os brinquedos permitem-me voar pelos caminhos da alma. Quem está a aprender ferramentas e brinquedos está a aprender liberdade, não fica violento. Fica alegre, ao ver as asas crescer… Assim todo o professor, ao ensinar, deveria perguntar-se: Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se não for, é melhor pôr de parte. As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se as escolas são gaiolas ou asas. Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos. Há esperança… Rubem Alves in, Gaiolas ou Asas - A Arte do Voo ou a Busca da Alegria de Aprender

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas

Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do vôo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controle. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o vôo.

Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são pássaros em vôo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o vôo, isso elas não podem fazer, porque o vôo já nasce dentro dos pássaros. O vôo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Os pensamentos chegam-me de um modo inesperado, sob a forma de aforismos. Fico feliz porque sei que, frequentemente, também Lichtenberg, William Blake e Nietzsche eram atacados por eles. Digo atacados porque eles surgem repentinamente, sem preparo, com a força de um raio. Os aforismos são visões: fazem ver, sem explicar. Pois ontem, de repente, este aforismo atacou-me:

Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros engaiolados são pássaros sob controlo. Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde quiser. Pássaros engaiolados têm sempre um dono. Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos pássaros é o voo. Escolas que são asas não amam pássaros engaiolados. O que elas amam são os pássaros em voo. Existem para dar aos pássaros coragem para voar. Ensinar o voo, isso elas não podem fazer, porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

Esse simples aforismo nasceu de um sofrimento: sofri, conversando com professores em escolas. O que eles contam são relatos de horror e medo. Balbúrdia, gritaria, desrespeito, ofensas, ameaças… E eles, timidamente, pedindo silêncio, tentando fazer as coisas que a burocracia determina que sejam feitas, como dar o programa, fazer avaliações… Ouvindo os seus relatos, vi uma jaula cheia de tigres famintos, dentes arreganhados, garras à mostra – e os domadores com os seus chicotes, fazendo ameaças fracas demais para a força dos tigres.

Sentir alegria ao sair de casa para ir à escola? Ter prazer em ensinar? Amar os alunos? O sonho é livrar-se de tudo aquilo. Mas não podem. A porta de ferro que fecha os tigres é a mesma porta que os fecha com os tigres. Violento, o pássaro que luta contra os arames da gaiola? Ou violenta será a imóvel gaiola que o prende? Violentos, os adolescentes? Ou serão as escolas que são violentas?

As escolas serão gaiolas? Vão falar-me da necessidade das escolas dizendo que os adolescentes precisam de ser educados para melhorarem de vida. De acordo. É preciso que os adolescentes, que todos tenham uma boa educação. Uma boa educação abre os caminhos de uma vida melhor. Mas eu pergunto: as nossas escolas estão a dar uma boa educação? O que é uma boa educação? O que os burocratas pressupõem sem pensar é que os alunos ficam com uma boa educação se aprendem os conteúdos dos programas oficiais. E, para testar a qualidade da educação, criam mecanismos, provas e avaliações, acrescidos dos novos exames elaborados pelo Ministério da Educação.

Mas será mesmo? Será que a aprendizagem dos programas oficiais se identifica com o ideal de uma boa educação? Sabe o que é um “dígrafo”? E conhece os usos da partícula “se”? E o nome das enzimas que entram na digestão? E o sujeito da frase “Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico o brado retumbante”? Qual é a utilidade da palavra “mesóclise”? Pobres professores, também engaiolados… São obrigados a ensinar o que os programas mandam, sabendo que é inútil. Isso é um hábito velho das escolas. Bruno Bettelheim relata a sua experiência com as escolas: Fui forçado (!) a estudar o que os professores decidiam que eu deveria aprender. E aprender à sua maneira.

O sujeito da educação é o corpo, porque é nele que está a vida. É o corpo que quer aprender para poder viver. É ele que dá as ordens. A inteligência é um instrumento do corpo cuja função é ajudá-lo a viver. Nietzsche dizia que a inteligência era a ferramenta e o brinquedo do corpo, Nisso se resume o programa educacional do corpo: aprender ferramentas, aprender brinquedos. As ferramentas são conhecimentos que nos permitem resolver os problemas vitais do dia-a-dia. Os brinquedos são todas aquelas coisas que, não tendo nenhuma utilidade como ferramentas, dão prazer e alegria à alma.

Nessas duas palavras, ferramentas e brinquedos, está o resumo da educação. Ferramentas e brinquedos não são gaiolas. São asas. As ferramentas permitem-me voar pelos caminhos do mundo. Os brinquedos permitem-me voar pelos caminhos da alma. Quem está a aprender ferramentas e brinquedos está a aprender liberdade, não fica violento. Fica alegre, ao ver as asas crescer… Assim todo o professor, ao ensinar, deveria perguntar-se:

Isso que vou ensinar, é ferramenta? É brinquedo? Se não for, é melhor pôr de parte.

As estatísticas oficiais anunciam o aumento das escolas e o aumento dos alunos matriculados. Esses dados não me dizem nada. Não me dizem se as escolas são gaiolas ou asas.

Mas eu sei que há professores que amam o voo dos seus alunos.

Há esperança…

Rubem Alves

in, Gaiolas ou Asas – A Arte do Voo ou a Busca da Alegria de Aprender

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Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades

Educar é mostrar a vida a quem ainda não a viu. O educador diz: “Veja!” e, ao falar, aponta. O aluno olha na direção apontada e vê o que nunca viu. Seu mundo se expande. Ele fica mais rico interiormente… E ficando mais rico interiormente ele pode sentir mais alegria – que é a razão pela qual vivemos.

Já li muitos livros sobre Psicologia da Educação, Sociologia da Educação, Filosofia da Educação… Mas, por mais que me esforce, não consigo me lembrar de qualquer referência à Educação do Olhar. Ou à importância do olhar na educação, em qualquer um deles.

A primeira tarefa da Educação é ensinar a ver… É através dos olhos que as crianças tomam contato com a beleza e o fascínio do mundo… Os olhos tem de ser educados para que nossa alegria aumente.

A educação se divide em duas partes:

Educação das Habilidades e Educação das Sensibilidades.

Sem a Educação das Sensibilidades, todas as habilidades são tolas e sem sentido.

Os conhecimentos nos dão meios para viver.

A sabedoria nos dá razões para viver.

Quero ensinar às crianças. Elas ainda tem olhos encantados. Seus olhos são dotados daquela qualidade que, para os gregos, era o início do pensamento: a capacidade de se assombrar diante do banal.

Para as crianças tudo é espantoso: um ovo, uma minhoca, uma concha de caramujo, o voo dos urubus, os pulos dos gafanhotos, uma pipa no céu, um pião na terra.

Coisas que os eruditos não vêem.

Na escola eu aprendi complicadas classificações botânicas, taxonomias, nomes latinos – mas esqueci. E nenhum professor jamais chamou a minha atenção para a beleza de uma árvore… Ou para o curioso das simetrias das folhas. Parece que naquele tempo as escolas estavam mais preocupadas em fazer com que os alunos decorassem palavras que com a realidade para a qual elas apontam.

As palavras só tem sentido se nos ajudam a ver o mundo melhor. Aprendemos palavras para melhorar os olhos. Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem… O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Quando a gente abre os olhos, abrem-se as janelas do corpo e o mundo aparece refletido dentro da gente.

São as crianças que, sem falar, nos ensinam as razões para viver. Elas não têm saberes a transmitir. No entanto, elas sabem o essencial da vida.

Quem não muda sua maneira adulta de ver e sentir e não se torna como criança, jamais será sábio.

Rubem Alves

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Ética e Moral - As Irmãs Gêmeas - Isabella Arruda

Ética e Moral – As Irmãs Gêmeas

Ética e Moral – As Irmãs Gêmeas

Hoje é dia de CONTO, uma experiência maravilhosa com as crianças! – “Quem conta um conto, aumenta um ponto.”

Era uma vez uma criança muito curiosa e inteligente que perguntou para um adulto:

O que é Ética e Moral

E agora o que eu vou responder – pensou o adulto. Logo, ele foi buscar a definição no dicionário e ficou ainda mais confuso para interpretar e traduzir o seu entendimento para a criança.

Como esse adulto sempre gostou de histórias, resolveu utilizar esse recurso com a História “As Irmãs Gêmeas: uma chamava-se Ética e a outra Moral”

Essa história é contada por uma jovem, uma menina moça muito sabida de 15 anos, a Isabella Arruda.

Neste vídeo o Jardim da Infância Zen foi o instrumento para a “contação” dessa linda história: As Irmãs Gêmeas Ética e Moral. Ficou curioso (a), então vem com a gente se encantar.

No universo infantil, a utilização das histórias, contos e fábulas costuma encantar as crianças. Por isso, eu sempre recomendo as histórias para trabalhar a diversidade entre as famílias.

A importância de se contar histórias está no enriquecimento das experiências infantis, através do desenvolvimento de diversas formas de linguagem, o que auxilia na formação do caráter, da confiança e do poder imaginário da criança. Além disso, histórias estimulam funções cognitivas essenciais para o desenvolvimento do pensamento. A criança se ampara nas vivências dos personagens para absorver suas próprias vivências, aprendendo meios de lidar com seus problemas e dificuldades do dia-a-dia.

Essa história pode ser usada para ajudar a despertar o Espírito Filosófico em Crianças. A história explora a inteligência e imaginação como formas de adquirir conhecimentos e desenvolver novas habilidades. As várias formas de conhecer o mundo e as pessoas e a discriminação dos que não se enquadram nos padrões determinados pela sociedade. 

“A história de hoje entrou por uma porta e saiu pela outra; e quem souber, que conte outra”.

“Histórias para Despertar” é uma coletânea de fábulas e contos de fadas criada para ilustrar, de forma criativa e divertida, a eterna busca do ser humano por sabedoria e realização.

Este livro foi elaborado dentro do projeto infantil de filosofia para crianças da Associação Cultural Nova Acrópole. A Autora buscou passar um pouco dos conhecimentos filosóficos em uma linguagem suave e pedagógica, resultando na publicação do presente livro.

Sobre a Autora Isabella Galvão Arruda

Isabella Galvão Bueno é uma jovem de 15 anos, no momento que escreveu o livro (2009). Ela começou a escrever esta obra aos treze. É brasiliense, filha de pais filósofos, ambos professores da Escola de Filosofia Nova Acrópole. Nasceu e cresceu nesse ambiente, e bem cedo começou a também fazer suas próprias indagações e buscar respostas. Este livre, ideia e iniciativa da mesma, é resultado dessas indagações, e se destina a ajudar a despertar o Espírito Filosófico em Crianças, com as quais trabalha, no projeto de Educação Infantil de Nova Acrópole.

Histórias para Despertar: Filosofia para crianças e adolescentes, por Isabella Galvão Arruda (Autor), Isabella Rodrigues (Ilustrador), Beatriz Nascimento (Ilustrador), Bárbara Arruda (Ilustrador)

Adquira o livro no link da Amazon: https://amzn.to/30bhFLc

Entrevista com a Escritora Isabella Arruda

LIVE com a Profª Lúcia Helena Galvão e Isabella Galvão, autora do livro com este título

Definições Conceituais

No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados. A ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto a moral são os costumes, regras, tabus e convenções estabelecidas por cada sociedade.

Os termos possuem origem etimológica distinta. A palavra “ética” vem do Grego “ethos” que significa “modo de ser” ou “caráter”. Já a palavra “moral” tem origem no termo latino “morales” que significa “relativo aos costumes”.
Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral.

Moral é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau.

No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade.

“Ética é aproximar nossa mente do nosso “coração”, colocando amor em tudo que fazemos.”

“Se pesquisássemos os conceitos de Ética e Moral no dicionário, encontraríamos a Ética ligada à um estudo de juízo, de valores ou de princípios, que norteiam a boa conduta do ser humano; enquanto a Moral seria um conjunto de regras e hábitos julgados como válidos. De maneira que, separou-se a Ética, como algo mais teórico, e a Moral como algo mais prático.

Porém, a Filosofia à maneira clássica, que também tenho chamado de “Filosofia como arte de viver”, entende que a teoria é igual à prática.

Pensem, como exemplo, uma pessoa que quer construir uma cadeira, mas antes de construí-la, primeiro se faz fundamental pensá-la. Expressa-se então o conhecimento ético, naquela pessoa que sente, pensa, fala e age de forma coerente e uniforme. É preciso fazer coincidir o que sentimos com aquilo que fazemos.

Helena Petrovna Blavatsky, filósofa russa, dividia nossa mente em duas partes, uma parte filosófica e outra científica. A mente filosófica liga-nos a princípios e arquétipos superiores, como por exemplo , a Justiça, o Amor, a Verdade e a Beleza; e a outra mente científica, está ligada à matéria e ao mundo em que vivemos.

Imaginem um grupo de crianças, no qual naturalmente encontramos crianças que se inclinam para um comportamento banhado pela justiça, enquanto que em outras, encontraríamos atitudes um tanto rebeldes.

Posteriormente, isso continuaria acontecendo com os adultos. Podemos dizer então que, quando surge em nós esse esforço para canalizar sentimentos mais nobres, chamaríamos isso de Ética Atemporal, ou seja, aquela que vence as barreiras do tempo e se manifesta no decorrer da história.

É necessário, sobretudo, que o homem eleve sua consciência para canalizar essa força, por meio de um comportamento reto e cortês.

Dessa forma surge também uma Ética Temporal, que pode se adaptar a cada época do tempo, de acordo com os acontecimento.

Desse esforço nasce um código, uma constituição, normas a serem seguidas, inspiradas por uma intenção de justiça que surge do coração do homem. Portanto:

“Ética é aproximar nossa mente do nosso “coração”, colocando amor em tudo que fazemos.”

Termino este texto com uma frase do fundador da Nossa Acrópole, o Professor Jorge Angel Livraga, sobre Ética e Moral: “Tratava-se de harmonizar o homem e ajudá-lo, para que nele brotassem as fontes da Justiça e do Bem, que lhe permitissem beber das águas da divindade”. Elismar Alves, Prof. de Nova Acrópole

Links: https://www.acropole.org.br/programa-merlin/

“A ética é o conjunto de valores e princípios que eu uso para a minha conduta no meio da sociedade, isto é, quais são os princípios para eu agir. Moral é a prática desses princípios. Este conjunto de valores é construído por algumas instituições sociais, como família e escola.” Cortella

Jardim da Infância Zen – Dia da Sabedoria

“A Ética e a Moral são filhas do Pai Eternidade e da Mãe Sabedoria. São Divinas! Elas sempre estarão em busca de abrigo em nossos corações.

*** Hoje terça-feira, seguimos com a pauta editorial proposta. Terça-feira é regido pelo Deus Ares | Conhecido em Roma como Marte – Dia da nossa “Salada Mystica” no “Jardim da Infância Zen” 

*** Na mitologia grega entre as características da sua personalidade, Eros, ficou conhecido como deus guerreiro, que não consegue controlar seus impulsos e sua raiva.

Além da Filosofia, Eros também é citado na Psicologia em um sentido muito mais amplo, quase que equivalente à “Energia da Vida”.

Na psicologia freudiana, Eros representa nossa força vital, a vontade de viver. É o desejo de criar vida e favorecer a produtividade e a construção.

Com todo esse simbolismo o que podemos aprender? A dualidade, o que fazer com as nossas emoções estão “afloradas”?

A sabedoria é aprender o que fazer com os momentos de emoções tão contraditórias. Experimente a vida em todas as formas possíveis bom-mau, amargo-doce, claro-escuro, verão-inverno. Experimente todas as dualidades. Não tenha medo da experiência, porque mais experiências que você tem, mais maduro você se torna. Aprender voltar para o meu eixo com sabedoria e de forma mais rápida. “Tudo que vocês viverem passa a ser de vocês, ninguém mais pode tirar. É assim que se constrói a sabedoria”

Com a maturidade emocional não tenho necessidade de culpar ou julgar ninguém pelo que acontece. Na calma presto atenção e, em harmonia com a situação, aceito a realidade e as coisas como elas são, e não como eu gostaria que fossem.

Depois de reconhecer, entender, acolher e aceitar as dualidades encontramos o EQUILÍBRIO.

Quando faço isso escolho como reagir diante as adversidades, assumo responsabilidades, me conecto com a ressonância do universo e coloco a minha tão desejável equanimidade em prática.

Maturidade emocional é manter o silêncio até que possamos falar com sabedoria, respeito e amor. Cabe a cada um de nós manter o equilíbrio das relações.

Se você não puder falar com respeito e amorespere até que possa.” — Amma

Sabedoria é ser capaz de transformar conhecimento em respostas às circunstâncias da vida dignas de um ser humano. “Pelas vossas obras, vos conhecerei!”

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A nova obra do artista Kobra homenageia as vítimas do coronavírus no mundo e pede pé para enfrentar a pandemia

Língua dos Homens e dos Anjos | Sem amor eu nada seria

“Ainda que eu falasse a língua do homens e falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria”

“Vamos vencer isto juntos, mas separados. Ou separados, por isto juntos. Nestes tempos de necessário isolamento social, é preciso ter fé. Independente da nossa localização geográfica, de nossa etnia e de nossa religião, estamos unidos em uma mesma oração.” Eduardo Kobra  #eduardokobra

“Se fosse possível, colocaria todas as religiões, mas coloquei as cinco maiores para representar toda fé da humanidade”

“Buda não era Budista,
Jesus não era Cristão,
Krishna não era Vaishnava,
Maomé não era Islamita,
Eles eram professores que ensinavam AMOR.
AMOR era a religião de cada UM.”

”Ainda que eu falasse a língua do homens. E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria. É só o amor, é só o amor. Que conhece o que é verdade. O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece.”

“Ainda que eu falasse a língua do homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade
O amor é bom, não quer o mal
Não sente inveja ou se envaidece

O amor é o fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

Ainda que eu falasse a língua do homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É um não contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É um estar-se preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É um ter a quem nos mata a lealdade
Tão contrário a si é o mesmo amor

Estou acordado e todos dormem
Todos dormem, todos dormem
Agora vejo em parte
Mas então veremos face a face
É só o amor, é só o amor
Que conhece o que é verdade

Ainda que eu falasse a língua dos homens
E falasse a língua do anjos, sem amor eu nada seria”

Compositor: Renato Russo – Renato Manfredini Jr  #legiaourbana – Artista: Legião Urbana – Álbum: As Quatro Estações

Não é sobre nossas crenças e sim sobre como estamos vivendo e como estamos vendo e interpretando o mundo.

Independente da religião amar e perdoar é evolução espiritual, é desapegar do orgulho e egoísmo. Independente de qual “crença” seguimos a linguagem universal que é o AMOR!
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Então disse Jesus: “Deixem vir a mim as crianças e não as impeçam; pois o Reino dos céus pertence aos que são semelhantes a elas”. 

Obra do artista plástico Eduardo Kobra https://www.eduardokobra.com/

A obra do artista Eduardo Kobra homenageia as vítimas do coronavírus no mundo e pede fé para enfrentar a pandemia. Foto: Reprodução/Instagram

*** Conheça nosso Podcast do Infância Zen: https://anchor.fm/infanciazen

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Um lindo passeio pela Arte de Viver no nosso Jardim Secreto #jardimdainfanciazen Reprima o hábito de sentir aversão por tudo aquilo que está fora de seu controle.” A arte de viver #epicteto #artedeviver

Jardim Secreto

Um lindo passeio pela Arte de Viver no nosso Jardim Secreto #jardimdainfanciazen

Sempre tive meu jardim secreto, minha maneira de sobreviver por fora, sendo apenas Eu, por dentro.

“A Felicidade e a liberdade começam com a clara compreensão de um princípio: algumas coisas estão sob nosso controle e outras não estão. Sob o nosso controle estão as nossas opiniões, aspirações, desejos e as coisas que nos causam repulsa ou nos desagradam.

Temos sempre a possibilidade de escolha quando se trata do conteúdo e da natureza de nossa vida interior. Fora do nosso controle estão coisas como o tipo de corpo que temos, se nascemos ricos ou se tiramos a sorte grande e enriquecemos de repente, a maneira como somos vistos pelos outros ou qual é a nossa posição na sociedade. Essas coisas são externas, e portanto, não dependem de nós.

Se você achar que tem domínio total sobre coisas que estão naturalmente fora de seu controle, ou se tentar assumir as questões de outros como se fossem suas, sua busca será distorcida e você se tornará uma pessoa frustrada, ansiosa e com tendência a criticar os outros.

Reprima o hábito de sentir aversão por tudo aquilo que está fora de seu controle.” A arte de viver #epicteto#artedeviver

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És livre na luz do Sol e livre ante a estrela da noite. E és livre quando não há Sol, nem Lua ou estrelas. Inclusive, és livre quando fechas os olhos a tudo que existe.” Khalil Gibran #khalilgibran

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A eternidade do devaneio. Um encontro com Van Gogh

A eternidade do devaneio. Um encontro com Van Gogh

A eternidade do devaneio. Um encontro com Van Gogh

Eu sempre fui multitarefas, workaholic, multifuncional…Passei minha vida fazendo várias coisas ao mesmo tempo, me multiplicando para “dar conta” de tudo e de todos. Acreditava que era mega produtiva e organizada. Me cobrava de cumprir tudo para não me culpar de não ser boa o bastante caso eu falhasse em algo. Hoje descobri que isso é um grande mito, produção é diferente de produtividade.

Passei minha vida fazendo várias coisas ao mesmo tempo, me multiplicando para “dar conta” de tudo e de todos. Acreditava que era mega produtiva e organizada. Me cobrava de cumprir tudo para não me culpar de não ser boa o bastante caso eu falhasse em algo. Hoje descobri que isso é um grande mito, produção é diferente de produtividade. Nos últimos anos senti minha energia e essência divididas. Eu “me perdia” comigo mesma, nas coisas, nos projetos, nas pessoas, nas redes sociais, na família, nos amigos, no trabalho…não tinha o foco em mim e nas minhas escolhas. Não tinha planejamento com clareza. Eu não sabia falar não. Eu não aceitava não dar conta de algo. Eu não aceitava ser imperfeita. Eu não escolhia o que eu realmente queria fazer e o que realmente me completava. Minhas escolhas eram baseadas em múltiplas escolhas, em terceiros e no olhar para fora e não para dentro. Olhar somente para mim era algo extremamente egoísta, principalmente depois de ser mãe. Hoje estou respeitando minhas escolhas e o momento presente. Hoje eu sou as minhas escolhas e minhas renúncias. Hoje sou meu olhar para dentro. Hoje reconheço e não me envergonho de assumir que sou imperfeita, que eu posso sim falhar e não dar conta de tudo. Esse despertar preencheu meu coração.

”Desde a tenra infância o amarelo foi minha cor predileta. Os amarelos de Van Gogh, que fui descobrir já com meus vinte e tantos anos, sempre me impressionaram e foi motivo de conexão direta. O bom de falar de Vicent Van Gogh é que ele, de alguma forma, habita nosso (in)consciente sem que se necessite qualquer resquício de erudição para conhecê-lo. Ao contrário, admirar a obra deste pós-impressionista, exige a simplicidade de quem ainda é capaz de contemplar, de ter olhos pacientes sobre as coisas mais simples e lentas da vida. Aliás, contemplar é uma forma de dar eternidade ao tempo. Somos estimulados ao contrário, a produzir, tornarmo-nos eficientes, melhores, embora nunca saibamos exatamente para quê, afinal de contas, devemos ser melhores. Encontrar Van Gogh é, de alguma forma, ver o sentido profundo de nossos próprios devaneios, não dos seus. A contemplação, tão difícil nos tempos algorítmicos dos likes, é uma janela para vida em meio à eternidade dos devaneios digitais que nos cercam.” Rico Machado, Jornalista, mestre em Comunicação e Especialista em Filosofia. É doutorando em Cultura e Significação na UFRGS, onde realiza pesquisa relacionando antropofagia e semiótica. (Texto: A eternidade do devaneio. Um encontro com Van Gogh)

Link Consultado: https://antropofagias.com.br/2020/08/16/a-eternidade-do-devaneio-um-encontro-com-van-gogh-002/

Artista: Vincent Van Gogh

Se preferir acesse nosso Podcast: https://anchor.fm/infanciazen

Hoje é Sábado – Dia de Saturno, aquele que traz a realidade como evidência e nos põe os pés no chão e na terra. No glifo de Saturno, a cruz da matéria substitui e domina as percepções do inconsciente. A compreensão de nossa herança e experiências passadas traz a maturidade e uma compreensão real de causa e efeito 🌬
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A nossa proposta de “reflexão livre” aqui é gerar autonomia para “Construção do Pensamento” com base nos: Valores, Virtudes e Sabedoria.
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É olhar para o “sutil inconsciente” e ressignificar.
Quando “estão em equilíbrio”, nos tornarmos altamente pragmáticos e conscientes, com uma boa compreensão do passado e das leis de causa e efeito. Conseguimos viver em sociedade com responsabilidade, limites e paciência.
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A nossa vida é uma “Caixa de Pandora”, O mito da Caixa de Pandora sugere que, apesar de todos os males e todas as angústias, ao menos podemos nos apegar à esperança, “a última que morre”. Faz parte da curiosidade humana querer saber como e por que as coisas acontecem no mundo da maneira como elas ocorrem.
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A MeditAção CriAtiva nos ajuda a “passear” nesse “Jardim Encantado” e observar o que a natureza nos oferece de aprendizado. A meditação ativa é baseada na catarse. Ou seja, na liberação e na expansão de emoções. Isso é realizado por meio de muitos movimentos do corpo, atividades físicas e expressões verbais. Tal tipo de prática utiliza mais a imaginação ativa e a mente superior para criar uma mudança interna, receber insights ou treinar e aproveitar o poder da mente.

Meditação com visualização criativa para você adulto ouvir com sua criança interior https://infanciazen.com.br/2019/05/17/crianca-interior-cura-da-crianca-ferida/
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Resumindo: significa “ver as coisas como elas realmente são”. Essa prática, pode ser descrita como uma “arte de viver”. Semelhante à meditação da atenção plena, envolve o treinamento da mente com objetivo de conscientização sobre as próprias experiências.
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Com isso você percebe como sua mente produz pensamentos, emoções e julgamentos fugazes – no entanto, você aprende a lidar e voltar para o eixo, mantendo-se consciente do momento presente
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É ver a verdadeira natureza da existência através da auto-observação e conscientização.

Vamos “percorrer” esse “sutil inconsciente”. Segue os Stories do Instagram “o despertar”.

‘A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original’. Albert Einstein

Obs.: Os textos publicados aqui são “simbólicos”, com base inspiracional na interpretação das minhas trilhas vividas. Não é uma declaração eu proclamação oficial de nenhuma crença específica.

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O Laço e o Abraço

O LAÇO E O ABRAÇO

O LAÇO E O ABRAÇO

“Meu Deus! Como é engraçado! Eu nunca tinha reparado como é curioso um laço… uma fita dando voltas. Enrosca-se, mas não se embola, vira, revira, circula e pronto: está dado o laço. É assim que é o abraço: coração com coração, tudo isso cercado de braço. É assim que é o laço: um abraço no presente, no cabelo, no vestido, em qualquer coisa onde o faço. E quando puxo uma ponta, o que é que acontece? Vai escorregando… devagarzinho, desmancha, desfaz o abraço. Solta o presente, o cabelo, fica solto no vestido. E, na fita, que curioso, não faltou nem um pedaço. Ah! Então, é assim o amor, a amizade. Tudo que é sentimento. Como um pedaço de fita. Enrosca, segura um pouquinho, mas pode se desfazer a qualquer hora, deixando livre as duas bandas do laço. Por isso é que se diz: laço afetivo, laço de amizade. E quando alguém briga, então se diz: romperam-se os laços. E saem as duas partes, igual meus pedaços de fita, sem perder nenhum pedaço. Então o amor e a amizade são isso… Não prendem, não escravizam, não apertam, não sufocam. Porque quando vira nó, já deixou de ser um laço!”

Maria Beatriz Marinho dos Anjos

Nota: A autoria do texto é muitas vezes atribuída erroneamente a Mario Quintana.

O que é carência afetiva para você? O que carência afetiva tem haver com o Amor, com Laços e Abraços?

“A beleza da vida expressa através da pintura”

EXPRESSANDO A BELEZA DA VIDA ATRAVÉS DA PINTURA

Todos os dias a beleza envolve nossas vidas; seja um nascer do sol ou a luz nos olhos de uma criança. Frequentemente, nos apressamos ao longo do dia, mal notando. Já foi dito que “nosso trabalho como artista é o de revelação”.

Como artista, aspiro ao melhor da minha capacidade para criar pinturas que expressem a inspiração que senti ao observar a beleza que vejo. E, ao fazer isso, espero encorajar e elevar outras pessoas .” ~ Sheri Dinardi

Sheri Dinardi http://www.sheridinardistudio.com/

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Renascimento Michelangelo

Todo Renascimento é Atemporal

Todo Renascimento é Atemporal

Seguimos com a pauta editorial de “livre expressão” proposta desta semana no Infância Zen – Quinta-feira é regida por Júpiter.
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Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?
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Como podemos, de acordo com a nossa visão de princípios e valores, nos responsabilizar pela desordem da qual eu me queixo.
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Desenvolver a sabedoria para alcançar a equanimidade. Pequenas pedras que são lançadas da consciência não podem levar todo o lago à comoção.
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Depois de reconhecer, entender, acolher e “aceitar” as dualidades encontramos o EQUILÍBRIO.
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Quando faço isso escolho como reagir diante as adversidades e assumo as responsabilidades. Me conecto com a ressonância do universo e coloco a minha tão desejável equanimidade em prática.
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Com base nos valores, princípios e sabedoria é capaz de transformar conhecimento as respostas às circunstâncias da vida digna de um ser humano.
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”Pelas vossas obras, vos conhecerei.”

Mini Biografia – Livre

Michelangelo (1475-1560) foi um pintor, escultor, arquiteto e poeta do Renascimento Italiano.

Um dos maiores representantes das artes plásticas do período.

Michelangelo nasceu em Caprese, nas proximidades de Florença, Itália, no dia 6 de março de 1475.

Na escola interessava-se apenas em desenhar, para desespero da família, que desprezava a profissão do artista. Sua obstinação acabou vencendo, e aos 13 anos de idade tornou-se aprendiz do estúdio de Domenico Ghirlandaio.

Desejando uma arte mais heroica, ingressa na escola de escultura de Lourenço de Medicis, que o hospeda em seu palácio.

Convivendo com a elite nobre e intelectual, empolga-se pelas ideias do Renascimento Italiano.

Sua grande paixão foi a escultura. Certa vez ele disse: “A figura já está na pedra, trata-se de arrancá-la para fora”.

Tinha orgulho de sua ascendência aristocrática, “por sua raça” – como escrevia em suas cartas: “Eu não sou o escultor Michelangelo, sou Michelangelo Buonarroti”.

A obra renascentista intitulada A criação de Adão foi feita por volta de 1511 pelo famoso artista italiano Michelangelo.

Esse é um trabalho realizado com a técnica do afresco e integra o conjunto de pinturas feitas no Teto da Capela Sistina, produzidas entre 1508 e 1512 por encomenda do papa Júlio II.

A criação de Adão é a representação da passagem bíblica em que o criador do mundo, Deus, dá origem à humanidade, simbolizada na figura do primeiro homem, Adão.

Essa foi a primeira obra em que um artista consegue expressar todo o mistério, espontaneidade e, ao mesmo tempo, força divina no ato da criação.

A composição transmite harmonia ao criar dois planos que o expectador percorre visualmente a partir do chão.

Adão, segundo o livro bíblico, foi criado à semelhança de Deus. Na pintura, podemos constatar tal paridade e simetria.

Os corpos de ambos são exibidos deitados de frente, com o mortal no ambiente terrestre, inicialmente sozinho; já o ser divino está envolto em um manto e rodeado de anjos.

Os dedos das personagens, quase se tocando, são o ponto alto da composição.

A mão de Adão ainda denota falta de vitalidade, que será conferida a ele através do toque de Deus. O criador exibe o dedo indicador esticado, em um gesto simples e direto, agraciando o homem com a vida.

Segundo o historiador Ernst Gombrich, essa é considerada uma das maiores obras de arte já produzidas. Nas palavras dele:

Michelangelo conseguiu fazer do toque da mão divina o centro e o ponto culminante da pintura, e nos fez enxergar a ideia da onipotência por meio do poder de seu gesto criador.

Adão é apresentado como um homem que, preguiçosamente, desperta. Ele levanta o tronco na direção de Deus e apoia o cotovelo em seu joelho, a fim de aproximar-se do gesto divino.

É como se ele acabasse de acordar de um sono profundo, pois podemos perceber seu corpo relaxado e sua feição acomodada.

A propósito, a figura humana é muito bem representada anatomicamente em Adão, que está completamente nu e tem os músculos à mostra.

A figura de Deus é manifestada de forma vigorosa. Os longos cabelos grisalhos e barba volumosa transmitem a ideia de sabedoria.

Sua vestimenta é representada de maneira fluida, o que permite a observação do corpo jovem e musculoso, como o de Adão. Essa maneira de representação do ser humano, valorizando a corporeidade, é característica da arte renascentista.

Aqui, o criador tem o corpo envolvido por um manto vermelho, que é inflado pelo vento. Muitas figuras angelicais o acompanham, e pode-se dizer que a mulher ao seu lado vem a ser Eva, companheira de Adão, que ainda espera nos céus pelo momento de descer à Terra.

Na década de 90, o pesquisador americano Frank Lynn Meshberger encontrou em A criação de Adão enorme semelhança entre o desenho da anatomia cerebral e a figura de Deus com anjos envoltos no manto vermelho.

As imagens são realmente muito similares e, segundo os estudos, Michelangelo representou inclusive algumas partes internas do órgão, como o lobo frontal, nervo ótico, glândula pituitária e o cerebelo.

Essa teoria faz sentido, tendo em vista que Michelangelo era profundo conhecedor de anatomia.

O pensamento que imperava na época, alicerçado pela ideologia humanista e antropocêntrica, também contribui para que essa hipótese seja verdadeira. Nesse período, o homem passa a ser visto como o centro do universo.

Michelangelo parece ter feito uma espécie de “homenagem” à racionalidade humana, representada pelo órgão cerebral.

Michelangelo e seu contexto histórico

Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, ou somente Michelangelo, nasceu em 6 de março de 1475, em Caprese, na Itália.

Foi um artista excepcional, contribuindo grandemente para a história da civilização do Ocidente no momento em que enormes transformações culturais e sociais ocorriam.

Vivia-se o período Renascentista e a Itália era considerada o centro da efervescência artística, que despontava baseada na cultura clássica da Grécia e Roma antigas.

Nesse cenário, Michelangelo destacou-se devido a sua genialidade, colocando sua arte como objeto de encantamento e também de confronto.

O artista fez de sua vida uma devoção à arte, trabalhando até os últimos dias. Falece em 18 de fevereiro 1564, em Roma.

Artigo de Blog Consultado: https://www.todamateria.com.br/autor/laura-aidar/

Homem Vitruviano ou Homem de Vitrúvio é um desenho de Leonardo da Vinci (1452-1519) que foi produzido em 1490, durante o Renascimento.

Todo Renascimento é Atemporal

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O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado

O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado nos traz uma experiência da gestação e maternidade e oferece a possibilidade, em termos de desenvolvimento psíquico, de integração, amadurecimento e expansão da personalidade.

Simbolismo da Maternidade – Sabe de onde vem a palavra MÃE? Sabe o que significa ser mãe? Mãe é só aquela que tem filhos físicos? Há geração em outros planos, mais elevados?

“Ser mãe talvez seja a arte de dar o que a gente não tem. […]. Não me ocorreu dizer isso a você e eu percebo que, entre nós, havia um problema de comunicação, como você me disse mais de uma vez. Ouvi sem escutar. Por quê? Por ser filha de uma mãe que não me escutava ou por considerar que, sendo psicanalista, o problema não podia ser comigo?

O fato é que, sem adotar os valores da moral contestada por seu pai e eu, você não concebe a traição. Quer o amor absoluto.”
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“Um amor conquistado: o mito do amor materno” a francesa Elizabeth Badinter nos mostra de maneira muito clara que o amor materno inato é um mito. Não é “dado”, mas sim, como deixa antever o título da obra, “conquistado”. Porém, acreditamos em nosso imaginário que tal amor seja algo natural.

Algo que nasce com as mulheres, verdadeiro apanágio feminino. Fala‑se até de “instinto materno”. E coitadas daquelas que não o têm! Sofrem um certo preconceito, pois falta‑lhes qualquer coisa de fundamental!
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Será o amor materno um instinto, uma tendência feminina inata, ou depende, em grande parte, de um comportamento social, variável de acordo com a época e os costumes?

É essa a pergunta que Elisabeth Badinter procura responder neste livro, desenvolvendo para isso uma extensa pesquisa histórica, lúcida e desapaixonada, da qual resulta a convicção de que o instinto materno é um mito, não havendo uma conduta materna universal e necessária.

Ao contrário, a autora constata a extrema variabilidade desse sentimento, segundo a cultura, as ambições ou as frustrações da mãe. Não pode então fugir à conclusão de que o amor materno é apenas um sentimento humano como outro qualquer e como tal incerto, frágil e imperfeito.

Pode existir ou não, pode aparecer e desaparecer, mostrar-se forte ou frágil, preferir um filho ou ser de todos. Contrariando a crença generalizada em nossos dias, ele não está profundamente inscrito na natureza feminina.

Observando-se a evolução das atitudes maternas, verifica-se que o interesse e a dedicação à criança não existiram em todas as épocas e em todos os meios sociais.

As diferentes maneiras de expressar o amor vão do mais ao menos, passando pelo nada, ou quase nada.

O amor materno não constitui um sentimento inerente à condição de mulher, ele não é um determinismo, mas algo que se adquire. Tal como o vemos hoje, é produto da evolução social.

O próprio conceito do amor da mãe aos filhos era outro: as crianças eram normalmente entregues, desde tenra idade, às amas, para que as criassem, e só voltavam ao lar depois dos cinco anos.

Dessa maneira, como todos os sentimentos humanos, ele varia de acordo com as flutuações socioeconômicas da história.

Este é um breve resumo sobre: O Mito do Amor Materno ‑ Um Amor conquistado.

“Pela suas obras vos conhecereis. Pelos frutos se conhece a qualidade de uma árvore.”

Toda Mãe é uma Mestre

Você conhece a história da Mãe de Thomas Edison. O mais fértil inventor de todos os tempos criou o fonógrafo, a lâmpada elétrica, o projetor de cinema e aperfeiçoou o telefone. Traçou desse modo o perfil do mundo de hoje.
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Certo dia, Thomas Edison chegou em casa com um bilhete para sua mãe. Ele disse:

– “Meu professor me deu este papel para entregar apenas a você.”

Os olhos da mãe lacrimejavam ao ler a carta e resolveu ler em voz alta para seu filho:

– “Seu filho é um gênio. Esta escola é muito pequena para ele e não tem suficiente professores ao seu nível para treiná-lo. Por favor, ensine-o você mesmo!”
Depois de muitos anos, Edison veio a se tornar um dos maiores inventores do século. Após o falecimento de sua mãe, encontrou novamente a carta recebida na infância, porém o conteúdo era diferente do que sua mãe leu anos atrás.
– “Seu filho é confuso e tem problemas mentais. Não vamos deixá-lo vir mais à escola!!”
Edison chorou durante horas e então escreveu em seu diário:
– “Thomas Edison era uma criança confusa mas graças a uma mãe heroína e dedicada, tornou-se o gênio do século.”
Existem certos momentos da vida onde é necessário mudar o “conteúdo da carta” para que o objetivo seja alcançado…
Autor Desconhecido

O que essa mãe tem a nos ensinar

Você está criando seus filhos do jeito que foi criada. Está repetindo os mesmo padrões ancestrais. Qual a maio diferença entre você, sua mãe, sua avó e sua bisavó.

Como você pode realizar a CoCriação baseada nos seus valores. O que você tem feito daquilo que fizeram com você.

“Não importa o que a vida fez de você, mas o que você faz com o que a vida fez de você.” Jean Paul Sartre

Qual a “lição de vida” que você pretende transmitir para seu filho. Qual o legado eu quero deixar para as crianças.

Mitologia e Filosofia

Essa semana iniciamos uma “Linha Editorial” voltada para as questões complexas do dia-a-dia real da família. Usaremos a utilização das histórias, mitos, contos e/ou fábulas.

A Mitologia e filosofia são caminhos que buscam contar a origem do mundo e das coisas. Em certos momentos da história, a ideia de superar a mitologia era vista como uma evolução e que seguir a razão era o caminho certo. As diferenças de abordagem e metodologia são inúmeras, para começar a diferenciá-las é preciso saber o conceito de cada uma.

A importância de se contar histórias está no enriquecimento das experiências, através do desenvolvimento de diversas formas de linguagem, o que auxilia na formação do caráter, da confiança e do poder imaginário. Além disso, histórias estimulam funções cognitivas essenciais para o desenvolvimento do pensamento. Nos amparamos nas vivências dos personagens para absorver nossas próprias vivências, aprendendo meios de lidar com seus desafios do dia-a-dia.

Vamos utilizar do simbolismo em cada dia da semana. Hoje é segunda-feira, onde o regente é a Lua. Ela é o símbolo do romantismo, dos enamorados e dos poetas.

Está ligada ao movimento das águas (marés, liquido amniótico etc), a vegetação, e aos animais. Assim como o Sol, a Lua é um luminar. Mas, ao contrário do Sol, ela não tem luz própria.

A Lua recebe a sua luz e a reflete, portanto ela é um principio receptivo e passivo, em contraste ao Sol que é um princípio ativo: fonte de luz e energia. Sendo um principio receptivo e doador, a Lua pode ser associada ao feminino, principalmente ao principio materno. Sendo então um símbolo da fecundidade, fragilidade e de ciclos.

Como ela possui várias fases e assume formas variadas, é, também, um símbolo da inconstância e da mutabilidade.

Na Astrologia ela esta associada à alma, em contraste com o Sol, que é associado ao espírito. Simbolizando o mergulho do espírito, principio divino, na experiência humana.

Na lua astrológica podemos observar as nossas emoções, nossas experiências passadas, nossas raízes, ancestralidade, nossa intuição, as fantasias, os humores, os assuntos domésticos, nossa relação com a família, a casa de origem e o nosso cotidiano, e também a memória.

Ela guarda as nossas reações espontâneas, nossos instintos mais básicos e primitivos como nossas necessidades de nutrição, segurança e acalento, em contraste com o Sol que simboliza o desenvolvimento da consciência e o esforço para compreender a avaliar a vida.

É o caminho do menor esforço, pois mostra a manifestação do nosso “eu” profundo e inconsciente. É o automatismo, aquilo que fazemos “sem pensar”. Sendo também o símbolo daquilo que nos faz sentir confortáveis.

Uma lua astrológica bem aspectada traz a sensação de paz e estabilidade emocional, sensação de se sentir pertencente a algo, segurança interna, bons relacionamentos sociais e íntimos, boa auto-imagem, boa autonutrição e adaptação ao mundo exterior.

A Lua, em seu aspecto coletivo, pode ser associada ao arquétipo materno, sendo simbolizada pela Grande Mãe.

Nas civilizações mais primitivas, que remontam ao período paleolítico, o culto a Lua tinha uma importância simbólica maior do que o Sol. Essa era a época matriarcal da humanidade.

Naquela época os deuses conhecidos eram a Grande Deusa e o seu consorte, o Deus Conífero e se utilizava o calendário lunar para a contagem do tempo.

No antigo Egito, a Lua tinha uma importância fundamental. Deuses muito cultuados, como Thot e Isis eram associados à Lua.

Quase todas as deusas na Grécia possuíam um aspecto lunar. Porém, como a Lua passa por fases, cada uma dessas deusas representava uma parte de sua simbologia, e nenhuma delas era um símbolo completo da Lua.

Selene, uma deusa que quase não aparece na mitologia grega era considerada a fase cheia, (ela teve cinqüenta filhos) símbolo da jovem mãe, Hécate, a anciã, por sua vez era a associada à fase minguante e Ártemis, a deusa jovem e sem filhos era considerada a fase crescente da Lua.

Outras deusas lunares seriam Ishtar na Babilônia, Cibele uma deusa frigia. Parvati na Índia. Outras deusas gregas como Réia, Géia, Hera, Deméter e Perséfone, também encarnavam princípios lunares.

É digno de nota, também, que o simbolismo da Lua estava diretamente ligado aos animais. A divindade lunar Hécate era associada ao cão tricéfalo Cérbero, Artemis era representada por uma ursa, Cibele por uma leoa.

Em nossa civilização cristã a deusa lunar mais evidente seria a Virgem Maria. Porém, devido ao patriarcado, nela o aspecto “mãe terrível” está ausente.

O aspecto “mãe terrível“, porém, está presente em todas as culturas.

Esse aspecto na astrologia pode ser representado pela fase minguante da Lua e também pela conhecida lua negra. A lua negra é considerada uma lua ausente, que não pode, ser vista pelos olhos humanos.

Kali, na Índia, é a manifestação mais grandiosa desse aspecto.

Outras deusas como essa seriam, Lilith, as Górgonas gregas, Hécate, que aparecia com a chave do inferno, Perséfone, enquanto deusa consorte do Hades.

Portanto, o arquétipo materno é ora bom ora mal. Ora é fonte de vida, ora é a própria destruição.

*** Missão Ártemis – Ártemis é filha de Zeus (deus líder do Olimpo) e Leto (divindade da natureza) e irmã gêmea de Apolo (deus do Sol). Ela simboliza o Arquétipo Feminino, como a Deusa da Lua, vestida com sua túnica e seu arco e flechas, acompanhada de cães de caça e ninfas, corre as montanhas e as selvas, seus lugares preferidos.

Uma deusa que nos inspira a viver a nossa natureza interna e a despertar nossa verdadeira essência. Uma mulher de espírito feminino independente, que aprecia a vida ao ar livre, que preza acima de tudo a independência, a autonomia, o espírito de liberdade. Ela é considerada protetora dos partos e é a senhora da fertilidade.

Ama a natureza e dedica-se a proteção do meio ambiente. Respeitada, sabe viver só e sente-se bem assim. Ela representa um sentido de integridade, uma atitude de cuidar de si mesma. Ela simboliza a dualidade da própria mulher, que pode ser amorosa ou feroz. Ora ela aparece como uma linda donzela, ora como uma grande combatente, protege as crianças e os animais.

Considerada a mais pura das Deusas, Ártemis era particularmente amada pelas ninfas.

O Arquétipo da feminilidade é muito importante para a Nova Era. Como protetora da fauna e flora, ela é uma figura associada à ecologia contemporânea, onde há necessidade de salvaguardarmos Gaia.

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Você conhece a história da sua mãe, da sua avó, ou dos seus ancestrais? Tem ideia do que essas “histórias” podem ressignificar a nossa rota?
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Imagem: A Mãe e o Filho – Gustav Klimt

GUTTMAN, A. & JOHNSON, K. Astrologia & Mitologia – Seus Arquétipos e a Linguagem dos Símbolos, São Paulo: Madras, 2005

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Caos e Rigidez

Caos e Rigidez

Como você navega nas águas entre o caos e a rigidez

As crianças te vêem, mas do que te ouvem. 

Nossos filhos vão seguir os nossos exemplos e não os nossos conselhos. As crianças vão aprender muito mais com as nossas atitudes, do que com as nossas palavras. 

Em primeiro lugar, desde pequenos aprendemos diariamente milhares de ensinamentos. Como resultado, quanto menor a criança, mais lições são transmitidas pelos exemplos dos adultos. 

As crianças são como esponjas. Absorvem tudo o que fazemos, tudo o que dizemos. Aprendem conosco o tempo todo, mesmo quando não nos damos conta de que estamos ensinando.

Nosso exemplo é o que vai contar, eles vão aprender muito mais pelo que somos e não somente pelo que falamos.  

Nossos valores são transmitidos de uma geração a outra através de nosso comportamento. 

Os nossos filhos presenciam e absorvem a maneira como vivemos no dia a dia e o que aprendem será um modelo para eles durante toda a vida.

As crianças são esponjas e agem como espelhos. Quando estamos educando com sabedoria nossos pequenos seguem através do nosso exemplo.

As crianças sentem a coerência, cobram pela nossa coerência para ganhar confiança na construção e integração da Educação Emocional. No entanto, elas percebem os ruídos da nossa incoerência e se sentem confusas porque aprendem com o que estão sentindo de nós. 

Nós adultos não temos alcance da dimensão da intuição infantil, as crianças são muito intuitivas. Se elas sentem a coerência será a base da construção e da integração emocional. Com isso, fortalecemos a autoestima, autoconfiança e autonomia das crianças diante os desafios da vida cotidiana.

Quando ensinamos o que vivemos nós integramos o que falamos com harmonia. Além disso, essa “segurança” será uma das bases para formação da identidade da criança que está em formação e construção.

A egregora familiar é muito importante para a construção da Educação Emocional das Crianças.

Uma pessoa é bem integrada quando desfruta de saúde mental e bem-estar. Teoricamente o conceito de integração envolve uma compreensão da dinâmica em torno dos relacionamentos que vivemos.

Uma maneira simples de expressar a saúde mental é: nossa capacidade de nos mantermos em “um rio de bem estar.”

Traduzindo em palavras práticas, não é sobre nunca sair do nosso eixo e sim como voltar para o nosso centro de forma mais concisa, equilibrada e com equanimidade.

Confesso que é uma tarefa nada fácil, é um desafio diário para este amadurecimento pessoal.  

Vou usar uma analogia para ajudar na construção do pensamento e na nossa compreensão. 

“Imagine um rio calmo correndo pelo campo. Este é o seu rio do bem-estar. Quando você está com sua canoa e desliza suavemente na água, geralmente sente que tem um bom relacionamento com o mundo ao seu redor. Você tem uma compreensão clara de si mesmo, das outras pessoas e de sua vida. Com isso, pode ser flexível e se adaptar a situações de mudança. Assim, encontraremos o bem-estar e podemos nos manter estável e em paz . 

Como navegar entre as águas das margens do Caos e Rigidez – Imagem do Livro The Whole Brain Child

Às vezes, no entanto, conforme você se move, você chega muito perto de qualquer um dos lados do rio. Isso pode causar vários problemas, dependendo do banco que você abordar.

Uma Margem representa o Caos

Uma margem representa o caos, onde você se sente fora de controle . Em vez de navegar no rio pacífico, você é apanhado por correntezas rápidas e tumultuadas, e seu destino é dominado por confusão, desordem e tumulto.

Você precisa se afastar da margem do caos e retornar ao fluxo suave e calmo do rio. Mas não vá muito longe, não se afaste demais, porque o outro lado da margem apresenta seus perigos.

A outra margem representa a Rigidez

É a margem da rigidez , que é o oposto do caos. Ao contrário de estar fora de controle, a rigidez é quando você impõe controle sobre tudo e todos ao seu redor . Você fica completamente relutante em se adaptar, se comprometer ou negociar. Perto da margem da rigidez, a água está estagnada e os juncos e galhos de árvores impedem que sua canoa se mova.

Portanto, um extremo é o caos , onde há uma total falta de controle. O outro extremo é a rigidez, onde há muito, levando a uma falta de flexibilidade e adaptabilidade. 

Onde estamos navegando – No Caos ou na Rigidez – Ou no “Rio do Bem-Estar”

Todos navegamos rumo a essas margens e voltamos delas ao longo de nossos dias. Nós ziguezagueamos entre essas duas margens ao longo de nossos dias, especialmente quando tentamos sobreviver como pais. Quando estamos mais próximos das margens do caos ou da rigidez, estamos mais longe da saúde mental e emocional.

Quanto mais tempo pudermos evitar as duas margens, mais tempo passaremos curtindo o “Rio do Bem-Estar”. Grande parte de nossa vida adulta pode ser vista como se movendo por esses caminhos. Às vezes na harmonia do fluxo do bem-estar, mas às vezes no caos, na rigidez ou em ziguezague para frente e para trás entre os dois. A harmonia surge da integração. O caos e a rigidez surgem quando a integração falha e é bloqueada.”

A família ao longo do rio – Como navegar entre o Caos e a Rigidez

Até as crianças têm suas pequenas canoas e navegam em seus próprios rios de bem-estar.

Podemos ver a família como uma linha que pode se influenciar mutuamente “na navegação.” Por exemplo, vamos imaginar a mãe liderando o caminho, enquanto o pai na parte inferior observa e protege todos os outros. Ou vice-versa (é somente um exemplo, não leve em conta os gêneros).

Podemos dizer que se a mãe conseguir ficar nas águas calmas do meio do rio, ajudará os mais pequenos a fazer o mesmo . Na verdade, será muito fácil para eles seguirem seu rastro. Mas quando ela se aproxima de uma das duas margens, até as pequenas canoas provavelmente serão sobrecarregadas pelas corredeiras. Ou preso nos juncos. Isso ocorre porque eles são muito mais leves e fáceis de influenciar .

Mas, mesmo quando a família está equilibrada, acontecerá que os mais pequenos serão muitas e muitas vezes atraídos a explorar. Eles estão apenas aprendendo e são movidos pelo instinto de explorar o ambiente, acabando por se desviar do curso. 

O que fazer então? Distinguir entre rigidez e caos!

De que lado seu filho está se aproximando? 

Exemplo: Seu filho de 3 anos insiste em não compartilhar o jogo dela? Rigidez . Ele se joga no chão em desespero, grita e joga punhados de areia quando o amigo entra no jogo? Caos .

Como adulto ajude a criança a voltar para o leito do rio, em um estado harmonioso que evita tanto a desordem quanto a rigidez.

Você ficará surpreso ao ver como a matriz rigidez versus caos o ajudará a entender os comportamentos mais incontroláveis ​​de seu filho: esses conceitos o ajudarão a entender a situação. Com isso, entender com empatia a necessidade do momento da criança.

Se você vir caos ou rigidez, sabe que a mente dele não está integrada naquele momento. Caso contrário, quando ele está em um estado de integração, ele mostrará as qualidades de uma pessoa que associamos a alguém que é mental e emocionalmente saudável: flexível, capaz de se adaptar, estável e capaz de compreender a si mesmo e ao mundo ao seu redor.

O mesmo vale para crianças mais velhas.

O mesmo vale para crianças mais velhas. Exemplo: Sua filha de 10 anos, normalmente tranquila, está chorando histericamente porque não ganhou o trecho musical com solo que queria na peça da escola. Ela se recusa a se aclamar e fica dizendo sem parar que tem a melhor voz da turma.

Na verdade, ela está zangada e está aprendendo a lidar com as emoções. Ainda está entre as margens das emoções “Caos e Rigidez” e as suas emoções claramente tomaram conta da sua lógica.

Como resultado disso, teimosamente, não quer reconhecer que a outra criança pode ser tão talentosa como ela.

Como guiar as crianças de volta ao fluxo

Nós podemos guiar as crianças de volta ao fluxo do bem-estar para que ela obtenha um melhor equilíbrio consigo mesma e passe a um estado mais integrado.

Da mesma forma, os conceitos de caos e rigidez se aplicam aos adultos: portanto, podem ser úteis em todas as ocasiões da vida: com um estranho, com um colega de trabalho, com um amigo, com um membro da família, etc …

A harmonia entre as margens do caos e da rigidez emerge da integração. Caos e rigidez surgem quando a integração é bloqueada.

Quando nossos filhos encontram um estado de integração, demonstram qualidades que associamos a alguém mental e emocionalmente saudável. A criança vai crescer aprendendo a ser mais flexível, adaptável, resiliente, estável e capaz de compreender a si mesmo e ao mundo ao redor.

A poderosa e pratica abordagem da integração nos permite enxergar muitas formas nas quais nossos filhos – ou nós mesmos – vivenciamos “o caos e a rigidez” devido ao bloqueio da integração.

Quando nos conscientizamos disso, podemos criar e aplicar estratégias que promovam a integração na vida de nossos filhos e nas nossas. São estratégias cotidianas que nos ajudarão ao longo de nossa vida.

Em conclusão, vamos preparar o caminho para que nossos filhos vejam o mundo sob sua melhor luz, para que o considerem – e contribuam para fazer dele – um bom lugar para se viver.

“A energia flui para onde está a atenção. A atenção é nosso recurso cognitivo mais básico. É a partir dela que a mente monitora o fluxo de informações e é capaz de alterar a estrutura do cérebro. Os estados de caos ou rigidez seriam resultado de uma desintegração que impede a informação de fluir apropriadamente pelos circuitos e entre as pessoas​.”**

As crianças naturalmente são nossos mestres e já nascem com a pureza divina, nossa missão é contribuir com a continuidade de hábitos que ajudem na lapidação desses diamantes que são nossos pequenos seres de luz.

Reflexão: Você vive o que ensina, se esforça em vivenciar o que diz. Tem animo e entusiasmo para se aperfeiçoar. 

Felicidade e estado de presença, é quando o que você pensa, o que você diz, o que você é e o que você estão em harmonia.

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Nós acreditamos que podemos transformar o mundo através das crianças, que são seres de luz em constante evolução. Seja você a mudança que quer ver no mundo

Fontes consultadas: 

*Daniel Siegel, autor de The Whole Brain Child , usa essa bela metáfora para nos falar sobre o bem-estar emocional e o equilíbrio. Você ficará surpreso ao ver como a matriz rigidez versus caos o ajudará a compreender os comportamentos mais incontroláveis ​​de seu filho. https://drdansiegel.com/

**Michele Müller – Pesquisadora, escritora, especialista em neurociência clínica, neuropsicologia educacional e mestre em ciências da educação.

#inteligênciaemocional #educaçãoemocional #saúdemental #bemestar #neurociência #caos #rigidez #chaos #rigidity 

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Pequena Alma e o Sol - Conto de Neale Donald Walsch - Fabula Pequena

A Pequena Alma e o Sol

A Pequena Alma e o Sol – Se a Pequena Alma queria conhecer a Luz, também teria de conhecer a Escuridão.

  • Hoje é dia de CONTO, uma experiência maravilhosa com as crianças! – “Quem conta um conto, aumenta um ponto.”

No universo infantil, a utilização das histórias, contos e fábulas costuma encantar as crianças. Por isso, eu sempre recomendo as histórias para trabalhar a diversidade entre as famílias.

A importância de se contar histórias está no enriquecimento das experiências infantis, através do desenvolvimento de diversas formas de linguagem, o que auxilia na formação do caráter, da confiança e do poder imaginário da criança. Além disso, histórias estimulam funções cognitivas essenciais para o desenvolvimento do pensamento. A criança se ampara nas vivências dos personagens para absorver suas próprias vivências, aprendendo meios de lidar com seus problemas e dificuldades do dia-a-dia.

Nome da história: A Pequena Alma e o Sol

Era uma vez, em tempo nenhum, uma Pequena Alma que disse a Deus:

— Eu sei quem sou!

E Deus disse:

— Que bom! Quem és tu?

E a Pequena Alma gritou:

— Eu sou Luz

E Deus sorriu.

— É isso mesmo!  — exclamou Deus. — Tu és Luz!

A Pequena Alma ficou muito contente, porque tinha descoberto aquilo que todas as almas do Reino deveriam descobrir.

— Uauu, isto é mesmo bom! — disse a Pequena Alma.

Mas, passado pouco tempo, saber quem era já não lhe chegava. A pequena Alma sentia-se agitada por dentro, e agora queria ser quem era. Então foi ter com Deus (o que não é má ideia para qualquer alma que queira ser Quem Realmente É) e disse:

— Olá Deus! Agora que sei Quem Sou, posso sê-lo?

E Deus disse:

— Quer dizer que queres ser Quem já És?

— Bem, uma coisa é saber Quem Sou, e outra coisa é sê-lo mesmo. Quero sentir como é ser a Luz! — respondeu a pequena Alma.

— Mas tu já és Luz — repetiu Deus, sorrindo outra vez.

— Sim, mas quero senti-lo! — gritou a Pequena Alma.

— Bem, acho que já era de esperar. Tu sempre foste aventureira — disse Deus com uma risada. Depois a sua expressão mudou.

— Há só uma coisa…

O quê? — perguntou a Pequena Alma.

— Bem, não há nada para além da Luz. Porque eu não criei nada para além daquilo que tu és; por isso, não vai ser fácil experimentares-te como Quem És, porque não há nada que tu não sejas.

— Hã? — disse a Pequena Alma, que já estava um pouco confusa.

— Pensa assim: tu és como uma vela ao Sol. Estás lá sem dúvida. Tu e mais milhões, zilhões de outras velas que constituem o Sol.

E o Sol não seria o Sol sem vocês. “Não seria um sol sem uma das suas velas… e isso não seria de todo o Sol, pois não brilharia tanto. E no entanto, como podes conhecer-te como a Luz quando estás no meio da Luz — eis a questão”.

— Bem, tu és Deus. Pensa em alguma coisa! — disse a Pequena Alma mais animada.

Deus sorriu novamente.

— Já pensei. Já que não podes ver-te como a Luz quando estás na Luz, vamos rodear-te de escuridão — disse Deus.

— O que é a escuridão? perguntou a Pequena Alma.

— É aquilo que tu não és — replicou Deus.

— Eu vou ter medo do escuro? — choramingou a Pequena Alma.

— Só se o escolheres. Na verdade não há nada de que devas ter medo, a não ser que assim o decidas. Porque estamos a inventar tudo. Estamos a fingir.

— Ah! — disse a Pequena Alma, sentindo-se logo melhor.

Depois Deus explicou que, para se experimentar o que quer que seja, tem de aparecer exatamente o oposto.

— É uma grande dádiva, porque sem ela não poderíamos saber como nada é — disse Deus — Não poderíamos conhecer o Quente sem o Frio, o Alto sem o Baixo, o Rápido sem o Lento. Não poderíamos conhecer a Esquerda sem a Direita, o Aqui sem o Ali, o Agora sem o Depois. E por isso, — continuou Deus — quando estiveres rodeada de escuridão, não levantes o punho nem a voz para amaldiçoar a escuridão.

Fabula Pequena
(…) Se a Pequena Alma queria conhecer a Luz, também teria de conhecer a Escuridão. De que outra forma se pode conhecer o alto sem o baixo, o quente sem o frio, o rápido sem o lento? Então a pequena Alma compreendeu que para saber quem realmente é, teria que conhecer o oposto.(…)”

“Sê antes uma Luz na escuridão, e não fiques furiosa com ela. Então saberás Quem Realmente És, e os outros também o saberão. Deixa que a tua Luz brilhe tanto que todos saibam como és especial!”

— Então posso deixar que os outros vejam que sou especial? — perguntou a Pequena Alma.

— Claro! — Deus riu-se. — Claro que podes! Mas lembra-te de que “especial” não quer dizer “melhor”! Todos são especiais, cada qual à sua maneira! Só que muitos esqueceram-se disso. Esses apenas vão ver que podem ser especiais quando tu vires que podes ser especial!

— Uau — disse a Pequena Alma, dançando e saltando e rindo e pulando. — Posso ser tão especial quanto quiser!

— Sim, e podes começar agora mesmo — disse Deus, também dançando e saltando e rindo e pulando juntamente com a Pequena Alma — Que parte de especial é que queres ser?

— Que parte de especial? — repetiu a Pequena Alma. — Não estou a perceber.

— Bem, — explicou Deus — ser a Luz é ser especial, e ser especial tem muitas partes. É especial ser bondoso. É especial ser delicado. É especial ser criativo. É especial ser paciente. Conheces alguma outra maneira de ser especial?

A Pequena Alma ficou em silêncio por um momento.

— Conheço imensas maneiras de ser especial! — exclamou a Pequena Alma — É especial ser prestável. É especial ser generoso. É especial ser simpático. É especial ser atencioso com os outros.

— Sim! — concordou Deus — E tu podes ser todas essas coisas, ou qualquer parte de especial que queiras ser, em qualquer momento. É isso que significa ser a Luz.

— Eu sei o que quero ser, eu sei o que quero ser! — proclamou a Pequena Alma com grande entusiasmo. — Quero ser a parte de especial chamada “perdão”. Não é ser especial alguém que perdoa?

— Ah, sim, isso é muito especial, assegurou Deus à Pequena Alma.

— Está bem. É isso que eu quero ser. Quero ser alguém que perdoa. Quero experimentar-me assim — disse a Pequena Alma.

— Bom, mas há uma coisa que devias saber — disse Deus.

A Pequena Alma já começava a ficar um bocadinho impaciente. Parecia haver sempre alguma complicação.

— O que é? — suspirou a Pequena Alma. — Não há ninguém a quem perdoar.

— Ninguém? A Pequena Alma nem queria acreditar no que tinha ouvido.

— Ninguém! — repetiu Deus. Tudo o que Eu fiz é perfeito. Não há uma única alma em toda a Criação menos perfeita do que tu. Olha à tua volta.

Foi então que a Pequena Alma reparou na multidão que se tinha aproximado. Outras almas tinham vindo de todos os lados — de todo o Reino — porque tinham ouvido dizer que a Pequena Alma estava a ter uma conversa extraordinária com Deus, e todas queriam ouvir o que eles estavam a dizer.

Olhando para todas as outras almas ali reunidas, a Pequena Alma teve de concordar. Nenhuma parecia menos maravilhosa, ou menos perfeita do que ela. Eram de tal forma maravilhosas, e a sua Luz brilhava tanto, que a Pequena Alma mal podia olhar para elas.

— Então, perdoar quem? — perguntou Deus.

— Bem, isto não vai ter piada nenhuma! — resmungou a Pequena Alma — Eu queria experimentar-me como Aquela que Perdoa. Queria saber como é ser essa parte de especial.

E a Pequena Alma aprendeu o que é sentir-se triste.

Mas, nesse instante, uma Alma Amiga destacou-se da multidão e disse:

— Não te preocupes, Pequena Alma, eu vou ajudar-te — disse a Alma Amiga.

— Vais? — a Pequena Alma animou-se. — Mas o que é que tu podes fazer?

— Ora, posso dar-te alguém a quem perdoares!

— Podes?

— Claro! — disse a Alma Amiga alegremente. — Posso entrar na tua próxima vida física e fazer qualquer coisa para tu perdoares.

— Mas porquê? Porque é que farias isso? — perguntou a Pequena Alma. — Tu, que és um ser tão absolutamente perfeito! Tu, que vibras a uma velocidade tão rápida a ponto de criar uma Luz de tal forma brilhante que mal posso olhar para ti! O que é que te levaria a abrandar a tua vibração para uma velocidade tal que tornasse a tua Luz brilhante numa luz escura e baça? O que é que te levaria a ti, que danças sobre as estrelas e te moves pelo Reino à velocidade do pensamento, a entrar na minha vida e a tornares-te tão pesada a ponto de fazeres algo de mal?

— É simples — disse a Alma Amiga. — Faço-o porque te amo.

A Pequena Alma pareceu surpreendida com a resposta.

— Não fiques tão espantada — disse a Alma Amiga — tu fizeste o mesmo por mim. Não te lembras? Ah, nós já dançámos juntas, tu e eu, muitas vezes. Dançámos ao longo das eternidades e através de todas as épocas. Brincámos juntas através de todo o tempo e em muitos sítios. Só que tu não te lembras. Já fomos ambas o Todo. Fomos o Alto e o Baixo, a Esquerda e a Direita. Fomos o Aqui e o Ali, o Agora e o Depois. Fomos o Masculino e o Feminino, o Bom e o Mau — fomos ambas a vítima e o vilão. Encontrámo-nos muitas vezes, tu e eu; cada uma trazendo à outra a oportunidade exata e perfeita para Expressar e Experimentar Quem Realmente Somos.

Fabula Pequena
A Pequena alma e o sol – Fabula Pequena

— E assim, — a Alma Amiga explicou mais um bocadinho — eu vou entrar na tua próxima vida física e ser a “má” desta vez. Vou fazer alguma coisa terrível, e então tu podes experimentar-te como Aquela Que Perdoa.

— Mas o que é que vais fazer que seja assim tão terrível? — perguntou a Pequena Alma, um pouco nervosa.

— Oh, havemos de pensar nalguma coisa — respondeu a Alma Amiga, piscando o olho.

Então a Alma Amiga pareceu ficar séria, disse numa voz mais calma:

— Mas tens razão acerca de uma coisa, sabes?

— Sobre o quê? — perguntou a Pequena Alma.

— Eu vou ter de abrandar a minha vibração e tornar-me muito pesada para fazer esta coisa não muito boa. Vou ter de fingir ser uma coisa muito diferente de mim. E por isso, só te peço um favor em troca.

— Oh, qualquer coisa, o que tu quiseres! — exclamou a Pequena Alma, e começou a dançar e a cantar: — Eu vou poder perdoar, eu vou poder perdoar!

Então a Pequena Alma viu que a Alma Amiga estava muito quieta.

— O que é? — perguntou a Pequena Alma. — O que é que eu posso fazer por ti? És um anjo por estares disposta a fazer isto por mim!

— Claro que esta Alma Amiga é um anjo! — interrompeu Deus, — são todas! Lembra-te sempre: Não te enviei senão anjos.

E então a Pequena Alma quis mais do que nunca satisfazer o pedido da Alma Amiga.

— O que é que posso fazer por ti? — perguntou novamente a Pequena Alma.

— No momento em que eu te atacar e atingir, — respondeu a Alma Amiga — no momento em que eu te fizer a pior coisa que possas imaginar, nesse preciso momento…

— Sim? — interrompeu a Pequena Alma

— Sim? A Alma Amiga ficou ainda mais quieta.

— Lembra-te de Quem Realmente Sou.

— Oh, não me hei-de esquecer! — gritou a Pequena Alma — Prometo! Lembrar-me-ei sempre de ti tal como te vejo aqui e agora.

— Que bom, — disse a Alma Amiga — porque, sabes, eu vou estar a fingir tanto, que eu própria me vou esquecer. E se tu não te lembrares de mim tal como eu sou realmente, eu posso também não me lembrar durante muito tempo. E se eu me esquecer de Quem Sou, tu podes esquecer-te de Quem És, e ficaremos as duas perdidas. Então, vamos precisar que venha outra alma para nos lembrar às duas Quem Somos.

— Não vamos, não! — prometeu outra vez a Pequena Alma. — Eu vou lembrar-me de ti! E vou agradecer-te por esta dádiva — a oportunidade que me dás de me experimentar como Quem Eu Sou.

E assim o acordo foi feito. E a Pequena Alma avançou para uma nova vida, entusiasmada por ser a Luz, que era muito especial, e entusiasmada por ser aquela parte especial a que se chama Perdão.

E a Pequena Alma esperou ansiosamente pela oportunidade de se experimentar como Perdão, e por agradecer a qualquer outra alma que o tornasse possível.

E, em todos os momentos dessa nova vida, sempre que uma nova alma aparecia em cena, quer essa nova alma trouxesse alegria ou tristeza — principalmente se trouxesse tristeza — a Pequena Alma pensava no que Deus lhe tinha dito.

Lembra-te sempre, — Deus aqui tinha sorrido — não te enviei senão anjos.

Fonte: Trechos da parábola “A Pequena Alma e o Sol” de Neale Donald Walsch da Triologia Conversas com Deus – Livro “A Pequena Alma e o Sol” – Neale Donald Walsch

A história de hoje entrou por uma porta e saiu pela outra; e quem souber, que conte outra”.

  • Medite sobre essa história e escreva o que ela te tocou. Conheça nosso “Programa Criança Medita” para aprender “Como Ensinar Yoga e Meditação para Crianças”.
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A Pequena Alma e o Sol - Fabula Pequena
A Pequena Alma e o Sol

Qualquer dúvida ou caso precise de ajudar para realizar a transação estamos aqui para te ajudar! Escreva no chat ou envie um e-mail para camila@infanciazen.com.br

Abraços fraternos para ti,

Camila Fernandes e Equipe de Suporte Infância Zen

Referências pesquisadas:

Trechos da parábola “A Pequena Alma e o Sol” de Neale Donald Walsch da Triologia Conversas com Deus

Livro “A Pequena Alma e o Sol” – Neale Donald Walsch

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